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Vozes e territorialidades no pÃs-aboliÃÃo: histÃrias de famÃlias e resistÃncia identitÃria â O caso do Cururuquara / Voix et territorialitÃs dans le post-abolition: lâhistoire des familles e resistence identità â Le cas de Cururuquara

Juliana de Souza Mavoungou Yade 12 June 2015 (has links)
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / Cette recherche se propose à comprendre les procÃs de construction de la memoire des familles noires à partir des migrations qui se sont deroulÃes dans la periode de post-abolition. Câest pour cela que , nous sommes partis , de notre histoire de famille qui compartie avec les mÃmes aspects specifiques de cette periode, e nous la comprenons comme une source socio-historique dans les narratives dâ une parte da la population noire. La recherche sur le terrain câ est developpà à partir du depoillement de trois femmes octogenaires et un homme de quatre-vint-et-dix ans, qui narrent leures histoires de vie qui fut perpassÃe par une pratique sÃcio-culturelle developpÃe par leurs ancÃtres dans le territoire oà ils ont passà une parte signifiticative de leures viÃs , au dela des depoillements , nous avions realisà des observations participantes , dans lesquelles nous avons fait part dâ une fÃte et des etapes par lesquelles elle est composÃe, en visant lâ observation de ses contextes et ceuillir des donnÃs qui ont Ãtà posterieurement analisÃs . La FÃte de Cururuquara, dans le quartier homonime à Santana de ParnaÃba-SP, arrive à as 128e edition en cette annÃe 2015. Cette FÃte a comencà comme une forme de remercier SÃo Benedito, le Saint des noires , pour la liberte acquise. Leandro, LizÃrio, Elizeu et dâ autres compagnants anciens-esclaves aussi , et enfin nouveaux hommes libres , en but dâ homenage au Saint, ils jouerent le Samba de Bumbo, et se reunirent pour trois jours planegeant le futur, maintenant quâ ils etaient libres. Depuis ce jour , les ascendants des premiers habitants de ce lieu continus à realiser la FÃte de Cururuquara vers le 13 mai . La memoire des ancients qui composent cette recherche nous donne les specifitÃs de la fÃte et du territoire oà elle est realisÃe. Nous avons alors pu percevoir la trÃs grande importance simbolique de ce territoire et de cette fÃte . En adoptant comme base de reference teorique : La memoire collective et individuelle , lâ oralità , les territorialitÃs de majoritÃs noires , la resistence identitaire , il nous a Ãtà possible dâ intÃrpreter les inscriptions dâ histoires de post-abolition , dans ce lieu , dans cette fÃte et dans lâ histoire de vie de ces sujets de recherche. / A proposta desta pesquisa à compreender os processos de construÃÃo da memÃria de famÃlias negras a partir das migraÃÃes ocorridas no perÃodo pÃs-aboliÃÃo. Para isso, partimos de nossa histÃria familiar, que compartilha aspectos especÃficos do perÃodo, compreendidos como especificidades sÃcio-histÃricos manifestados nas narrativas de parte da populaÃÃo negra. A pesquisa de campo desenvolveu-se a partir do depoimento de trÃs mulheres octogenÃrias e um homem nonagenÃrio, que narram suas histÃrias de vida perpassadas por uma prÃtica sociocultural desenvolvida por seus antepassados no territÃrio onde passaram parte significativa de suas vidas. AlÃm dos depoimentos, na observaÃÃo participante, tomamos parte da festa e das etapas em que à composta, visando a observar seus contextos e colher dados para posterior anÃlise. A Festa do Cururuquara, que ocorre no bairro homÃnimo, em Santana de ParnaÃba/SP, chega à sua 128a ediÃÃo, no ano de 2015. No inÃcio, era uma forma de agradecer a SÃo Benedito, Santo dos Pretos, pela liberdade. Leandro, LizÃrio, Elizeu e outros companheiros, tambÃm ex-escravizados e recÃm-libertos, como forma de homenagem, tocaram o Samba de Bumbo e, reunidos por trÃs dias, planejaram o futuro, agora em liberdade. Desde entÃo, os ascendentes dos primeiros moradores do lugar seguem realizando a Festa do Cururuquara prÃximo do dia 13 de maio. A memÃria dos anciÃos depoentes desta pesquisa traz as especificidades da Festa e do territÃrio que a abriga, traduzindo a importÃncia simbÃlica do territÃrio e da festa. Adotando como base teÃrica as memÃrias coletiva e individual; a oralidade; territorialidades de maioria negra; resistÃncia identitÃria; foi possÃvel interpretar as histÃrias do pÃs-aboliÃÃo, no bairro, na Festa e na histÃria de vida dos sujeitos da pesquisa
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Os pÃrias da modernidade na terra da luz: a gente Ãnfima de Fortaleza no processo de regulaÃÃo da mÃo de obra urbana (1877 - 1912)

Eylo Fagner Silva Rodrigues 00 August 2018 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / A questÃo dos criados de servir acompanhou os debates sobre a libertaÃÃo dos escravos, e se perpetuou no pÃs-AboliÃÃo. Foi central, ainda, para o projeto de modernidade das classes dominantes, no CearÃ, a partir da dÃcada de 1870. Tal tema dizia respeito à reposiÃÃo das hierarquias sociais e era caro tanto a comerciantes de escravos, quanto a abolicionistas. Uns como os outros pretendiam controlar a mÃo de obra de livres e libertos ao longo do processo de modernizaÃÃo, centrado nas famÃlias dominantes. A modernizaÃÃo exigiu a incorporaÃÃo (nÃo sem resistÃncias) de um ethos do trabalho; para tanto, deu-se diverso modo de policiamento dos pobres, que organizavam festas como forma de ocupar espaÃos na cidade, criando territÃrios de resistÃncia, o que se pode ver como expressÃo de sua visÃo de mundo. O riso, nesse sentido, tornava-se expressÃo de um habitus de viver. Por esta via, a resistÃncia se dava de modo velado, no Ãmbito do paternalismo, e aberto, a exemplo de fugas. Os criados fugiam, assim como evadiam-se os escravos desde hà muito no Oitocentos. Controlar os criados era decisivo para a consecuÃÃo da modernidade dos dominantes. Pois se era centrado nas famÃlias, os pobres deveriam ser disciplinados desde ali. Seus modos de ganhar a vida e de vivÃ-la destoavam do que se tinha por civilizado. No entanto, o que despertava receio nos locatÃrios e tutores era a possibilidade de que se tornassem conscientes de sua importÃncia para a ordem familiar dominante. Parando seus serviÃos, esta seria ameaÃada, bem como, a modernidade assimÃtrica que produziu seus pÃrias, as classes perigosas, a âgente Ãnfimaâ. / The domestic servants issue ran parallel to the discussions about the liberation of the slaves and has survived after Brazilian Abolition of slavery. It has also been crucial to the project of modernity of ruling classes, in the State of CearÃ, since the 1870s. Such a subject matter concerned maintaining social hierarchies and was as much significant for slave traders as for abolitionists. Both intended to control free and freed workforce during the modernization process, focused on dominant families. Modernization required the inclusion (not without resistance) of a working ethos. For this purpose, several modes of policing the poor were established. The latter used to organize parties in order to occupy urban spaces, creating resistance enclaves, which can be understood as an expression of their worldview. Therefore, laughter turned to be an expression of a habitus of living. In this way, the resistance used to happen, in a veiled manner, by paternalism, and, in an opened one, by escapes, for instance. Servants used to escape as slaves also used to, since a long time, in seventh century. Consequently, it was determining to control servants as a way of accomplishing this modernity imposed by ruling classes. If poor were family-centered, they must be disciplined since there. Their way of living and livelihood clashed with what it is understood as civilized. However, what was most worrying for their tenants and guardians was the possibility for servants to become aware of their importance for dominant family structure. If they stopped working, this structure would be at risk, as well as the modern asymmetry which produced its outcasts, the dangerous classes, the âgente Ãnfimaâ.
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Josà de Alencar e a escravidÃo: suas peÃas teatrais e o pensamento sobre o processo abolicionista / Josà de Alencar and the slavery: his plays and the thought about the abolitionist process

Nathan Matos MagalhÃes 14 February 2015 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Josà de Alencar foi taxado de escravagista pelo fato de acreditar que a aboliÃÃo nÃo deveria ser realizada de maneira imediata, como desejava a maioria dos abolicionistas. Nossa pesquisa investiga, a partir de duas obras da dramaturgia alencarina â O demÃnio familiar (1857) e MÃe (1860) â, o entendimento do autor cearense sobre o regime escravista no Brasil. AlÃm das peÃas, ponto de partida de nosso estudo, fazemos uso das cartas intituladas Novas cartas polÃticas de Erasmo, ao Imperador (1867), pois sua leitura, em comparaÃÃo com outros textos do autor, pÃde nos proporcionar uma nova perspectiva de anÃlise acerca do pensamento crÃtico de Josà de Alencar. Podemos afirmar que a visÃo de alguns pesquisadores sobre o pensamento alencarino acerca da escravidÃo està incompleta, destarte a necessidade de se preencher algumas lacunas, tendo como corpus, tambÃm, os Discursos parlamentares de Josà de Alencar (1977) â obra que reÃne os discursos polÃticos do autor cearense sobre o elemento servil â, obras importantes de crÃticos como Raimundo de Menezes, R. MagalhÃes JÃnior, Raymond Sayers, DÃcio de Almeida Prado e Luiz Fernando Valente, que se debruÃaram sobre a obra alencarina, e a leitura de alguns textos literÃrios que nos ajudaram na crÃtica aqui desenvolvida, entre eles està As vÃtimas-algozes: quadros da escravidÃo (2010), de Joaquim Manuel de Macedo. Assim sendo, no primeiro capÃtulo, à mostrado o modo pelo qual Alencar marca presenÃa na dramaturgia brasileira, abordando um tema espinhoso para sua Ãpoca: a escravidÃo e a importÃncia de suas peÃas para o avanÃo da emancipaÃÃo. No segundo capÃtulo, analisamos a obra O demÃnio familiar, que atà hoje suscita debates sobre o fato de ser ou nÃo uma obra de carÃter abolicionista, e, no terceiro capÃtulo, realizamos uma abordagem sobre a obra MÃe, onde evidenciamos as relaÃÃes existentes entre senhor e escravo e qual a importÃncia da obra para a luta contra a escravidÃo no paÃs ou para a sua permanÃncia naquela Ãpoca. Dessa maneira, elencamos pontos que mostram as razÃes que levaram a crÃtica a denominar Josà de Alencar como um escravagista, assim como argumentos que fizeram com que alguns crÃticos vissem em suas obras posicionamentos em que levantava a bandeira da aboliÃÃo, mas considerando apenas a emancipaÃÃo gradual como melhor soluÃÃo para toda a sociedade. / Josà de Alencar was called a slaver for believing that the abolition should not happen immediately, as it was the wish of most abolitionists. Our research investigates the understanding of the Cearence author about the slave regime in Brazil from two of his dramaturgy works â O demÃnio familiar (1857) and MÃe (1860). Besides these plays, which are the starting point of our study, we use the letters entitled Novas cartas polÃticas de Erasmo, ao Imperador (1867), for its reading, in comparison with other texts from the author, could provide us with a new perspective of analyses about Josà de Alencarâs critical thinking. We can affirm that the vision of some researchers about Alencarâs thoughts about slavery is incomplete, thus the necessity of feeling some blanks, having as corpus the Discursos parlamentares de Josà de Alencar (1977) as well â a work that gathers the political speeches of the Cearence author about the servile element; important works of critics such as Raimundo de Menezes, R. MagalhÃes JÃnior, Raymond Sayers, DÃcio de Almeida Prado and Luiz Fernando Valente, that address the work of Alencar, as well as the reading of some literary texts that helped us with the critic developed here, among which we have As vÃtimas-algozes: quadros da escravidÃo (2010), by Joaquim Manoel de Macedo. Therefore, in the first chapter, we show the way Alencar makes himself present in the Brazilian dramaturgy, approaching a thorny theme for his time: the slavery and the importance of his plays for the progress of emancipation. In the second chapter, we analyze O demÃnio familiar, which until today arises discussion about being an abolitionist work or not. At last, in the third chapter, we conduct an approach about MÃe, where we highlight the existing relationship between lord and slave and what is the importance of the work for the battle against slavery in the country or for its stay in that time. Thereby, we enlist the points that show the reasons that took the critic to classify Josà de Alencar as a slaver, as well as the arguments that made some critics see in his works that he encouraged the abolition, but considering the gradual emancipation as the best solution for the society as a whole.

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