Este trabalho se propõe a analisar a intersecção entre o feminismo e o mundo virtual, a partir da análise qualitativa de um coletivo feminista que abrange uma lista de discussão online e um blog coletivo, denominado Blogueiras Feministas. Partindo do pressuposto de que a internet abre caminhos e novas possibilidades de sociabilidade, pretendendo avaliar o quanto esse aspecto foi aproveitado por este coletivo virtual a partir de suas discussões e produções textuais. Indo de encontro ao ideário propagado no senso comum e em alguns setores de que o feminismo já seria um movimento morto ou relegado ao próprio fracasso, inicia-se a análise a partir de referenciais teóricos feministas que foram encontrados em campo, em especial Susan Faludi e sua conceituação de backlash, abordando a forma como a internet propicia novas formas de enfrentamento a esse retrocesso percebido. Passando, então, para a perspectiva do Sofrimento Social, por meio da Antropologia da Experiência, pretende-se investigar como tal auto atribuição identitária e mobilização política se intercruzam nos meios online e offline, deixando entrever como a violência estrutural de gênero ainda permeia o compartilhamento de experiências; e como de determinada perspectiva inclusiva passa-se à formativa, de novos conhecimentos e formas de reivindicação. Finalizando, com a abordagem de novas pautas que emergem e são assimiladas por esse movimento cuja preocupação com a inclusão se mostra basilar. / This paper aims at analyzing the intersection between the feminist world and the virtual world, through a qualitative analysis of a feminist group that comprises an online discussion list, and a collective blog, called “Blogueiras Feministas”. Starting from the assumption that the internet opens paths and new sociability possibilities, intending to evaluate how much this virtual group took advantage of this aspect through its discussions and text productions. Going against the idea, spread by common sense and by some sectors of society, that feminism is already either dead or relegated to its own failure, the analysis starts from some feminist theoretical references that were found in field, specially Susan Faludi and her conceptualization of backlash, addressing the manner in which the internet allows new forms of facing this perceived throwback. Thereafter, the perspective of the Social Suffering is treated. Through the Antropology of the Experience it is investigated how such identity auto attribution and political mobilization meet in both online and offline environments, allowing a glimpse of how the structural gender violence still permeates the sharing of experiences; and how a certain inclusive perspective gives place to a formative one, of new knowledges and new means of claim. Finally, there is the approach of new agendas that are emerging and that are assimilated by this movement whose concern about inclusion is basic ground.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/81403 |
Date | January 2013 |
Creators | Silveira, Natália Alves Cardoso Orlandi |
Contributors | Maciel, Maria Eunice de Souza |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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