Return to search

Ciberativismo e campo político brasileiro: uma reflexão crítica sobre as vicissitudes das lutas políticas na era do ciberespaço

Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-07-21T11:38:03Z
No. of bitstreams: 1
Deusiney Robson de Araújo Farias.pdf: 1248283 bytes, checksum: 1dd8ae014c54ed45828e05d8949a1b39 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-21T11:38:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Deusiney Robson de Araújo Farias.pdf: 1248283 bytes, checksum: 1dd8ae014c54ed45828e05d8949a1b39 (MD5)
Previous issue date: 2017-06-27 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Activism in cyberspace, also called cyberactivism, a transnational practice that puts us before invisible demands for techno excluded, and largely ignored by the political field, is presented as a solution to political problems, such as the collaborative public dialogue promotion and as online mobilization. In Brazil, the political struggles variations of recent years raise the following questions: what are the fundamental characteristics of activism in cyberspace and in the Brazilian political field? According to their characteristics, for what reasons do the demands and actions proposed by cyberactivists have little repercussion and support in the Brazilian political field and in society, often leading to temporary disappearance or at random? In response to these questions, we propose five hypotheses, namely: [1] political activism in cyberspace is part of an "activist protocampo"; [2] the hackeractivist has the potential to influence the political field through its actions of resistance; cyberactivists can simulate public opinion; The clickactivist or "like" activist is the maneuvering mass of the cyberactivist actions; [3] ciberactivism favors a much more alterity with the medium of communication and its connection links; [4] the political field is based on the blackmail game, characterized as its main conventional method of action / articulation; and [5] this form of activism provoked a political field reaction, which instrumented means capable of neutralizing actions in cyberspace and capitalizing on the results in favor of the image itself. The critical reflection on the Brazilian political and cybercultural reality aims at organizing a theoretical-methodological framework based on the deductive reasoning method, which is supported by two related symbolic models: [a] the political field as an autonomous microcosm, a socially structure based on a control and dispute system; and [b] activism in cyberspace, an emerging form of action with enormous political potential. Pierre Bourdieu's methodological view of relationally thinking about the object represented a fundamental part of our thesis. Likewise, the theoretical-epistemological framework formed in Brazil about activism in cyberspace contributed to the existing terms classification in the existing literature. Especially based on the concepts of Eugenio Trivinho, Jean Baudrillard, Fábio Malini, Henrique Antoun and Norberto Bobbio, we propose the concept of glocal activism, considering the global life organization modes added to the technomiditic local civilization arrangements resulted in a third social and political dimension, no longer local or global, but - just - glocal. This way, we conclude that, behind the political field visible power, there is an invisible power that acts through the blackmail game. In this dispute, hackeractivism has great potential to decrypt the existing game and eventually subvert the structures of power. This same action, however, makes us vulnerable to advanced digital technology, historically reinforcing the glocal phenomenon as an inexorable existential condition / O ativismo no ciberespaço, também denominado ciberativismo, prática transnacional que nos coloca diante de demandas invisíveis para tecnoexcluídos e, em grande parte, ignoradas pelo campo político, apresenta-se como solução para problemas políticos, como promoção de diálogo público colaborativo e como mobilização online. No Brasil, as vicissitudes das lutas políticas dos últimos anos fazem emergir as seguintes questões: quais as características fundamentais do ativismo no ciberespaço e do campo político brasileiro?; em que pesem suas características, por quais razões as demandas e ações propostas pelos ciberativistas têm pouca repercussão e sustentação no campo político brasileiro e na sociedade, muitas vezes chegando ao desaparecimento temporário ou ao ocaso? Como resposta a essas questões, propomos cinco hipóteses, a saber: [1] o ativismo político no ciberespaço faz parte de um “protocampo ativista”; [2] o hackerativista tem o potencial de influenciar o campo político por meio de suas ações de resistência; os ciberativistas podem criar simulacros de opinião pública; o clickativista ou ativista like é massa de manobra das ações ciberativistas; [3] O ciberativismo favorece muito mais uma alteridade com o meio de comunicação e seus links de conexão; [4] o campo político sustenta-se a partir do jogo de chantagens, caracterizado como o seu principal método convencional de ação/articulação; e [5] essa forma de ativismo provocou uma reação por parte do campo político, que instrumentalizou meios capazes de neutralizar ações no ciberespaço e capitalizar os resultados em favor da própria imagem. A reflexão crítica sobre essa realidade política e cibercultural brasileira visa organizar um arcabouço teórico-metodológico a partir do método de raciocínio dedutivo, baseada em dois modelos simbólicos conexos: [a] o campo político como microcosmo autônomo, estrutura socialmente estruturada sobre um sistema de controle e disputa; e [b] o ativismo no ciberespaço, forma emergente de ação com enorme potencial político. A visão metodológica de Pierre Bourdieu, de pensar relacionalmente o objeto, representou parte fundamental de nossa Tese. Igualmente, o arcabouço teórico-epistemólogico formado no Brasil sobre ativismo no ciberespaço contribuiu para a classificação dos termos apresentados na literatura existente. Especialmente com base nos conceitos de Eugênio Trivinho, Jean Baudrillard, Fábio Malini, Henrique Antoun e Norberto Bobbio, propomos o conceito de ativismo glocal, considerando que os modos de organização global da vida, somados aos arranjos locais na civilização tecnomidiática, resultaram em uma terceira dimensão social e política, já nem local nem global, mas – justamente – glocal. Diante disso, concluímos que, por trás do poder visível do campo político, existe um poder invisível que atua por meio do jogo de chantagens. Nessa disputa, o hackerativismo tem grande potencial para descriptografar o jogo existente e, eventualmente, subverter as estruturas de poder. Essa mesma ação, contudo, nos entrega ao domínio da tecnologia digital avançada, reforçando historicamente o fenômeno glocal como condição existencial inexorável

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/20249
Date27 June 2017
CreatorsFarias, Deusiney Robson de Araújo
ContributorsTrivinho, Eugênio
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0029 seconds