Enquanto Portugal aposta na descriminalização do consumo de todas as substânciaspsicoativas e nas estruturas e dispositivos de redução de danos, o Brasil mantém umapolítica repressiva e a criminalização do usuário, embora inclua a redução de danos comoum princípio norteador das ações de saúde.Apesar das diferenças, ambos os países apresentam equipes que atuam no contextode rua sob a lógica da redução de danos. É deste ponto que o presente trabalho parte, tendocomo objetivo analisar e comparar as práticas no Brasil e em Portugal.Consistindo em uma pesquisa comparativa e exploratória de caráter qualitativo,foram realizadas 12 entrevistas semiestruturadas a diferentes atores que trabalham na áreada redução de danos, de ambos os países. O método de análise de conteúdo foi utilizadopara analisar e categorizar o discurso dos entrevistados, originando cinco temáticas:caracterização genérica da população-alvo; orientações das práticas de intervenção;percepção dos profissionais de redução de danos acerca do uso de drogas; percepção dosprofissionais acerca da política de drogas de seu país e percepção dos profissionais acercada política de redução de danos. Dentre os resultados encontrados, pode-se sugerir que as consequências dacriminalização do consumo de drogas no Brasil afetam negativamente as intervenções noterreno e o acesso ao usuário em diversos níveis.
Identifer | oai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/108616 |
Date | 24 November 2017 |
Creators | Juliana Freitas dos Santos |
Contributors | Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação |
Source Sets | Universidade do Porto |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação |
Format | application/pdf |
Rights | restrictedAccess |
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