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Previous issue date: 2006-03-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work analyses an experience of land buying by agricultural laborers and smallholders in Araponga, a municipality in southeast of Minas Gerais, which has got evidence as a singular case of common land buying in Brazil. The agricultural laborers and smallholders called the initiative Joint Land Conquest (Conquista de Terras em Conjunto). This action was started by themselves, and progressively becomes more strong helped by external agents. Through this informal organization of mutual help, the smallholders, sharecroppers and wage workers take a loan from a collective fund to buy jointly an area of land. The land area is variable, but in general, the families obtain from one to six hectares. Since 1989, when the experience has began, 110 families have already bought their own piece of land. Nowdays, the sum of all bought land is around 498 hectares. Our goal was to understand how the agricultural laborers have defined a set of rules and procedures to build the Joint Land Conquest. Moreover, this work also targets to understand how this experience was scaled up and institutionalized to include a growing number of families. By mobilizing trust networks embedded in kinship, neighborhood, and religious militancy, the farmers have invented new ways of coping with land scarcity. The scheme reinvented traditional forms of mutual help and reciprocity between kin and friends of the Brazilian traditional peasantry. We have collected and analyzed data to trace the history of Joint Land Conquest, to understand how new families have been incorporated and to identify the role of external actors to consolidate this experience. The methodology was based on in-depth semi-structured interviews, survey questionnaires, oral history and participated observation. The semi-structured questionnaire was applied to 79 families, and allows us to analyze family organization patterns, social mobility, social participation, and economic strategies, thus mapping of the embedded social relationship network. The collected data was used to build bi-dimensional sociograms, tables and figures, which allow us to represent the information and trust flow that structured the Joint Land Conquest. Our main concepts were social networks, trustiness, development to get freedom. The study shows that the relationship networks and trust context were crucial to create a huge basis to support the experience growing. Araponga s association is a very interesting experience of agrarian change, devised by the farmers and rural workers themselves, without overt conflict with landholders. The practice of common buying permits peasants with reduced savings to join efforts and buy larger pieces of land. Landowners would not sell minor parts of land and would not give credit to humble rural workers. Special care is given to water bodies and forest reserves in the area. Moreover, in this context, land means freedom to chose biologic cultivation, to give opportunity to theirs children to go the school, to get a active hole in social movements. The dream of buying theirs own land becomes real. / No município de Araponga, em Minas Gerais, uma experiência de compra coletiva de terras entre os pequenos proprietários e trabalhadores rurais vem, até o momento, se destacando como uma experiência única de compras conjuntas de terras em nosso país. A experiência foi denominada, pelos próprios participantes, de "Conquista de Terras em Conjunto". A partir da iniciativa dos próprios agricultores, a iniciativa foi se consolidando progressivamente, com o suporte de agentes externos. Neste esquema de crédito rotativo, os pequenos proprietários e trabalhadores rurais adquirem conjuntamente uma área de terra, em que cada novo proprietário pode adquirir terra de acordo com suas condições. Os lotes individuais variam, em média, de 1 a 6 hectares. Esta experiência começou em 1989 e, desde então, 110 famílias já conquistaram o seu pedaço de terra, totalizando 498,0 hectares. O nosso objetivo foi compreender como foi possível aos agricultores "criar" o conjunto de regras e procedimentos que configuram a Conquista de Terras em Conjunto. Ademais, buscou-se neste trabalho compreender como tornou-se possível expandir e institucionalizar a experiência a ponto de incorporar um número cada vez maior de famílias. Para analisarmos a experiência partimos do pressuposto que redes de relações pré-existentes e redes de informação, estruturadas a partir de parentesco e vizinhança, constituíram a base de interação que permitiu, através da reinvenção de formas tradicionais de ajuda mútua, superar os dilemas de ação coletiva e dar início à experiência. A partir da descrição, coleta e análise dos dados foi possível traçar a história da Conquista de Terras em Conjunto, compreender como novas famílias foram incorporadas no decorrer do tempo e identificar o papel dos atores externos na consolidação da experiência. Como metodologia, fizemos uso de entrevistas semi-estruturadas em profundidade, questionários, observação participante e história oral. O questionário semi-estruturado foi aplicado à 79 famílias, que nos possibilitou analisar padrões de organização familiar, mobilidade social, participação e estratégias econômicas das famílias, realizando um mapeamento das redes de relações sociais dos envolvidos. A partir das informações coletadas nos questionários foi possível construir sociogramas bi-dimensionais, gráficos, tabelas e figuras, que nos permitiram representar os fluxos de informação e confiança que estruturaram a Conquista de Terras em Conjunto. Nossos conceitos centrais foram Redes Sociais (networks), Confiança e Desenvolvimento como Liberdade. O estudo demonstrou que a presença de redes de relações e de contextos de confiança foram cruciais para que a cooperação em bases amplas permitissem que a experiência pudesse emergir. Deste modo, a experiência dos agricultores e agricultoras familiares de Araponga, nos mostra que é possível inventar novos modos de adquirir terra e permanecer no campo, mesmo em condições adversas. A conquista de liberdade para poder plantar o que desejar, não usar agrotóxicos, os filhos poderem frequentar à escola e a família poder participar dos movimentos sociais, levou meeiros e trabalhadores rurais a acreditar na possibilidade de comprar terra.
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Date | 29 March 2006 |
Creators | Campos, Ana Paula Teixeira de |
Contributors | Mendes, Fábio Faria, Botelho, Maria Izabel Vieira, Rothman, Franklin Daniel, Comerford, John Cunha, Muniz, José Norberto |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa, Mestrado em Extensão Rural, UFV, BR, Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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