Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade e Gestão Pública, Programa de Pós-Graduação em Administração, 2017. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2017-07-10T13:46:50Z
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Previous issue date: 2017-08-01 / As pesquisas que procuram explicar as relações entre práticas socialmente responsáveis e desempenho de pequenas e médias empresas (PMEs) focam nos efeitos de ações espontâneas e não discutem os impactos sobre o desempenho financeiro. Como consequências, não mensuram o desempenho social na profundidade necessária e não geram implicações relevantes ao planejamento financeiro de PMEs. Além disso, nesse objeto, escassas são as evidências de destinação de recursos financeiros para o atendimento de demandas dos stakeholders, especialmente sob as premissas da teoria slack resources. Considerando a tradição desse campo no uso de dados de percepção e recorte temporal transversal, esta tese procura complementar os resultados já alcançados, utilizando medidas de dados contábeis estruturadas em forma de painel, com a aplicação de recorte longitudinal. A amostra é formada por 128 micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), dos setores da indústria, comércio e serviços, com o total de 662 observações distribuídas no período de 2010 a 2015. São adicionados três estudos à literatura de desempenho social e financeiro em PMEs, os quais contemplam a mensuração do desempenho social por meio de gastos financeiros, obrigatórios e espontâneos, com três stakeholders: colaboradores, clientes e comunidade, e a aferição do desempenho financeiro através de medidas de crescimento de vendas, retorno contábil e folga financeira. No primeiro estudo caracterizou-se o perfil de gastos financeiros com stakeholders, a partir de grupos de empresas com perfis diferentes de condições financeiras, aplicando análises de cluster e de variância (ANOVA/MANOVA). Identificou-se que clusters de empresas com melhores condições financeiras possuem maior nível de gastos, obrigatórios e espontâneos, com colaboradores, do que clusters de empresas com condições financeiras inferiores. No segundo, comparou-se o desempenho financeiro, a partir de grupos de empresas com perfis diferentes de gastos com stakeholders, aplicando também análises de clusters e de variância (MANOVA). Os resultados indicam que clusters de empresas com mediano nível de gastos, obrigatórios e espontâneos, no conjunto dos stakeholders, possuem melhores resultados financeiros. Na terceira pesquisa, testou-se as relações temporais entre resultados financeiros e gastos com stakeholders, em três cenários de tempo: t, t+1 e t+2, utilizando regressões por mínimos quadrados ordinários e modelos com efeitos fixos. Identificou-se que resultados financeiros prévios não são preditores de gastos totais com stakeholders, mas existem efeitos positivos de folga financeira sobre gastos espontâneos com colaboradores, e sobre gastos com clientes, assim como de lucratividade sobre esses últimos gastos. Identificou-se, ainda, efeitos negativos dos gastos totais com stakeholders, dos gastos com colaboradores e dos gastos com os clientes sobre o desempenho financeiro, e efeitos positivos de gastos com a comunidade sobre as vendas. Estes resultados ampliam a teoria ao evidenciar os montantes de gastos financeiros, obrigatórios e espontâneos, por stakeholder, de PMEs com diferentes condições financeiras, e as diferenças de desempenho financeiro de PMEs com perfis diferentes de gastos, obrigatórios e espontâneos, com stakeholders. Para a gestão de PMEs, os resultados contribuem para melhorar a eficácia do planejamento financeiro, evidenciando, por stakeholder, os gastos obrigatórios e espontâneos, que elevam ou destroem o desempenho financeiro. / The researches try to explain the relationship between socially responsible practices and small-business performance (SMEs) focuses on the effects of spontaneous actions and does not discuss impacts on financial performance. As a consequence, they don´t measure social performance to the necessary depth and don´t generate relevant implications for the financial planning of SMEs .However, in this object, there is little evidence of the allocation of financial resources to meet stakeholder demands, especially under the assumptions of Slack resources theory. Considering the tradition of this field in the use of perception data and transverse temporal cut, this thesis seeks to complement the already achieved results, using data measures structured in panel form, with the application of longitudinal cut. The sample is made up of 128 micro, small and medium-sized enterprises (SMEs) from the industry, commerce and services sectors, with a total of 662 observations distributed between 2010 and 2015. Three studies are added to the literature on social and financial performance In SMEs, which include the measurement of social performance through compulsory and spontaneous financial expenses, with three stakeholders: employees, customers and the community, and the financial´s measurement performance through measures of sales growth, accounting return and financial freedom. In the first study, the financial´s profile expenses with stakeholders was analyzed from groups of companies with different profiles of financial conditions, applying cluster analysis and variance analysis (ANOVA / MANOVA). It was identified that companies´clusters with better financial conditions have a higher level of compulsory and spontaneous expenses with employees than companies´s clusters with lower financial conditions. In the second, the financial performance was compared from groups of companies with different profiles of stakeholder spending, also applying cluster analysis and variance analysis (MANOVA). The results indicate that companies´clusters with better financial results have a medium level of expenditures, obligatory and spontaneous, among the stakeholders. In the third research, we tested the temporal relationships between financial results and expenses with stakeholders, in three time scenarios: t, t + 1 and t + 2, using ordinary least squares regressions and fixed effects models. It was identified that previous financial results aren´t predictors of total expenditures with stakeholders, but there are positive effects of financial backlash on spontaneous expenses with employees, and on customer expenses, as well as profitability on these last expenses. We also identified negative effects of total expenditures with stakeholders, employee expenditures and client spending on financial performance, and positive effects of community spending on sales. These results broaden the theory by showing the amounts of mandatory and spontaneous financial expenses per stakeholder of SMEs with different financial conditions and the differences in the financial performance of SMEs with different profiles of obligatory and spontaneous spending with stakeholders. For the management of SMEs, the results contribute to improving the effectiveness of financial planning, highlighting, by stakeholder, the compulsory and spontaneous expenses that increase or destroy financial performance.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/23984 |
Date | 28 April 2017 |
Creators | Cruz, José Elenilson |
Contributors | Porto, Rafael Barreiros |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB |
Rights | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess |
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