Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-05T23:38:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1
320469.pdf: 1539301 bytes, checksum: 495962461e1ce4deb22d4971d767008a (MD5)
Previous issue date: 2013 / O enfrentamento comportamental é definido como a estratégia utilizada para reduzir o impacto negativo do estresse sobre o bem estar de um indivíduo. O desenvolvimento de estratégias bem sucedidas para a redução ou eliminação do evento estressante depende de fatores como experiência prévia, processos mediadores, variabilidade individual e previsibilidade. Assim, comportamentos adotados frente a eventos estressantes revelam processos associativos de aprendizado, vulnerabilidade ao ambiente, flexibilidade comportamental e tomada de decisões. Os estudos sobre as estratégias de enfrentamento desenvolvidas por animais de laboratório, visando a resolução de eventos aversivos, favorecem a análise das variações individuais presentes em um grupo, caracterizando padrões comportamentais reconhecíveis. O modelo de condicionamento olfatório aversivo, padronizado por nosso grupo, é muito utilizado para o estudo das memórias aversivas, uma vez que o paradigma envolve processos cognitivos e emocionais. O condicionamento ocorre através da associação entre um estímulo incondicionado e um estímulo olfatório neutro que, após alguns pareamentos, adquire a capacidade de evocar respostas defensivas que tipicamente são expressas na presença de perigo. Como os animais são expostos a situações aversivas tanto para a aquisição do condicionamento quanto para a expressão das respostas defensivas, o modelo se apresenta como uma excelente ferramenta para o entendimento das definições de estratégias comportamentais adotadas. Portanto, o objetivo do presente estudo foi analisar as estratégias de enfrentamento desenvolvidas pelos animais em situações estressantes confrontadas no modelo de condicionamento olfatório aversivo. Para este propósito, a análise dos comportamentos exibidos pelos animais foi ampliada, de acordo com as condições experimentais do laboratório. Em seguida, a análise do novo conjunto de estratégias comportamentais foi realizada em grupos submetidos às condições experimentais Pareado e Não Pareado durante três sessões de teste do protocolo experimental, bem como em grupos tratados com o benzodiazepínico midazolam, administrado antes ou imediatamente após a aquisição do condicionamento, e antes da expressão das respostas defensivas. Os resultados demonstraram que o perfil comportamental analisado nas três sessões de teste apresenta diferenças claras entre as sessões, já que os animais foram capazes de desenvolver uma estratégia de enfrentamento ao ambiente, modificando-a sempre que novos estímulos estressantes foram confrontados. Também, o aparecimento de comportamentos como agachar-cheirar, agachar, head-out e stretch-attend se mostrou característico na expressão de comportamentos de defesa no modelo proposto, quando os animais foram expostos ao odor condicionado. Esses resultados levaram a conclusão de que o condicionamento olfatório aversivo é um modelo capaz de avaliar as estratégias comportamentais de enfrentamento em situações estressantes, bem como caracterizar comportamentos defensivos específicos capazes de aprimorar a análise já executada. Os resultados também demonstraram que a estratégia de enfrentamento comportamental pode ser afetada, de acordo com a condição experimental e/ ou tratamento farmacológico utilizado. <br>
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/107260 |
Date | January 2013 |
Creators | Sobota, Karina Nicole |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Carobrez, Antonio de Padua |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 113 p.| il., grafs., tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0024 seconds