Return to search

Cartografia do trabalho de agentes penitenci?rios: reflex?o sobre o ?dispositivo pris?o?

Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2016-02-29T20:25:44Z
No. of bitstreams: 1
RafaelDeAlbuquerqueFigueiro_TESE.pdf: 3571254 bytes, checksum: c4d1fa47711d3f7a48cc9872585d2158 (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2016-02-29T23:33:55Z (GMT) No. of bitstreams: 1
RafaelDeAlbuquerqueFigueiro_TESE.pdf: 3571254 bytes, checksum: c4d1fa47711d3f7a48cc9872585d2158 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-29T23:33:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
RafaelDeAlbuquerqueFigueiro_TESE.pdf: 3571254 bytes, checksum: c4d1fa47711d3f7a48cc9872585d2158 (MD5)
Previous issue date: 2015-05-22 / O sistema prisional brasileiro se constitui enquanto importante problema, n?o s? pelo
crescimento do n?mero de presos e consequente superlota??o de unidades prisionais, mas
tamb?m pela viola??o de direitos humanos, institucionaliza??o e dificuldade de reinser??o
social dos apenados. Al?m disso, os efeitos nocivos do sistema prisional afetam seus
trabalhadores, geralmente n?o priorizados por pesquisadores, programas de sa?de e pol?ticas
governamentais. A literatura vem apontando para algumas consequ?ncias do trabalho no
c?rcere, dentre elas, o adoecimento ps?quico, stress, uso abusivo de ?lcool, etc., mas pouco se
sabe sobre essa categoria profissional, seus problemas, as dificuldades de sua rotina de
trabalho, assim como os processos de subjetiva??o envolvidos. Assim, quais os efeitos do
trabalho no c?rcere na vida dos agentes penitenci?rios (AP)? Que estrat?gias desenvolvem
para enfrentar o trabalho na pris?o? Essa pesquisa tem por objetivo analisar os efeitos do
trabalho no c?rcere na vida de agentes penitenci?rios do pres?dio estadual de Parnamirim,
localizado na regi?o metropolitana de Natal-RN. Dentro da perspectiva te?rico-metodol?gica
da an?lise institucional e da cartografia foram realizadas rodas de conversa, entrevistas, al?m
da observa??o participante da rotina de trabalho dos AP. Os resultados apontam para uma
rotina laboral marcada pela realiza??o de procedimentos que envolvem risco ao trabalhador,
gerando situa??es de tens?o e stress. Al?m disso, a cultura da viol?ncia (que se desenvolve no
dia a dia da pris?o) e o processo de forma??o e aprendizado inicial da profiss?o, s?o
respons?veis pelo processo de militariza??o das subjetividades dos AP, produzindo sujeitos
duros, disciplinados, enrijecidos, propensos a pr?ticas violentas e demais viola??es de
direitos. Outros efeitos mapeados dizem respeito ? aquisi??o de saberes sobre o homem
(saberes ?psi?) respons?veis por forjar a concep??o do criminoso como ?sujeito perigoso?, o
que, por sua vez, age como vetor de subjetiva??o no dia a dia dos agentes penitenci?rios,
configurando um modo de vida atravessado pelo medo e pela inseguran?a fora do ambiente de
trabalho. Produz-se um controle a c?u aberto sobre suas vidas e de seus familiares, limitandoos
no que diz respeito ao conv?vio familiar e comunit?rio e ? realiza??o de atividades de lazer
em espa?os p?blicos. Nessa dire??o, constata-se que a pris?o age produzindo ?maus
encontros? (a partir da perspectiva de Espinosa), ao produzir afetos tristes respons?veis por
enfraquecer o conatus, limitando as possibilidades de a??o desses sujeitos. Embora os agentes
desenvolvam algumas estrat?gias para lidar com as dificuldades do trabalho no c?rcere
(dentre as quais destacam-se o desenvolvimento de outras atividades profissionais ou de lazer,
a espiritualidade/religiosidade e a capacidade de separar os momentos laborais daqueles
destinados a vida pessoal dos AP), advoga-se que tais estrat?gias n?o oferecem uma
resist?ncia significativa, j? que n?o questionam a l?gica jur?dico-penal contempor?nea. Assim,
a tese apresentada defende as propostas do abolicionismo penal no sentido de propor outras
concep??es acerca do crime e da justi?a, permitindo a inven??o de outras estrat?gias pr?tico-conceituais. / The Brazilian prison system is going through a serious crisis, not only due to the growth in the
number of prisoners and the consequent overcrowding of prisons, but also for the violation of
human rights, institutionalization and difficulty in social rehabilitation of inmates.
Furthermore, the harmful effects of the prison system affect their workers, who generally are
not prioritized by researchers, health programs and government policies. The literature
pointing to some consequences of work in prison, among them, the mental illness, stress,
alcohol abuse, etc., but little is known about this profession, their problems, the difficulties of
their work routine, so as subjective processes involved. So, what are the effects of this work
in the prison in the lives of correctional officers? What strategies developed to address the
work in prison? This research aims to analyze the effects of this work in the prison in the lives
of correctional officers from the state prison in Parnamirim, located in the metropolitan region
of Natal-RN. Within the theoretical and methodological perspective of institutional analysis
and cartography were carried conversation circles, interviews, in addition to participant
observation of the correctional officers work?s routine. The results point to a working routine
marked by the performance of procedures that involve risk to the worker, generating
situations of tension and stress. Besides, the culture of violence (which is implemented in jail
everyday) as well as the training and initial learning of the profession, are responsible for the
militarization process of the subjectivities of the correctional officers, producing hard subject,
disciplined, stiff, likely to violent practices and other rights violations. Other mapped effects
relate to the acquisition of knowledge about the human (?psy? knowledge) responsible for
forging the conception of the criminal as "dangerous subject", which, in turn, acts as
subjectivity vector in the daily life of prison guards by setting up a way of life crossed by fear
and insecurity outside the work environment. Produces a control in the open about their lives
and their families, limiting them with regard to family and community life and the realization
of leisure activities in public spaces. In this sense, it appears that the arrest acts producing
?bad meetings? (from Espinosa's perspective), once it produces sad affections responsible for
weakening the conatus, limiting the possibilities of action of these subjects. Although agents
develop some strategies to deal with the difficulties of working in prison (among which stand
out the development of other professional or leisure activities, spirituality / religiosity and the
ability to separate the labor moments from those of their the personal lives, is advocated that
such strategies do not offer significant resistance, since they do not question the contemporary
legal-criminal logic. The thesis presented supports the proposals of penal abolitionism to
present other conceptions of crime and justice through the invention of other practical and
conceptual strategies.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufrn.br:123456789/19884
Date22 May 2015
CreatorsFigueir?, Rafael de Albuquerque
Contributors24383481353, http://lattes.cnpq.br/9681334300604531, Alverga, Alex Reinecke de, 03339266417, http://lattes.cnpq.br/6612925447402990, Pereira, Maria Teresa Lisboa Nobre, 22256741400, http://lattes.cnpq.br/1234091318043836, Zamora, Maria Helena, 37130820497, Bicalho, Pedro Paulo Gastalho de, 02978154748, http://lattes.cnpq.br/7029366093643246, Dimenstein, Magda Diniz Bezerra
PublisherUniversidade Federal do Rio Grande do Norte, PROGRAMA DE P?S-GRADUA??O EM PSICOLOGIA, UFRN, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFRN, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte, instacron:UFRN
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0022 seconds