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Análise do trabalho rural no nordeste do Brasil / not available

O objetivo deste estudo é analisar os aspectos relevantes do trabalho rural no Nordeste do Brasil, especificamente estrutura do emprego rural, fluxo migratório, evolução da produção e da produtividade e fatores relevantes na estimação da taxa de salário. Observa-se que o setor agrícola do Nordeste absorve 39,61% da População Economicamente Ativa (PEA) da Região, apesar de sua redução nos últimos anos. Com relação a escolaridade, constata-se que 45,94% da PEA rural não tem instrução. A distribuição das pessoas ocupadas na agropecuária nordestina aponta que os trabalhadores não remunerados e os que trabalham por conta própria representam a maioria absoluta no campo. Nota-se ainda que a produtividade do trabalho da Região é muito inferior àquelas observadas no Brasil como um todo e nas outras Regiões (R$ 60,85 ao mês). Verifica-se que 50,11% das pessoas que constituem a PEA rural do Nordeste recebem até 2 salários mínimos. Em 1975-1985, a produção nordestina elevou-se em função do aumento da relação área/homem e da produtividade da terra. A queda do emprego não foi suficiente para reduzir a produção, ou seja, a produção teria sido determinada pelos ganhos de produtividade do trabalho. No período de 1985-1995, visualiza-se redução da produção agrícola em todos os estados e Região, principalmente pela ocorrência de secas. No entanto, a análise dos 20 anos mostra que a produção agrícola da Região Nordeste registrou pequeno crescimento, apesar da redução no período 1985-1995. A metodologia utilizada para estimação de salários é fundamentada pelos argumentos de BACHA, E (1979), em que o salário é determinado em função do deslocamento da demanda de mão-de-obra sobre uma dada oferta (elástica) de mão-de-obra. São considerados fatores relevantes: força de trabalho, escolaridade e capital do trabalhador. A base de dados é constituída pelas atuais 177 microrregiões do Nordeste (sem incluir as microrregiões das capitais). Constata-se uma pequena variação negativa (-0,09%) no salário rural com o aumento de 1% na força de trabalho. Quanto às variáveis escolaridade e capital por trabalhador, ambas revelam influência positiva sobre a taxa de salário e apresentam também elevados níveis de significância. A variável capital por trabalhador mostrou-se a mais importante / not available

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-20181127-161819
Date24 November 2000
CreatorsCarla Regina Ferreira Freire
ContributorsPaulo Fernando Cidade de Araujo
PublisherUniversidade de São Paulo, Ciências (Economia Aplicada), USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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