Return to search

Hepatite autoimune tipo 1 em crianças: fatores laboratoriais associados com a resposta histológica e evolução da doença / Autoimmune hepatitis type 1 in children : laboratorial features associated with histology and outcome

INTRODUÇÃO: A pesquisa de fatores que possam reconhecer precocemente quais serão os pacientes portadores de HAI com boa evolução ou aqueles que serão resistentes ao tratamento, levaria a um melhor planejamento da terapia. OBJETIVOS: Determinar se fatores laboratoriais pré-tratamento, e o tempo necessário para atingir remissão clínico-laboratorial são preditivos de remissão histológica ou melhora do grau arquitetural na HAI tipo1 em crianças. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 50 crianças portadoras de hepatite autoimune tipo 1 acompanhadas na Unidade de Hepatologia Pediátrica do Instituto da Crianças HC- FMUSP, no período de 1992 a 2012. Realizado revisão de 93 biópsias hepáticas às cegas por um único patologista. RESULTADOS: Foram selecionadas 40 crianças segundo critérios de inclusão. Na biópsia inicial a atividade inflamatória grau 4 e cirrose eram predominantes (31 pacientes-77,5%), sendo que na biópsia de controle, 17 crianças atingiram remissão histológica e 11 melhora do grau arquitetural. Não encontramos valores estatísticos dos fatores laboratoriais ao diagnóstico em relação à remissão histológica. Já em relação à arquitetura, os exames bilirrubina total (p=0,02) e direta (p=0,04) e o tempo de Protrombina (p=0,07) foram relacionados à melhora do grau arquitetural quando apresentavam valores com menor alteração. O tempo necessário para atingir remissão clínico-laboratorial não apresentou correlação com a melhora do padrão inflamatório ou arquitetural. O tratamento foi suspenso em 14 crianças, com taxa de recaída de 50%, em que a maioria ainda apresentava atividade inflamatória na histologia. O tempo de tratamento foi maior nas crianças que evoluíram com remissão sustentada depois de retirada da medicação. CONCLUSÕES: Observou-se em nosso estudo que os fatores laboratoriais ao diagnóstico, independente de seu grau de alteração, não podem predizer quais as crianças que evoluirão para remissão histológica. As crianças com menor grau de alteração de bilirrubina total e direta e tempo de Protrombina, são as que evoluíram com reversão da fibrose hepática. O tempo necessário para atingir a remissão clínico-laboratorial não foi fator preditivo de melhora histológica. Recaída depois da suspensão do tratamento foi associada a presença de atividade inflamatória, e os pacientes em remissão sustentada são os com maior tempo de tratamento / INTRODUCTION: The study of factors that can recognize, earlier, which patients will be carrying autoimmune hepatitis presenting good outcome or those who will be resistant to treatment, would lead to a much better therapy planning. This study aims to: determine whether pretreatment laboratory factors and the time required for achieving clinical and laboratory remission are predictors of histological remission or improvement of the architectural degree in AIH type 1 in children. METHODS: A retrospective study of 50 children with autoimmune hepatitis type 1 accompanied by the Pediatric Hepatology Unit of the Institute of Children HC- FMUSP between 1992 and 2012. A review of 93 liver biopsies was randomly conducted by a single pathologist. RESULTS: Forty children were selected according to criteria of inclusion. In the initial biopsy the inflammatory activity level 4 and cirrhosis were predominant (31 patients-77, 5%), in the control biopsy 17 patients achieved histological remission and 11 presented improvement in the architectural degree. We found no statistical values of the diagnostic laboratory factors in relation to histological remission. Regarding the architecture, the exams total bilirubin (p = 0.02) and direct bilirubin (p = 0.04) and prothrombin time (p = 0.07) were related with the improvement of the architectural level when presented the values with lower changes. The time required for achieving clinical and laboratory remission presented no correlation with the improvement of the inflammatory or architectural pattern. The treatment was suspended in 14 children with relapse rate of 50%, in most of them the inflammatory activity still present on histology. The length of treatment was longer in children who developed sustained remission after the withdrawal of medication. CONCLUSIONS: We observed in our study that the laboratory factors for the diagnosis, regardless their degree of alteration, can not predict which children will progress to histological remission. The children who presented lower degrees of change in total and direct bilirubin and prothrombin time are those who have progressed to reversal of liver fibrosis. The time required for achieving clinical and laboratory remission was not a predictive factor for histological improvement. Relapse after discontinuation of treatment was associated to the presence of inflammatory activity, and patients with sustained remission are the ones who had longer period of treatment

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-10102012-102213
Date27 July 2012
CreatorsOuno, Daniela Donha
ContributorsPorta, Gilda
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeDissertação de Mestrado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

Page generated in 0.0025 seconds