[pt] Esta pesquisa teve como objetivo central compreender a influência da adoção do home office na relação conflito trabalho-família para mulheres, com idades entre 25 e 60 anos, que passaram a trabalhar de forma remota ou híbrida a partir do advento da pandemia da Covid-19. A base conceitual considerada para análise desse fenômeno se concentrou nos temas conflito trabalho-família, teletrabalho e gênero. Diante do fato de a ampliação do trabalho remoto, modalidade de trabalho adotada pelas empresas durante a pandemia, ter impactado significativamente a vida das trabalhadoras, buscou-se compreender como tal mudança vem afetando a conciliação das esferas do trabalho e da vida familiar dessas mulheres. A metodologia adotada para este estudo foi de natureza qualitativa, com base nos relatos de quinze mulheres entrevistadas que atuam em diversos segmentos da economia. Dentre elas, sete tem filhos ou filhas. Os resultados obtidos indicam que onze se sentem sobrecarregadas, tanto as que são mães como as que não são. Destaca-se, ainda, que a maioria das entrevistadas prefere a modalidade de teletrabalho parcial, o denominado modelo híbrido, por conta da flexibilidade proporcionada. Observou-se, também, que grande parte continua assumindo a maior carga do trabalho doméstico e de cuidados, reforçando a visão estereotipada das mulheres como multitarefa e de que o trabalho remunerado exercido pelo marido é mais desgastante do que o exercido por elas. / [en] The main objective of this research was to understand the influence of the adoption of the home office on the work-family conflict relationship for women, aged between 25 and 60, who started to work remotely or in a hybrid way after the advent of the Covid-19 pandemic. The conceptual basis considered for the analysis of this phenomenon focused on the themes work-family conflict, telework and gender. Given the fact that the expansion of remote work, the work modality adopted by companies during the pandemic, has significantly impacted the lives of workers, we sought to understand how this change has affected the reconciliation of the spheres of work and family life of these women. The methodology adopted for this study was qualitative in nature, based on the reports of fifteen women interviewed who work in different segments of the economy. Among them, seven have sons or daughters. The results obtained indicate that eleven feel overwhelmed, both those who are mothers and those who are not. It is also noteworthy that most of the interviewees prefer the partial telework modality, the so-called hybrid model, due to the flexibility provided. It was also observed that a large part continues to assume the greatest burden of housework and care, reinforcing the stereotyped view of women as multitasking and that the paid work performed by the husband is more exhausting than the one performed by them.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:59081 |
Date | 19 May 2022 |
Creators | PRISCILA PINHEIRO MONZATO |
Contributors | ANA HELOISA DA COSTA LEMOS |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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