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Marília Hughes.pdf: 58724014 bytes, checksum: 19ae1bcfbcbc33ac294e96de21d207cf (MD5) / O estudo segue a proposta analítica do Grupo de Pesquisa de Análise de Telejornalismo,
vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da
Universidade Federal da Bahia, que adota como premissa o jornalismo como instituição social e forma cultural, e faz uso articulado dos conceitos metodológicos de estrutura de sentimento, gênero e modo de endereçamento no exame de programas telejornalísticos. O primeiro conceito se refere aos significados e valores tal como são vividos no presente, mas envolve elementos historicamente variados e variáveis; o segundo permitiu pensar as relações sociais e históricas nas formas que o telejornalismo assume ao longo do tempo e as sociedades em que estas formas são praticadas; o terceiro está voltado para a especificidade do programa e como ele se relaciona com seus interlocutores a partir da construção de um estilo próprio. A partir desse referencial teórico, propôs-se uma análise do modo de endereçamento do Globo
Repórter, programa jornalístico veiculado pela Rede Globo de Televisão há mais de 35 anos.
O longo percurso do Globo Repórter na televisão brasileira permitiu um estudo comparativo de três períodos historicamente distintos do programa, a fim de perceber o que mudou no seu modo de endereçamento ao longo dos anos. O recorte abarca os anos 70, quando o programa é lançado pela Rede Globo; o início dos anos 80, momento de mudança na coordenação geral
do Globo Repórter; e, por fim, analisou-se o ano de 2008, que diz do programa veiculado
atualmente. Na investigação, fez-se uso de quatro operadores de análise do modo de
endereçamento, a saber: mediador, contexto comunicativo, pacto do papel do jornalismo e
organização temática. O estudo empreendido revelou diferenças significativas no estilo do programa, a depender do período analisado. Nos anos 70, o Globo Repórter apresentou um
forte diálogo com o campo cinematográfico, o que foi possível graças ao momento de
formação da linguagem televisiva; os anos 80 foi marcado por uma maior presença de
jornalistas na equipe, com destaque para o repórter na condução da informação, construída de
modo narrativo e emocional; nos dias de hoje, mantém-se o repórter, mas a informação
disponibilizada pelo programa apresenta-se como um conselho a ser seguido pelo
telespectador. Essas diferenças permitem pensar as transformação do Globo Repórter ao
longo do tempo, e ajudam a entender como a informação tem sido tratada em um dos mais
tradicionais programas de jornalismo do maior canal de TV aberta do Brasil.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/1071 |
Date | 20 April 2011 |
Creators | Costa, Marília |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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