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O dualismo na teologia cristã: a deformação da antropologia bíblica e suas conseqüências

A pesquisa se propõe averiguar algumas das conseqüências práticas para a história do Cristianismo em face do influxo do dualismo platônico sobre a teologia cristã. Sobretudo, no que diz respeito à relação da Igreja com o mundo da cultura. Parte-se do princípio que a combinação destes dois elementos deu origem a uma teologia platonizada o que causou uma deformação da antropologia bíblica. Esta deformação não passou impune. Ao contrário, a partir daí a Igreja percorreu caminhos que, em grande medida, desconstruíram sua face mais evangélica. O primeiro capítulo faz considerações acerca do pensamento platônico a respeito da dicotomia espírito-matéria, adentra-se pelo período patrístico e as primeiras formulações teológicas dos Pais da Igreja já sob a influência do pensamento helênico. Daí, uma rápida panorâmica sobre a Idade Média. Constatado o problema, pergunta-se pelas suas conseqüências. O segundo capítulo concentra-se na colonização ibérico-católica na América Latina seguida do genocídio dos povos ameríndios e, ato contínuo, dos povos afros escravizados. Sugere-se que esta teologia surgida da assimilação do dualismo platônico serviu como justificativa para a dominação, demonização e massacre desses povos, uma vez que se o corpo era mal, poderia ser destruído. A Teologia da Libertação surge como uma proposta de superação desta visão dicotômica do ser humano. O terceiro capítulo foca em um exemplo do Cristianismo em sua versão protestante, a saber: a inserção do protestantismo no Brasil e sua notória resistência às manifestações culturais populares do povo brasileiro. Para isto, analisa-se antes a identidade do missionário evangélico que veio para o Brasil. Esta identidade foi forjada desde o início da Reforma no século XVI percorrendo, sobretudo, um determinado tipo de protestantismo que, iniciando com os anabatistas, passa pelos puritanos, pietistas, metodistas, avivalistas, ortodoxos, fundamentalistas e pentecostais. Caso a parte é a assimilação da religiosidade popular por parte dos movimentos neopentecostais. Finalmente, o quarto capítulo aborda a visão bíblica do ser humano em sua inteireza. Analisando os principais termos bíblicos que se referem à antropologia, verifica-se que a visão bíblica do ser humano é libertadora e promotora de novas relações com o mundo ao redor em suas dimensões política, social, econômica, cultural, religiosa, estética, etc

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:est.edu.br:170
Date23 February 2010
CreatorsWanderley Pereira da Rosa
ContributorsWilhelm Wachholz, Ricardo Willy Rieth, Leomar Antônio Brustolin
PublisherFaculdades EST, Programa de Teologia, EST, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do EST, instname:Faculdades EST, instacron:EST
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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