Primeiramente, os fármacos risperidona e ziprasidona foram caracterizados físico-quimicamente pelas técnicas Calorimetria Diferencial Exploratória (DSC), Termogravimetria (TG), Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FT-IR), Difratometria de Raios X (PXRD), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Espectroscopia Raman (somente para ziprasidona). Em seguida, os fármacos foram submetidos a estudos de estabilidade na presença de excipientes, de acordo com as normas da ICH (International Conference Harmonization), que apresentam diretrizes internacionais para esses estudos, as quais são adotadas no Brasil pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Neste trabalho foram analisados os dois fármacos, os excipientes e as misturas binárias (proporção 1:1 (m/m) constituída pelo fármaco com cada excipiente imediatamente depois do preparo. Estas amostras foram novamente analisadas após serem armazenadas em câmara de estabilidade a 40ºC1ºC e 75%5% de umidade relativa (UR) por 3 meses e 6 meses. Os resultados obtidos para as amostras incubadas foram comparados com os das amostras iniciais. A risperidona foi caracterizada como forma polimórfica C pela PXRD. Na DSC apresentou evento endotérmico de fusão na faixa 170,5ºC a 175,3ºC e uma entalpia de fusão de ΔHf = 101,91 J g-1. Sua degradação térmica ocorreu a partir de 230,3ºC, portanto foi termicamente estável na faixa de temperatura empregada no DSC (30ºC a 200ºC). Nos estudos de estabilidade da risperidona empregaram-se as técnicas de DSC, TG, FT-IR associada ao método quimiométrico denominado Análise de Componente Principal (PCA) e ainda a Cromatografia Líquida (LC). Os resultados mostraram que a risperidona foi compatível com amido e laurilsulfato de sódio, enquanto apresentou interação química com lactose anidra, celulose microcristalina e estearato de magnésio. A ziprasidona foi caracterizada por PXRD e FT-IR como a forma polimórfica F. Apesar de ser cristalino, não foi possível realizar os estudos de compatibilidade com DSC, pois o fármaco não apresentou uma temperatura de fusão definida na qual fosse termicamente estável. As técnicas LC e FT-IR associada à PCA foram utilizadas para os estudos de estabilidade da ziprasidona. De acordo com os resultados, estearato de magnésio e PVP foram incompatíveis, enquanto amido, celulose microcristalina, manitol e talco foram compatíveis. / Stability studies of formulation containing the drugs risperidone or ziprasidone were done. These drugs were characterized through their physical and chemical characteristics by Differential Scanning Calorimetry (DSC), Thermogravimetry (TG), Spectroscopy Fourier Transform Infrared (FT-IR), X-ray Diffraction (PXRD), Scanning Electron Microscopy and Raman Spectroscopy (employed only for ziprasidone). Then, the drugs were submitted to stability studies using excipients, what is also called drug-excipient compatibility studies, according to the ICH standards (International Conference Harmonization), which provides international guidelines for its studies, adopted by ANVISA (National Agency for Sanitary Vigilance) in Brazil. Binary mixtures of each drug with excipient in a proportion of 1:1(w/w) immediately preparation and after stored instability chamber at 40°C±1°C and 75%± 5% of relative moisture. The samples were analyzed again after 3 and 6 months of incubation and the results compared with the initials. The techniques used for the risperidone study were DSC, TG, FT-IR associated with chemometric method Principal Component Analysis (PCA) and Liquid Chromatography (LC). For ziprasidone were used LC and FT-IR associated with PCA. Risperidone was characterized as a polymorphic form C by the PXRD. The DSC showed a melting endothermic event at the range of 170.5°C to 175.3°C and a melting enthalpy of ΔHf = 101.91 J g-1. Risperidone thermal degradation occurred on 230.3°C thus it was thermally stable at the range temperature employed in DSC analysis (30° to 200°C). The stability studies showed that risperidone was compatible with starch and sodium lauryl sulfate, whilst it showed chemical interaction with magnesium stearate, anhydrous lactose and microcrystalline cellulose. Ziprasidone was characterized by PXRD and FT-IR as the polymorphic form F. In despite of being crystalline it wasn’t possible to perform compatibility studies with DSC because this drug didn’t show a defined melting temperature in range it is thermally stable. The results of stability studies revealed an incompatibility with PVP and magnesium stearate. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:10.254.254.39:tede/353 |
Date | 22 July 2013 |
Creators | DANIEL, Josiane Souza Pereira |
Contributors | GARCIA, Jerusa Simone, http://lattes.cnpq.br/8976306450816308, TREVISAN, Marcello Garcia, CARNEIRO, Renato Lajarim, MENDES, Roni Antonio |
Publisher | Universidade Federal de Alfenas, Instituto de Química, Brasil, UNIFAL-MG, Programa de Pós-Graduação em Química |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFAL, instname:Universidade Federal de Alfenas, instacron:UNIFAL |
Rights | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, info:eu-repo/semantics/openAccess |
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