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PERTENÇA PROFISSIONAL, TRABALHO E SINDICALIZAÇÃO DOS PROFESSORES: MEDIAÇÕES E CONTRADIÇÕES NOS MOVIMENTOS DO CAPITAL

Este estudo integra-se às pesquisas desenvolvidas pelo Kairós Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho, Educação e Políticas Públicas, no âmbito da UFSM/SM/RS. O objetivo geral foi analisar o modo como os professores sindicalizados do Colégio Politécnico da UFSM elaboram discursos sobre a pertença profissional, considerando as mediações de seu trabalho e sindicalização e as contradições da totalidade capitalista. O processo de produção de dados aconteceu através da realização de quatro grupos focais, organizados sob o critério de década de ingresso como professor(a) no Colégio Politécnico: décadas de 1970, 1990, 2000 e 2010; já que não há professores sindicalizados ingressantes em 1980. Após a realização desses grupos focais, os dados foram transcritos e analisados, considerando as categorias do método marxista historicidade, mediação, contradição, totalidade e práxis. O passo seguinte foi a socialização das análises em Grupo de Interlocução que contou com dez sujeitos das diferentes décadas. A técnica revelou seu caráter dialético ao evidenciar o movimento de sentidos da subjetividade dos sujeitos em si e entre si, como professores, profissionais, trabalhadores, sindicalizados; com a historicidade do Colégio Politécnico como local de trabalho e, este como espaço de entrecruzamento de políticas, revelando sua relação com a totalidade. As diferentes formas de flexibilização do trabalho indicam o fim da sociedade do emprego, estável com garantias; e apontam para era da empregabilidade, na ótica empreendedora de cada um por si reforçando aspectos individualistas. O quadro ilegitima a perspectiva ideológica dos sujeitos e, particularmente, dos sindicatos; em privilégio de uma concepção pragmática e conjuntural. Porém, apesar de predominarem motivos instrumentais (FERREIRA, 2007b) para sindicalização, também foram observados sentidos solidários (FERREIRA, 2007b) que relacionam o sindicato ao coletivo e contribuem na elaboração social da pertença profissional dos professores. Igualmente quanto ao trabalho dos professores, observaram-se sentidos pragmáticos, mercadológicos, individualistas; mas também consenso sobre a centralidade do conhecimento e dos estudantes. Para que essa concepção avance no entendimento do trabalho como práxis, pedagógica e política, há a necessidade de formação voltada para objetivos elaborados coletivamente e consubstanciados em um projeto pedagógico comum. Defende-se a tese de que a pertença profissional dos professores é elaborada a partir de seus processos de trabalho e sindicalização e se constitui como práxis político-pedagógica na medida em que esses estabelecem relações dialéticas entre teoria e prática; individual e coletivo.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsm.br:1/3508
Date21 March 2016
CreatorsAmaral, Cláudia Letícia de Castro do
ContributorsFerreira, Liliana Soares, Hypolito, álvaro Luiz Moreira, Costas, Fabiane Adela Tonetto, Souza, Maristela da Silva, Ribeiro, José Iran, Auler, Décio
PublisherUniversidade Federal de Santa Maria, Programa de Pós-Graduação em Educação, UFSM, BR, Educação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSM, instname:Universidade Federal de Santa Maria, instacron:UFSM
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation700800000006, 400, 300, 500, 300, 300, 300, 300, 300, 62afe5b0-1b0b-49c7-aa1b-887e64e5f2b7, 2d43a608-1d2f-4f74-a019-0d93b7b58feb, 7a1e90e9-c4f0-4965-a46f-c87c036ec0c0, 3fc88fdf-90f2-46e2-a0c2-940a806a93e7, ea913d43-1819-4eff-a9be-d5dec25c15f9, 62c8149e-b790-4f18-97b0-8a752899fb35, 69b6a3c9-3bfc-4940-b08d-bd5d40c335f1

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