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A transcendência pela natureza em Álvares de Azevedo /

Orientador: Antônio Donizeti Pires / Banca: Adalberto Luis Vicente / Banca: Karin Volobuef / Banca: Jaime Ginzburg / Banca: Solange Fiuza Cardosos Yokozawa / Resumo: Benedito Nunes, em "A Visão Romântica" (1993, p. 58), afirma que na poesia romântica, "O Eu transcende a Natureza física [...]", pois estabelece com ela um entendimento interno. Sob esse ponto de vista, a Natureza romântica é reveladora, pois exprime a experiência subjetiva do sujeito lírico e contribui para o alcance de uma consciência demiúrgica. Essa poesia referta de analogias será o ponto de partida para a abordagem de um universo onde cada elemento natural seja visto como metáfora de outra realidade superior, intuível pelo projeto poético. Álvares de Azevedo, em Lira dos vinte anos, desenvolve tal intuição panteística, especialmente na Primeira e na Terceira Parte, provocando contraponto em muitos poemas da Segunda Parte, quando substitui a intuição pela dedução irônica do mundo e dos homens. As outras obras do autor nos interessam na medida em que exploram as metáforas do anoitecer, como Macário, Noite na taverna e O Conde Lopo. Porém, entendemos que na Lira, a transcendência pela natureza se realiza mais plenamente, permitindo-nos uma leitura de seus versos por via dessa visada crítica. A intenção da tese é, dessa forma, entender a poética da natureza no jovem autor, de modo que possamos dialogar com a experiência transcendente do sujeito romântico e com os pressupostos da filosofia romântica disseminados a partir do Pré-Romantismo alemão / Abstract: Benedito Nunes, in "A Visão Romântica" (1993, p. 58), claims that in romantic poetry, "o Eu transcende a Natureza física" (the 'I' transcends physical Nature) [...]", for it establishes within itself inner understanding. Under this point of view, romantic Nature is revealing for it expresses the biased experience of the lyrical subject, and contributes to reaching a demiurgic awareness. Such poetry fulfilled with analogies shall be the start point for the approach of a universe where each natural element is seen as a metaphor of another superior reality, intuitable by the poetic project. Álvares de Azevedo, in Lira dos vinte anos, develops such pantheistic intuition, especially in the First and in the Third Part, causing a counterpoint in many poems from the Second Part, when he replaces intuition by the ironic deduction of the world and men. The other works by this author interest to us in what they concern the exploitation of the dusk metaphor, as in Macário, Noite na taverna and O Conde Lopo. Nevertheless, one understands that in Lira, the transcendence over nature is lived to its fullest, allowing us the reading of its verses through this critic look. The aim of this thesis is, thus, understand the poetics of nature in the young author in such a way one can dialog with the romantic subject's transcendent experience and also the assumptions of the romantic philosophy spread since German Pre-Romantism / Doutor

Identiferoai:union.ndltd.org:UNESP/oai:www.athena.biblioteca.unesp.br:UEP01-000644003
Date January 2011
CreatorsAndrade, Alexandre de Melo.
ContributorsUniversidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Faculdade de Ciências e Letras (Campus de Araraquara).
PublisherAraraquara : [s.n.],
Source SetsUniversidade Estadual Paulista
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typetext
Format216 f.
RelationSistema requerido: Adobe Acrobat Reader

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