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[en] ON THE UNCANNINESS IN THE AGE OF TECHNOLOGY / [pt] DA ESTRANHEZA NA ERA DA TÉCNICA

[pt] Tomando por base as considerações de Martin Heidegger acerca da técnica, segundo as quais o domínio da técnica vigente em nossos dias manifesta-se como a aparência de ser a única possibilidade de compreensão da realidade, sendo este o grande perigo de nossa época, nossa questão norteadora aqui é sobre a estranheza existencial e de sua possibilidade em nossa época. O fenômeno da estranheza é tematizado por Heidegger de modo mais pormenorizado em Ser e tempo, sua obra seminal. Tendo em vista o caráter histórico-ontológico deste trabalho, nosso ponto de partida será demonstrar as determinações históricas que conduziram Heidegger para a questão diretriz de Ser e tempo, isto é, o
questionamento pelo sentido de ser. Havendo estabelecido isso, reconstruiremos os passos essenciais da analítica existencial que convém ao fenômeno da estranheza, visando demonstrar sua relação essencial com temas como a cotidianidade, angústia, cuidado, morte e autenticidade. A estranheza mostrar-se-á
como um fenômeno inseparável da disposição de ânimo fundamental, que, em Ser e tempo, é a angústia. A questão da técnica, por sua vez, surge no pensamento tardio de Heidegger, isto é, após a virada em seu pensamento. Visamos demonstrar que após a virada não houve um abandono das conquistas obtidas em
Ser e tempo, muito pelo contrário: as considerações acerca da estranheza tal como apresentadas na analítica existencial parecem ser imprescindíveis para a nossa hodierna tarefa do pensamento, pois a lida apropriada com a tecnologia e seus aparelhos parece exigir um estranhamento essencial de seu domínio inconcusso e indisputado. / [en] Based on Martin Heidegger s considerations concerning technology, according to which the dominance of technology in force nowadays manifests itself as the appearance of being the only possibility of comprehension of reality, which is the great danger of our time, our guiding question here is about the
existential uncanniness and its possibility in our time. The phenomenon of the uncanny is thematized by Heidegger in more detail in Being and time, his seminal work. Considering the historical-ontological character of this work, our starting point will be to demonstrate the historical determinations that led Heidegger to the guiding question of Being and time, that is, the questioning of the meaning of Being. Having established this, we will reconstruct the essential steps of the existential analytic that befits the phenomenon of uncanniness, aiming to demonstrate its essential relationship with themes such as the everydayness, anxiety, care, death and authenticity. Uncanniness will prove itself to be an inseparable phenomenon of the fundamental attunement, which, in Being and time, is the anxiety. The question concerning technology, on the other hand, appears in Heidegger s late thought, that is, after the turn in his thought. We aim to demonstrate, therefore, that after the turn there was no abandonment of the achievements obtained in Being and time, but quite the opposite: the considerations about the uncanny as presented in the existential analytic seem to be indispensable to our contemporary task of thinking, for the properly dealing with technology and its devices seems to require an essential uncanniness of its undisputed dominance.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:31015
Date16 August 2017
CreatorsFELIPE RAMOS GALL
ContributorsEDGAR DE BRITO LYRA NETTO
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTEXTO

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