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[en] ON THE UNCANNINESS IN THE AGE OF TECHNOLOGY / [pt] DA ESTRANHEZA NA ERA DA TÉCNICAFELIPE RAMOS GALL 16 August 2017 (has links)
[pt] Tomando por base as considerações de Martin Heidegger acerca da técnica, segundo as quais o domínio da técnica vigente em nossos dias manifesta-se como a aparência de ser a única possibilidade de compreensão da realidade, sendo este o grande perigo de nossa época, nossa questão norteadora aqui é sobre a estranheza existencial e de sua possibilidade em nossa época. O fenômeno da estranheza é tematizado por Heidegger de modo mais pormenorizado em Ser e tempo, sua obra seminal. Tendo em vista o caráter histórico-ontológico deste trabalho, nosso ponto de partida será demonstrar as determinações históricas que conduziram Heidegger para a questão diretriz de Ser e tempo, isto é, o
questionamento pelo sentido de ser. Havendo estabelecido isso, reconstruiremos os passos essenciais da analítica existencial que convém ao fenômeno da estranheza, visando demonstrar sua relação essencial com temas como a cotidianidade, angústia, cuidado, morte e autenticidade. A estranheza mostrar-se-á
como um fenômeno inseparável da disposição de ânimo fundamental, que, em Ser e tempo, é a angústia. A questão da técnica, por sua vez, surge no pensamento tardio de Heidegger, isto é, após a virada em seu pensamento. Visamos demonstrar que após a virada não houve um abandono das conquistas obtidas em
Ser e tempo, muito pelo contrário: as considerações acerca da estranheza tal como apresentadas na analítica existencial parecem ser imprescindíveis para a nossa hodierna tarefa do pensamento, pois a lida apropriada com a tecnologia e seus aparelhos parece exigir um estranhamento essencial de seu domínio inconcusso e indisputado. / [en] Based on Martin Heidegger s considerations concerning technology, according to which the dominance of technology in force nowadays manifests itself as the appearance of being the only possibility of comprehension of reality, which is the great danger of our time, our guiding question here is about the
existential uncanniness and its possibility in our time. The phenomenon of the uncanny is thematized by Heidegger in more detail in Being and time, his seminal work. Considering the historical-ontological character of this work, our starting point will be to demonstrate the historical determinations that led Heidegger to the guiding question of Being and time, that is, the questioning of the meaning of Being. Having established this, we will reconstruct the essential steps of the existential analytic that befits the phenomenon of uncanniness, aiming to demonstrate its essential relationship with themes such as the everydayness, anxiety, care, death and authenticity. Uncanniness will prove itself to be an inseparable phenomenon of the fundamental attunement, which, in Being and time, is the anxiety. The question concerning technology, on the other hand, appears in Heidegger s late thought, that is, after the turn in his thought. We aim to demonstrate, therefore, that after the turn there was no abandonment of the achievements obtained in Being and time, but quite the opposite: the considerations about the uncanny as presented in the existential analytic seem to be indispensable to our contemporary task of thinking, for the properly dealing with technology and its devices seems to require an essential uncanniness of its undisputed dominance.
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[en] ON MUSICAL TEMPORALITY / [pt] SOBRE A TEMPORALIDADE MUSICALVICTOR DI FRANCIA ALVES DE MELO 21 November 2019 (has links)
[pt] Este trabalho pretende oferecer uma nova abertura para a temporalidade a partir da escuta musical e, por meio desta, alargar as considerações filosóficas sobre o tempo. Tal abertura é acessada quando, primeiramente, são questionados alguns dos modos de compreensão da temporalidade concebidos ao longo da história da Filosofia em sua relação prioritária com o sentido da visão; e, em segundo lugar, quando discorremos sobre como os músicos experimentam e compreendem aquilo que denominam por tempo musical. Perseguindo esses propósitos, esta tese empreendeu um conjunto de discussões filosóficas sobre a temporalidade (Zeitlichkeit), as tonalidades afetivas (Befindlichkeit/Stimmung) e a finitude (Endlichkeit) tendo como referência a obra de Martin Heidegger, filósofo que contribuiu significantemente para o alargamento das considerações sobre a questão do tempo. Todavia, conforme a tradição do pensamento filosófico, Heidegger esteve também ele próximo daquilo que este trabalho chamou como
primado da visão, cuja origem remonta, segundo esta tese, aos escritos de Homero, de Platão e de Aristóteles. Por esse motivo, a fim de nos afastarmos do paradigma visual e nos situarmos próximos à escuta da temporalidade musical, tivemos também de questionar algumas das considerações heideggerianas, o que nos levou, indiretamente, às perguntas acerca da espacialidade do espaço, sobre o
si-mesmo (Selbstheit) e sobre sensação (Empfindung), conforme discutidos em Ser e Tempo. Como forma de auxílio aos propósitos musicais desta tese, textos sobre teoria da música escritos por Arnold Schoenberg, Bohumil Med e Maria Luisa Priolli embasaram as discussões sobre a temporalidade musical e nos ajudaram a investigar, juntamente com o texto A Questão da Técnica, também de Heidegger, o privilégio dado à visão na produção bibliográfica proveniente das academias de música. / [en] This paper intends to offer a new opening to temporality from the musical listening and, in through this one, to extend the philosophical considerations on the time. Such an opening is accessed when, firstly, some of the ways of understanding temporality conceived throughout the history of Philosophy in its priority relation to the sense of sight are questioned; and secondly, when we discuss how musicians experience and understand what they call musical time. In pursuit of these aims, this thesis undertook a set of philosophical discussions on temporality (Zeitlichkeit), affections (Befindlichkeit / Stimmung) and finitude (Endlichkeit) with reference to the work of Martin Heidegger, a philosopher who contributed significantly to the considerations on the question of time. However, according to the tradition of philosophical thought, Heidegger was close to what this work called the primacy of sight, whose origin goes back, according to this thesis, to the writings of Homer, Plato and Aristotle. For this reason, in order to
move away from the sight s paradigm and to be close to listening to musical temporality, we also had to question some of Heidegger s considerations, which indirectly led us to questions about the spatiality of space, about the self (Selbstheit) and about sensation (Empfindung) as discussed in Being and Time. As
a way of aiding the musical purposes of this thesis, texts on music theory written by Arnold Schoenberg, Bohumil Med and Maria Luisa Priolli underpinned the discussions about musical temporality and helped us to investigate, along with the text The Question of Technique, also written by Heidegger, the privilege given to the sense of sight in the bibliographical production coming from the academies of music.
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[en] HEIDEGGER AND THE QUESTION CONCERNING TECHNOLOGY / [pt] HEIDEGGER E A QUESTÃO DA TÉCNICALUISE KRAHL KRAUSE 13 December 2019 (has links)
[pt] A pergunta pela essência da técnica moderna consiste em um dos principais eixos do pensamento de Martin Heidegger, perpassando toda a sua trajetória, a partir da constatação do decurso da metafísica ocidental como história do esquecimento do ser e concretizando-se na caracterização como Gestell do modo de desencobrimento da totalidade dos fenômenos na época atual. A presente pesquisa percorre um arco
cronológico de temas da obra do autor cruciais a esse respeito, estruturando-se em três momentos. O primeiro trata da gestação da problemática, sendo mencionada a importância da analítica existencial em relação à noção posterior de história do ser e abordada a concepção do autor sobre o niilismo. A seguir, encontram-se expostos os termos específicos do diagnóstico elaborado sobre a técnica moderna, concentrando-se o texto no esclarecimento da noção de Gestell enquanto enquadramento técnico que converte o ente em fundo de reserva. Finalmente, são elencados traços do possível contraponto contido nas ideias tardias de outro pensar e habitar poético. / [en] The questioning, regarding the modern technique essence, consists in one of the main aspects of Martin Heidegger s thought, being recurrent in his whole trajectory, since the ascertainment of the western metaphysics course as the history of the forgetfulness of being, being fulfilled in characterization of the discloseness of phenomena in the current era as Gestell. The present work covers a chronological arch of themes in the author s work. They are crucial in this regard, and they are organized in three moments. The first one covers the development of the problematic, in which the importance of existential analysis in relation to the later notion of the history of being is mentioned, and the author s conception about nihilism. Subsequently, the specific terms of the diagnostic drafted over the modern technique are exposed, and the text focuses on the enlightenment of Gestell notion as technical enframing that turns beings into standing reserve. Finally, features of a possible counterpoint restrained in later ideas of an other thinking and poetic dwelling are shown.
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[fr] HEIDEGGER: DE LA QUESTION SUR LA PHILOSOPHIE À L ESSENCE DE LA PO�SIE / [pt] HEIDEGGER: DA PERGUNTA PELA FILOSOFIA À ESSÊNCIA DA POESIAANTONIO WAGNER VELOSO ROCHA 24 April 2006 (has links)
[pt] A partir da conferência Que é isto - a filosofia? e de
outros escritos de Martin
Heidegger, a dissertação analisa o caminho percorrido
filósofo a fim de responder
pelo significado da filosofia, o que nos levará à
compreensão da essência da poesia
em oposição aos próprios procedimentos filosóficos
limitados à metafísica clássica.
Tendo em vista o caminhar-em-círculo que caracteriza a
perspectiva heideggeriana,
destacamos o regresso à origem grega, a experiência pré-
metafísica e a elucidação do
sentido do logos. A interpretação da linguagem é
apresentada sob a luz da crítica à
concepção lógico-metafísica, enfatizando o entendimento de
que a linguagem é a
morada do Ser. Daí a meditação acerca da palavra poética,
ressaltando a aproximação
de Heidegger com os pensadores-poetas e com a obra de
Hölderlin, especificamente,
visando mostrar que só é possível responder o que é a
filosofia tendo como horizonte
a linguagem da poesia. / [fr] A la partir de la conférence Qu`est-ce la philosophie? et
d`autres écrits de
Martin Heidegger, la dissertation analyse le chemin
parcourru par le philosophe
afin de répondre à la signification de la philosophie, ce
qui nous mènera à la
compréhension de l`essence de la poésie en opposition aux
propres procédés
philosophiques limités à la métaphysique classique. Ayant
en vue le tourner en
rond qui caracterise la perspective heideggerienne, nous
remarquons le retour à
l`origine grecque, à l`expérience pré-métaphysique et
l`élucidation du sentiment
logos. L`interpretation du language est présentée sous
lumière de critique de la
conception logique-métaphysique, mettant en avant la
comprehension du fait
que la langue est l`habite l`Être. D`où la méditation
autour du mot poétique,
mettant en évidence l`approche de Heidegger avec les
penseurs-poètes et avec
l`oeuvre de Hölderlin., spécifiquement, visant à montrer
qu`il n`est possible de
répondre à ce qu`est la philosophie, qu`en ayant pour
horizon le language
poétique.
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[en] A DWELLING: LANGUAGE AND POETRY IN HEIDEGGER / [pt] UMA MORADA: LINGUAGEM E POESIA EM HEIDEGGERMARIA INES GONCALVES MOLL 24 September 2008 (has links)
[pt] A linguagem, de acordo com Heidegger, não é um instrumento
disponível que possibilita a comunicação entre os homens,
ou seja, a linguagem não se resume a um meio de expressão.
Contudo, na era da técnica, a linguagem é vista
exclusivamente como meio que serve à troca de informação.
Por isso, o filósofo afirma que para pensar a linguagem é
preciso penetrar na fala da linguagem e não
na fala do homem. E, para Heidegger, a linguagem fala
primeiramente no poema. No entanto, o homem só pode dizer,
ou melhor, mostrar e fazer aparecer aquilo
que se mostra a ele. Por isso é que, antes de se tornar um
dizer, a poesia é na maior parte do tempo uma escuta, ato
que só se torna possível quando o homem
compreende a palavra não apenas como signo que remete ao
significado, mas como abrigo permanente, capaz de arrancar
do esquecimento abissal o próprio existir das coisas. Para
Heidegger, é este dizer e, ao mesmo tempo, a escuta deste
imenso silêncio que permite ao homem tornar-se mortal,
impedindo dessa maneira que ele permaneça congelado na
idéia do animal racional. / [en] Language, according to Heidegger, is not an available tool
which makes the communication between human beings
possible, in other words, language cannot be reduced to a
means of expression. However, in the technical age,
language is seen exclusively as a means that serves the
purpose of exchanging information. Therefore, the
philosopher suggests that in order to understand
language it is necessary to embark upon into the speech of
language rather than the speech of men. And, for Heidegger,
language speaks first in poems. Yet, men can only say, or
rather, show and reveal, that what is shown to him. For that
reason, before becoming a speech, poetry is, for most of
its time, a hearing, an act that is only possible when men
understand the word not only as sign referring to a
meaning but also as a permanent shelter capable of seizing
the very existing of things from the immense forgetfulness.
For Heidegger, it is this speech and, at the same time, the
hearing of this immense silence which allows the human
being to become mortal, preventing him, in this way, from
remaining frozen in the idea of the rational animal.
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[en] TWO VIEWS ON THE THEORETICAL ATTITUDE: HEIDEGGER S POSITION CONCERNING DESCARTES / [pt] DOIS OLHARES SOBRE A ATITUDE TEÓRICA: HEIDEGGER E SEU POSICIONAMENTO SOBRE DESCARTESBERNARDO BOELSUMS BARRETO SANSEVERO 19 July 2018 (has links)
[pt] Meu objetivo principal nesta tese é explicar duas maneiras de definir o que Heidegger chama de atitude teórica em Ser e tempo, associando-as com duas formas de entender o posicionamento de Heidegger frente a Descartes. A tese está divida em três partes: na primeira apresento o que chamei de definição deficiente
da atitude teórica e como que através dela se explica o posicionamento de Heidegger sobre Descartes no sentido de uma demolição; na segunda parte exponho as carências dessa primeira definição, bem como da primeira forma de entender o posicionamento de Heidegger; na terceira parte exponho o que chamei
de definição positiva da atitude teórica e como, através dela, é possível enxergar o posicionamento de Heidegger a respeito de Descartes como uma destruição, cujo significado é uma exposição dos fundamentos. / [en] My main objective in the presented thesis is to explain two ways of defining what Heidegger calls the theoretical attitude in Being and Time. Furthermore, I try to establish a relation between these two definitions by distinguishing different ways of understanding Heidegger s position concerning Descartes. The thesis is divided in three parts. In the first part I present what I call the deficient definition of the theoretical attitude and how this definition is related with a demolition of Descarte s position. In the second part I show the problems of this definition and how this way of understanding Heidegger s position concerning Descartes is insufficient. In the third part I present what I called the positive definition of the theoretical attitude and how that this definition is related with a destruction of Cartesian thought. Destrucution primarily means to expose the fundaments.
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[en] THE UNCANNY AND THE FAMILIAR IN HEIDEGGER S CONCEPT OF DWELLING: A CONVERSATION BETWEEN ART AND PHILOSOPHY / [pt] O ESTRANHO E O FAMILIAR NA NOÇÃO DE HABITAR DE MARTIN HEIDEGGER: UMA CONVERSA ENTRE ARTE E FILOSOFIALIS HELENA ASCHERMANN KEUCHEGERIAN 29 November 2016 (has links)
[pt] A presente tese propõe uma reflexão acerca do habitar. Tal como Heidegger, também ousamos refletir sobre o modo como o homem contemporâneo habita e as consequências que a contemporaneidade gera ao pensar filosófico. Nesse sentido, a perspectiva heideggeriana e suas nuances fundamentam essa pesquisa, sem limitar a compreensão do habitar. As expressões artísticas com as quais Heidegger dialoga em sua obra ampliam e aprofundam a questão. Desde Ser e tempo a reflexão a respeito do habitar é permeada pelo familiar e pela estranheza. Surpreendentemente a estranheza parece tomar muitas formas na vasta obra do filósofo. A estranheza por vezes surge no sentido grego de espanto, também de mistério e de sagrado. Aparece, em outros momentos, como o estrangeiro ou na sensação de exilio. Nem sempre surge como uma oposição ao familiar, mas também há uma possibilidade de confrontação originária com o familiar. Mesmo com a rapidez, o imediatismo e a necessidade de superar distâncias que o mundo contemporâneo exige a cada vez, ainda há um resguardo na arte, que torna possível a reflexão filosófica e a busca pela verdade do Ser. Trata-se de uma época, conforme ilustra Heidegger, a qual oferece um perigo ao pensar que, por sua vez, precisa de demora e de aprofundamento. A poesia, em seu poder nominativo, sempre permite à palavra manter seu caráter desocultante através de um mergulho em seus múltiplos sentidos, o que afasta qualquer possibilidade de controle da linguagem. A impactante afirmação a linguagem fala retira do homem o domínio das palavras e o devolve à poesia, à arte e à linguagem mesma. Já os corpos das esculturas não são da ordem da phisys e nem do produzir humano, mas da techné, o que confere a possibilidade do pôr-se em obra da verdade. A techné aparece, desde os gregos, como um conhecimento, sendo assim, na perspectiva da verdade grega propõe o movimento de aparecer e retrair (velar e desvelar). Mergulhados no habitual, sem esse conhecimento, inerente à reflexão através da arte e ao pensar filosófico, na ausência da estranheza da verdade e de seu movimento (ou acontecimento apropriativo), os homens se perdem de seu habitar poético. Essa possibilidade só é possível porque o habitar poético é uma condição necessária do habitar, doando a medida do homem, sua dimensão entre terra e céu. Ainda que cheio de méritos, o lugar do homem sempre foi e sempre será sobre esta terra e sob este céu, não há outra possibilidade, não há outro modo de habitar. / [en] The present thesis proposes a reflection about dwelling. Like Heidegger, we also try to reflect on the way contemporary man dwells and the consequences that contemporaneity generates in philosophical thinking. In this sense, Heidegger s perspective and its nuances substantiate this research, without limiting the way we understand dwelling. The artistic expressions with which Heidegger dialogue in his work broaden and foster this question. In Being and Time the reflection on dwelling is permeated by the familiar and by uncanniness, which, surprisingly, seems to take many forms in the work of the philosopher. The uncanniness arises in the Greek sense of astonishment, but it is also related to mystery and sacredness as well as the alien and the exile. It does not always happens in opposition to the familiar, but there is also the possibility of original confrontation with the familiar. Even with the speed, the immediacy and the need to overcome distances that the contemporary world requires each time, it seems that art still preserves the possibility of philosophical reflection and the search for the truth of Being. It is a time, as Heidegger says, that threatens thinking that, by its turn, needs time and deepening. The poetry, in its nominative power, always allows the word to keep its unveiling character, due to its multiple senses, removing all possibilities of controlling the language. The statement the language talks withdraws from man the command of the words and restores poetry, art, and language. Sculptural bodies do not belong to the order of phisys nor to human productivity, but to that of techné, which confers the possibility of setting-itself-into-the-work of the truth. Techné has appeared, since the time of the Greeks, as a knowledge, and thus the Greek perspective of truth proposes the movement of appearing and retracting (veiling and unveiling). Immersed in the familiar, without the knowledge inherent to the reflection through art and philosophical thought, in the absence of the uncanniness and of its movement (or appropriative event), men lose their poetic dwelling. This possibility is related to the poetic dwelling as a necessary condition for man s measurement, his dimension between earth and sky. Although full of merits, man s place has always been and always will be on this earth and under this sky. There is no other possibility; there is no other way of dwelling.
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[pt] O TRÁGICO EM OBRA: FENOMENOLOGIA DA TRAGÉDIA / [en] THE TRAGIC AT WORK: PHENOMENOLOGY OF TRAGEDYRODRIGO VIANA PASSOS 30 August 2023 (has links)
[pt] Esta tese realiza os delineamentos iniciais de uma Fenomenologia da Tragédia. Com efeito, seu referencial teórico-filosófico principal será a obra de Martin Heidegger, notadamente os dois textos seguintes: Ser e Tempo e A origem da obra de Arte. Para tanto, é feito, de início, um apanhado histórico e, em seguida, o exame crítico de autores da 1) antiguidade helênica e 2) da modernidade alemã, na figura, respectivamente de 1) Platão e Aristóteles, e 2) Schiller, Schelling, Hegel e Hölderlin. O propósito é apresentar e discutir duas possibilidades gerais de interpretação da Tragédia pela Filosofia identificadas e caracterizadas contemporaneamente por Taminiaux. A primeira é aquela iniciada por Platão, a qual pode ser chamada de especulativa; a segunda, está ligada a Aristóteles, e é designada de praxeológica. Ambas teriam sido reeditadas no cenária alemão, porém de maneira mais intrincada, fato que ressoou inclusive no Idealismo Absoluto, dando ensejo para a cunhagem do conceito de Trágico. Diante disso, é realizada então a efetiva proposta fenomenológica existencial alternativa, a qual ganha concretude, em uma primeira tentativa, na interpretação da peça Hamlet de William Shakespeare. / [en] This thesis designs the firs lines of a Phenomenology of Tragedy. In fact, its main philosophical-theoretical reference will be Martin Heidegger s work, first of all Being and Time and The origin of the work of art. For such, it is initially done a historical account and, next, a critical analysis of 1) Greek antiquity, and 2) German modernity, considering chiefly 1) Plato and Aristotle, and 2) Schiller, Schelling, Hegel and Hölderlin. The goal is to present and discuss two general possibilities of interpretation of Tragedy by Philosophy identified and characterized contemporarily by Taminiaux. The first one is that initiated by Plato, which can be called speculative; the second one is attached to Aristotle, and is named praxeological. Both would have been reinstated in German scenario, but in a more complex manner, and that affected inclusively in the Absolut Idealism, giving space to the creation of the concept of Tragic. That said, it is then performed the “alternative” existential phenomenological approach, which achieves concretely, in a first attempt, an interpretation of the play Hamlet of William Shakespeare.
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[en] HEIDEGGER ON BEFINDLICHKEIT: FROM AUGUSTINE TO THE SINGULAR READING OF PATHOS IN ARISTOTLE / [pt] SOBRE A DISPOSIÇÃO AFETIVA EM HEIDEGGER: DE AGOSTINHO À LEITURA SINGULAR DO PATHOS EM ARISTÓTELESFABIO GUIMARAES ROCHA 03 November 2022 (has links)
[pt] Esse estudo pretende investigar o conceito de disposição afetiva
(Befindlichkeit) em Martin Heidegger em sua relação com os pensamentos de Santo
Agostinho e de Aristóteles. Para atingir esse objetivo, analisamos as obras do
filósofo alemão com ênfase em seus escritos dos anos 1920 até a sua obra magna
Ser e Tempo, de 1927, indicando suas interpretações do filósofo grego e do bispo
de Hipona. As escolhas de Agostinho e de Aristóteles são justificadas pois,
conforme ressaltado por intérpretes de Heidegger como Franco Volpi, Otto
Pöggeler e Theodore Kisiel, esses dois filósofos foram, em diferentes aspectos,
determinantes não somente para a elaboração da ontologia fundamental, mas para
todo o pensamento de Martin Heidegger. A disposição afetiva é fundamento
ontológico que abre o Dasein (ser-aí) ao mundo e reciprocamente o mundo ao
Dasein. Ela estrutura, junto à compreensão e ao discurso, as significatividades das
coisas que vêm ao encontro desse ser-no-mundo, trazendo as possibilidades dele
vir-a-ser em sua existência finita. A disposição afetiva é portanto, para Heidegger,
determinante para o sentido do ser. Nosso objetivo é indicar que Agostinho e
Aristóteles foram centrais para a origem e a consumação final do conceito de
disposição afetiva em Ser e Tempo. A tese se desdobra em dois eixos
interrelacionados. O primeiro é que o filósofo alemão irá apreender de cada um
desses pensadores tópicos fundamentais, mas irá elaborar, em sua ontologia
fundamental, conceito próprio e original relativo à afetividade do Dasein. O
segundo é que a sedimentação final do conceito terá como lastro principal a leitura
do pathos (paixão) em Aristóteles. Dada a pluralidade e a riqueza das obras desses três pensadores, a pesquisa ressalta ainda a atualidade e o aspecto promissor da
análise da questão da afetividade para a interpretação de fenômenos do
contemporâneo. / [en] This research investigate the concept of disposedness (Befindlichkeit) in
Martin Heidegger in relationship with the thoughts of Saint Augustine and Aristotle.
For achieve this goal we analyze the works of the German philosopher with emphasis
on his writings from the 1920s to his magnum opus Being and Time (1927),
indicating his interpretations of the Greek philosopher and the bishop of Hippo. The
choices of Augustine and Aristotle are justified because, as highlighted by
interpreters of Heidegger such as Franco Volpi, Otto Pöggeler and Theodore Kisiel,
these two philosophers were relevants for the elaboration of the fundamental
ontology and the entire Martin Heidegger s thought. The disposedness is the
ontological foundation that opens the Dasein (being-there) to the world and
reciprocally the world to Dasein. It structures, together with understanding and
discourse, the meanings of the things that come to meet this being-in-the-world
bringing the possibilities of becoming in its finite existence. Disposedness is
therefore, for Heidegger, crucial for the meaning of being. Our goal is to indicate that
Augustine and Aristotle were central to the concept of disposedness in Being and
Time. The thesis unfolds in two interrelated axes. Firstly, Heidegger will learn from
each of these thinkers fundamental topics, but he will elaborate, in its fundamental
ontology, its own and original concept concerning the Dasein affectivity. Secondly,
the final meaning of the concept of disposedness will be related with his reading of
the pathos (passion) in Aristotle. Given the plurality and the richness of the works of
these three thinkers the research also highlights the current and promising aspects of
affectivity for the interpretation of contemporary phenomena.
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[pt] DA VERDADE COMO ABERTURA EXISTENCIAL AO ACONTECIMENTO POÉTICO DA VERDADE / [en] FROM TRUTH AS EXISTENCIAL DISCLOSURE TO THE POETIC HAPPENING OF TRUTHIONE MANZALI DE SA 18 February 2011 (has links)
[pt] Na sua conferência A origem da obra de Arte, de 1936, Martin Heidegger
leva a discussão sobre a arte, até então restrita ao domínio da estética, para o
campo ontológico, na sua definição da obra de arte como o pôr-se-em-obra da
verdade. Nesta dissertação intento esclarecer esta peculiar expressão, tomando
como fio condutor as mudanças do sentido de verdade que acompanharam o
motivo central na filosofia de Heidegger, a questão do ser, desde Ser e tempo até o
seu encontro com a arte nesta conferência. Heidegger, em seu empenho contra a
entranhada tradição da verdade como verdade eterna, noção esta que mostrou ser
comandada pela lógica da adequação, parte da noção de verdade histórica por ele
definida nos anos 1930, para chegar ao mais original sentido da verdade de
ocultamento e desvelamento da alétheia, que, ao se essencializar, acontece
poeticamente na obra de arte, instaurando a verdade de um novo ser ao abrir
horizontes históricos-destinais. Mostrarei por fim, como a techné, neste momento
compreendida por Heidegger como original [ursprünglich], é por ele então
pensada na abertura instaurada pela obra de arte associadamente à essencialização
da técnica moderna em seu desabrigar dos entes como recurso disponível de uma
vigência estabilizada. / [en] In his conference The Origin of the Work of Art, of 1936, Martin
Heidegger takes the discussion about art, then restricted to the domain of the
aesthetics, to the ontological field, when defining the work of art as the settingitself-
to-work of the truth. In this dissertation I aim to clarify this peculiar
expression, taking as a thread changes in the meaning of truth that followed the
central motif in the philosophy of Heidegger, the question of being, since Being
and Time until his encounter with art in this conference. Heidegger, in his
persistence against the ingrained tradition of truth as perpetual truth, notion
pointed by him as being commanded by a logic of adequacy, takes the notion of
historical truth defined by him in the1930s, to find the most original truth of
veiling and disclosure of the alétheia, that in its essencialization happens
poetically as a work of art, establishing the truth of a new being in its opening of
historical-destinals horizons. At last, I will show how Techné, understood by
Heidegger then as original [Ursprünglich], is presented by him as the clearing of
an open by the work of art in association with the essentialization of modern
technique in its unshelter of beings as available resource of a stabilized sway.
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