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Previous issue date: 2012-04-10 / Agriculture is the human activity with the greatest impact on the environment.
Specifically, it represents the greatest threat to biodiversity. In the future, this activity
should expand due to population growth, increased consumption and production of
biofuels from food. To understand the possible impacts of this expansion on biodiversity,
we used scenarios of land use change between 1970 and 2100 from IMAGE (Integrated
Model to Access Global Environment) to test the following hypotheses: (i) areas
considered as global priorities for conservation by international NGOs will be
preferentially impacted by agricultural expansion in the XXI century, (ii) there is a conflict
between the priority areas for carnivores conservation and agricultural expansion, and this
conflict can be reduced by incorporating information on agricultural expansion in the
prioritization process, (iii) the integration among countries for conservation planning may
benefit both biodiversity and agricultural productivity, (iv) Brazilian protected areas will be
impacted by agricultural expansion in the future and this impact will differ between
protected areas of integral protection and those of sustainable use. We found that: (i) the
impact on priority areas for conservation depends on the criteria by which they were set, so
that areas defined by its high vulnerability are currently most affected than those of low
vulnerability. Throughout the XXI century this impact is expected to increase, although the
difference between the two types of priorities remains, except for High Biodiversity
Wilderness Areas, defined by their low vulnerability in current time, but for which most
pessimistic scenarios forecast an impact similar to priority areas of high vulnerability, (ii)
there is a high spatial congruence between areas with high agricultural use in the future and
priority areas for conservation of carnivores. This conflict can be reduced if the
prioritization process include information on agricultural expansion; this incorporation,
however, causes a profound change in the distribution of priority areas and reduces the
number of protected carnivore populations, (iii) the integration of countries to create a set
of priority areas for conservation that represents 17% of the land surface can protect 19%
more mammal populations without reducing food production, compared to a strategy in which each country seeks to protect its territory independently, and (iv) the impact of
agriculture in Brazil is expected to increase until the end of the century, threatening even
the protected areas and their surroundings. This impact, however, should not be different
between areas of sustainable use and those of integral protection. We conclude that
agricultural expansion should remain a major threat to biodiversity in the future, even in
areas of special interest for conservation. Conservation actions should be planned taking
into account this threat in order to reduce their potential impacts. For this, countries like
Brazil should strengthen its surveillance on agricultural expansion and on how this activity
is developed. Furthermore, the integration of international conservation efforts should be
pursued, given its benefits for biodiversity and food production. Finally, humanity must
choose methods of agricultural production that reduce its impacts, including avoiding its
future expansion, so as to meet the increasing needs of a human population globally. / A agricultura é a atividade humana com maior impacto sobre o ambiente.
Particularmente, ela representa a maior ameaça à biodiversidade. No futuro, essa atividade
deve expandir-se com o aumento populacional humano, o aumento do consumo e a
produção de biocombustíveis a partir dos alimentos. Para entender os possíveis impactos
dessa expansão sobre a biodiversidade, nós utilizamos cenários de mudança de uso do solo
entre 2000 e 2100 do IMAGE (Integrated Model to Access Global Environment) para testar as
seguintes hipóteses: (i) as áreas consideradas como prioridades globais de conservação pelas
ONGs internacionais serão preferencialmente impactadas pela expansão agrícola no século
XXI; (ii) há um conflito entre áreas prioritárias para a conservação de carnívoros e a
expansão agrícola e esse conflito pode ser reduzido com a incorporação da informação
sobre expansão agrícola no processo de priorização; (iii) a integração entre os países para o
planejamento da conservação pode ser favorável à proteção da biodiversidade e à produção
agrícola; (iv) no Brasil, as áreas protegidas serão impactadas pela expansão agrícola no
futuro e esse impacto será diferente entre áreas de proteção integral e áreas de uso
sustentável. Nós encontramos os seguintes resultados: (i) o impacto sobre as áreas
prioritárias para a conservação depende dos critérios pelos quais elas foram definidas,
assim, as áreas definidas por sua alta vulnerabilidade estão atualmente mais impactadas do
que áreas de baixa vulnerabilidade. Ao longo do século XXI, o impacto geral da agricultura
deve aumentar, mas a diferença entre os dois tipos de prioridades se mantém, exceto para
as High Biodiversity Wilderness Areas, definidas por sua baixa vulnerabilidade, mas que nos
cenários mais pessimistas podem ter um impacto agrícola semelhante ao das áreas de alta
vulnerabilidade; (ii) há uma alta congruência espacial entre áreas com elevado uso agrícola
no futuro e áreas prioritárias para a conservação de carnívoros; esse conflito pode ser
reduzido se o processo de priorização incluir as informações sobre a expansão agrícola; a
incorporação dessa informação, entretanto, provoca uma profunda alteração na
distribuição das áreas prioritárias e reduz o número de populações de carnívoros
protegidas; (iii) a integração entre os países para a criação de um conjunto de áreas
prioritárias para conservação que represente 17% da superfície terrestre pode proteger 19% mais populações de mamíferos sem reduzir a produção de alimentos, se comparada a uma
estratégia em que cada país busque proteger seu território independentemente; (iv) o
impacto da agricultura no Brasil deve aumentar até o fim do século XXI, ameaçando
inclusive as áreas protegidas e o seu entorno. Esse impacto, porém, não deve ser diferente
entre as áreas de uso sustentável e aquelas de proteção integral. Assim, a expansão agrícola
deve continuar a ser uma importante ameaça à biodiversidade no futuro, atingindo
inclusive áreas de especial interesse para a conservação. As ações de conservação devem ser
planejadas levando em consideração essa ameaça, a fim de reduzir seus impactos potenciais.
Para isso, países como o Brasil devem reforçar sua vigilância sobre a expansão agrícola e a
maneira como essa atividade é desenvolvida. Além disso, a integração internacional dos
esforços de conservação deve ser buscada, dados seus benefícios para a biodiversidade e
para a produção de alimentos. E por fim, a humanidade deve optar por formas de
produção agrícola que reduzam seus impactos, inclusive evitando sua expansão futura, mas
que possam satisfazer as necessidades da população humana globalmente.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.bc.ufg.br:tde/2640 |
Date | 10 April 2012 |
Creators | DOBROVOLSKI, Ricardo |
Contributors | DINIZ FILHO, José Alexandre Felizola, LOYOLA, Rafael Dias |
Publisher | Universidade Federal de Goiás, Doutorado em Ecologia e Evolucao, UFG, BR, Ciencias Biologicas |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG, instname:Universidade Federal de Goiás, instacron:UFG |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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