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Previous issue date: 2012 / A meningite asséptica é uma síndrome infecto-contagiosa, estabelecida após inflamação das meninges. A etiologia mais comum desta síndrome é a viral, e os enterovírus são responsáveis por mais de 80% dos casos em que o agente etiológico é identificado. Outros agentes etiológicos virais envolvidos são Arbovírus (West Nile virus, Vírus da Encefalite Japonesa e Vírus da Encefalite de Saint Louis), vírus da caxumba, herpersvírus e adenovírus, entre outros. A primeira etapa deste estudo teve como objetivo o aprimoramento do diagnóstico dos casos de meningite asséptica e meningoencefalite com a tentativa de detecção molecular de enterovírus em 267 amostras de LCR recebidas entre 2008 e 2009, negativas para o isolamento viral em culturas de células. A extração direta do LCR seguida de síntese de cDNA e PCR foi capaz de detectar enterovírus em 59 amostras de LCR (22,1%). Estes resultados foram confirmados por sequenciamento nucleotídico parcial e demonstram que a pesquisa do genoma viral diretamente dos LCRs é apropriada para um aumento na possibilidade de detecção de enterovírus neste tipo de amostra clínica. O objetivo da segunda etapa deste estudo foi analisar o potencial papel etiológico dos flavivírus em casos de meningite asséptica e meningoencefalite. As 208 amostras negativas na etapa anterior foram utilizadas nesta etapa. Para tanto, foram desenvolvidas duas abordagens moleculares para detecção de flavivírus: semi-Nested-PCR e PCR convencional. Iniciadores foram desenhados para as duas técnicas. / A meningite asséptica é uma síndrome infecto-contagiosa, estabelecida após inflamação das meninges. A etiologia mais comum desta síndrome é a viral, e os enterovírus são responsáveis por mais de 80% dos casos em que o agente etiológico é identificado. Outros agentes etiológicos virais envolvidos são Arbovírus (West Nile virus, Vírus da Encefalite Japonesa e Vírus da Encefalite de Saint Louis), vírus da caxumba, herpersvírus e adenovírus, entre outros. A primeira etapa deste estudo teve como objetivo o aprimoramento do diagnóstico dos casos de meningite asséptica e meningoencefalite com a tentativa de detecção molecular de enterovírus em 267 amostras de LCR recebidas entre 2008 e 2009, negativas para o isolamento viral em culturas de células. A extração direta do LCR seguida de síntese de cDNA e PCR foi capaz de detectar enterovírus em 59 amostras de LCR (22,1%). Estes resultados foram confirmados por sequenciamento nucleotídico parcial e demonstram que a pesquisa do genoma viral diretamente dos LCRs é apropriada para um aumento na possibilidade de detecção de enterovírus neste tipo de amostra clínica. O objetivo da segunda etapa deste estudo foi analisar o potencial papel etiológico dos flavivírus em casos de meningite asséptica e meningoencefalite. As 208 amostras negativas na etapa anterior foram utilizadas nesta etapa. Para tanto, foram desenvolvidas duas abordagens moleculares para detecção de flavivírus: semi-Nested-PCR e PCR convencional. Iniciadores foram desenhados para as duas técnicas. O uso desses iniciadores possibilitou a amplificação do genoma de flavivírus utilizados como controle, mostrando serem ferramentas úteis para a detecção desses vírus. Apesar disso, nenhuma amostra de LCR foi positiva para flavivírus. Diante destes resultados, da possibilidade da circulação silenciosa de WNV ou de sua entrada iminente no país, é evidenciada a necessidade de estudos adicionais sobre este vírus e outros flavivírus nestes casos. Na terceira etapa deste estudo, foi realizada a análise da variabilidade genética de echovírus 30 envolvidos em surtos e casos esporádicos de meningite asséptica entre 1998 e 2008, através da análise filogenética do gene completo (876 nt) da VP1 de 48 E30 isolados. Além da comparação das amostras entre si, foram feitas comparações destas com a VP1 da cepa protótipo Bastianni e também com outras cepas isoladas em diversos países. Durante o período do estudo, E30 foi o principal enterovírus envolvido nos casos de meningite asséptica e meningoencefalite no Brasil (58,6% dos 302 enterovírus isolados), tendo sido o agente etiológico de seis surtos. As sequências de VP1 de E30 segregaram em três Grupos distintos e sete subgrupos, cujos agrupamentos estavam fortemente associados ao ano de isolamento. A divergência de sequências nucleotídicas entre os E30 isolados variou de 0,2-13,8%. Não foi definido um ancestral comum direto para este conjunto de isolados de E30. O isolado 39-SC- BA-07 estava geneticamente relacionado com cepas de E30 isoladas no Pará (3,2-4,6% de divergência) e pode ser originário de uma destas cepas. Os isolados do Grupo I estavam geneticamente relacionados com uma sequência de E30 isolada em 1997 nos Estados Unidos (2,4-5,7%), sendo provável que eles possuam um ancestral comum. Dois E30 isolados na Argentina em 2007 mostraram estreita relação com os isolados do Grupo III (5,8-6,0%), podendo ter sido originados a partir de um dos isolados deste Grupo III.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.arca.fiocruz.br:icict/8329 |
Date | January 2012 |
Creators | Santos, Gina Peres Lima dos |
Contributors | Leite, Paola Cardarelli, Burlandy, Fernanda Marcicano, Cavalcanti, Silvia Maria Baeta, Silva, Edson Elias da, Silva, Edson Elias da |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ, instname:Fundação Oswaldo Cruz, instacron:FIOCRUZ |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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