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Previous issue date: 2016 / O capitalismo encontra-se em fase de crise estrutural, ou seja, esse sistema já não apresenta saídas para continuar reproduzindo os padrões de acumulação que o sustentam. Impulsionado pela concorrência, o capital tende a expulsar o trabalho vivo da esfera produtiva por meio do aumento do uso de tecnologias, ou seja, o aumento do capital constante. Nessas condições, o desenvolvimento das forças produtivas é um mecanismo incapaz de enfrentar a sua ruína, uma vez que apenas o trabalho vivo é capaz de produzir mais valia e lucro. O valor das mercadorias é medido pelo tempo de trabalho socialmente necessário para sua produção. As tecnologias elevam a produtividade, mas os lucros tendem a diminuir. Como a racionalidade deste sistema é voltada para a acumulação sem medidas de riqueza, o capital se tornou um autômato, na medida em que na busca pela sua valorização, que está ameaçada, ele apresenta tendências destrutivas não só dos recursos naturais, mas também da humanidade por meio da destruição de postos de trabalho, que é o único meio de sobrevivência da maioria da população mundial. O aumento da pobreza, do desemprego, o crescimento de uma população supérflua aos interesses de valorização do capital, ganha visibilidade no fenômeno da favelização, do aumento das periferias em todo o mundo. Sem acesso ao trabalho formal, enormes contingentes humanos passam a viver em condições de pobreza, restando-lhes ocupar os piores lugares no território das cidades. Essa massa tende a vivenciar também o abandono do Estado, que neste contexto encontra-se também em crise, representando apenas os interesses do grande capital, destinando grandes fatias do fundo público para alimentar iniciativas das corporações e para o pagamento da dívida pública, ao invés de investir em políticas e direitos sociais para essa população. A população de desocupados e desempregados da Vila Olavo Costa, em Juiz de Fora, foi tomada como ponto de partida para refletir a situação limite dos contingentes urbanos que já não apresentam funcionalidade para o capital neste contexto de crise. / Capitalism is in a phase of structural crisis, that is, this system no longer has any way out to continue reproducing the patterns of accumulation that sustain it. Driven by competition, capital tends to expel living labor from the productive sphere by increasing the use of technologies, that is, the constant capital increase. Under these conditions, the development of the productive forces is a mechanism incapable of facing its ruin, since only living labor is capable of producing more value and profit. The value of goods is measured by the socially necessary labor time for their production. Technologies raise productivity but profits tend to decline. As the rationality of this system is focused on accumulation without measures of wealth, capital has become an automaton, since in the search for its valorization, which is threatened, it presents destructive tendencies not only of natural resources but also of humanity for Destruction of jobs, which is the only means of survival for the majority of the world's population. The increase in poverty, unemployment, the growth of a population that is superfluous to the interests of capital appreciation, gains visibility in the phenomenon of slum-dwelling, and the increase of peripheries around the world. Without access to formal work, large numbers of human beings live in poverty, leaving them with the worst places in the cities. This mass also tends to experience the abandonment of the state, which in this context is also in crisis, representing only the interests of big capital, allocating large slices of the public fund to feed corporate initiatives and to pay public debt, instead To invest in social policies and rights for this population. The unemployed and unemployed population of Vila Olavo Costa, in Juiz de Fora, was taken as a starting point to reflect the limit situation of the urban contingents that no longer present functionality for capital in this context of crisis.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/4515 |
Date | January 2016 |
Creators | Barbosa, Laís Maria Lima |
Contributors | Menegat, Elizete Maria, Gomez, André Villar, Eiras, Alexandra |
Publisher | Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Programa de Pós-graduação em Serviço Social, UFJF, Brasil, Faculdade de Serviço Social |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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