Return to search

Indicadores de hábitos alimentares não saudáveis, concentração sérica das vitaminas B12, ácido fólico e a cognição em idosos de Florianópolis

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2016-10-18T03:07:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
342283.pdf: 3903798 bytes, checksum: f56edc1ea375eda99929befdf0e3d9cd (MD5)
Previous issue date: 2016 / O envelhecimento está associado à redução das capacidades cognitivas. Os fatores ambientais de exposição como os hábitos alimentares não saudáveis e as concentrações séricas das vitaminas B12 e ácido fólico, podem, em parte, determinar as alterações cognitivas em idosos. Diante do exposto, a presente tese objetivou analisar a associação entre indicadores de hábitos alimentares não saudáveis e a cognição, assim como investigarse a combinação de diferentes concentrações séricas entre vitaminas B12 e do ácido fólico ésuperior ao usode indicadores bioquímicos separados,para o risco de provável déficit cognitivo em idosos. O estudo transversal avaliou dados da pesquisa epidemiológica de base populacional e domiciliar "Condições de saúde da população idosa do município de Florianópolis/SC: estudo de base populacional ? EpiFloripa Idoso" em sua segunda onda (2013-2014). A variável dependente foi à cognição investigada pelo Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). As variáveis independentes foram os indicadores de hábitos alimentares não saudáveis: frutas e hortaliças (= 4 porções ao dia); peixe (< 1 porção ao dia); o hábito de consumir carnes gordurosas (sim/não) e as concentrações séricas das vitamina B12 e ácido fólico. Participaram da primeira etapa da pesquisa para aplicação da entrevista 1.197 idosos (778 mulheres), com idade superior a 60 anos. Para analisar as relações entre os indicadores de hábitos alimentares não saudáveis e a cognição foram realizadas análises de regressão linear simples e múltipla, considerando os pesos amostrais, estratificadas por sexo. O escore médio do MEEM dos homens foi de 25,15 ± 5,56 e das mulheres de 24,26 ± 5,68 (p=0,009). Para o sexo feminino, após ajustes, os resultados mostraram associação independente entre o consumo insuficiente de frutas e hortaliças (= 4 porções/dia) e os menores escores no MEEM. Não foram observadas associações para os homens.Para elas, também foram encontradas médias superiores no MEEM, segundo o aumento na frequência diária no consumo de frutas e hortaliças(p=0,001). Na segunda etapa da pesquisa foi coletada amostra de sangue de 590 idosos (386 mulheres) para identificar a concentração sérica das vitaminas B12 e ácido fólico. Para verificar a relação entre as variáveis bioquímicas e a função cognitiva foram realizadas análises de regressão logística, considerando os pesos amostrais. Foi verificado que o excesso de ácido fólico foi fator protetor contra o provável déficit cognitivo, após o ajuste final (OR: 0.038; IC95% 0.004; 0.374). Quando mantida como contínua, o aumento na concentração de ácido fólico diminuiu o risco para o provável déficit cognitivo (OR: 0.856; IC 95%0.760; 0.964). A combinação entre o excesso de ácido fólico e normal de vitamina B12 não conferiu proteção ou risco para o provável déficit cognitivo e não foi superior aos indicadores bioquímicos separados em predizer o provável déficit cognitivo. Neste estudo, as mulheres com padrão alimentar insuficiente em frutas e hortaliças em concordância às recomendações da Organização Mundial da Saúde apresentam menores escores para a cognição. O consumo regular de frutas, hortaliças e peixes em detrimento às carnes com gordura pode indicar uma estratégia viável a ser incentivada por políticas públicas para a preservação da cognição no envelhecimento. Sugere-se manter a concentração de ácido fólico em níveis suficientes e não direciona para o seu excesso, pois não foi possível esclarecer o impacto da combinação entre o excesso de ácido fólico e a concentração deficiente de vitamina B12 na função cognitiva desses idosos.<br> / Abstract : Ageing is associated with lower cognitive capacity. Environmental exposure factors, such as unhealthy food habits and serum levels of vitamin B12 and folic acid, can partly determine cognitive changes in older adults. Given the above, the present thesis aimed to analyze the association between indicators of unhealthy food habits and cognition, and whether any combination of serum levels of vitamin B12 and folic acid is a better indicator of probable cognitive deficit in older adults than either vitamin alone. The cross-sectional study assessed data from the second wave (2013-2014) of the population- and household-based epidemiological survey called "Condições de saúde da população idosa do município de Florianópolis/SC: estudo de base populacional ? EpiFloripa Idoso" (Health condition of older adults from the municipality of Florianopolis/SC: population-based study ? EpiFloripa Older Adult). The dependent variable was cognition assessed by the Mini Mental State Examination (MMSE). The independent variables were the following indicators of unhealthy food habits: fruit and vegetable intake (= 4 servings per day); fish intake (< 1 serving per day); regular intake of fatty meats (yes/no); and serum levels of vitamin B12 and folic acid. In the first stage of the study, 1,197 older adults (778 women) aged more than 60 years were interviewed. Sample-weighted simple and linear regression analyses stratified by gender were conducted to analyze the relationships between unhealthy food habit indicators and cognition. Men and women had mean MMSE scores of 25.15 ± 5.56 and 24.26 ± 5.68, respectively (p=0.009). After adjustments, an independent association between inadequate fruit and vegetable intake (= 4 servings per day) and lower MMSE scores was found in women. Also in women the mean MMSE scores increased with daily fruit and vegetable intake frequency (p=0.001).No associations were found in men. The second stage of the study involved collecting blood samples from 590 older adults (386 women) to identify their serum levels of vitamin B12 and folic acid. Sample-weighted logistic regression analyzed the relationship between the biochemical variables and cognitive function. High serum folic acid protected against probable cognitive deficit (OR: 0.038; 95%CI 0.004; 0.374). When folic acid was kept as a continuous variable, increases in folic acid level reduced the risk of probable cognitive deficit (OR: 0.856; 95%CI 0.760; 0.964). The combination of excess serum folic acid and normal serum vitamin B12 did not protect against or increase the risk of probable cognitive deficit. The combination of B12 and folic acid was not a better predictor ofprobable cognitive deficit than either one, and did not predict probable cognitive deficit. The study women with inadequate fruit and vegetable intake according to the World Health Organization had lower cognitive scores. Regular intake of fruits, vegetables, and fish in detriment of fatty meat intake can be a viable strategy to preserve cognition during ageing and should be encouraged by public policies. Serum folic acid should remain within the normal range, avoiding an excess, since it was not possible to clarify the impact of the combination of high folic acid and low vitamin B12 on the cognitive function of these older adults.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/169242
Date January 2016
CreatorsFrança, Vivian Francielle
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Barbosa, Aline Rodrigues
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format202 p.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0024 seconds