O objetivo desta pesquisa foi analisar os discursos de gestores sobre intervenções para o stress em empresas no Estado de São Paulo, ganhadoras do Prêmio Nacional de Qualidade de Vida (PNQV). Para isto, nos aprofundamos na compreensão dos repertórios utilizados por estes gestores para falarem sobre stress, stress no trabalho e como reduzi-lo. Utilizando o aporte teórico-metodológico das práticas discursivas realizamos entrevistas com gestores de três empresas que foram analisadas a partir de Mapas Dialógicos. Os repertórios utilizados pelos gestores apresentaram o stress como um desequilíbrio, esperado diante do estilo de vida moderno, porém patológico no sentido de algo que precisa ser tratado. Apesar das diferentes concepções de stress presentes no discurso foram encontrados alguns denominadores comuns: a noção de stress é estritamente focada no indivíduo, é associada a consequências ruins para a saúde e não inclui a dimensão do trabalho. As intervenções seguem este mesmo caminho, centrando-se no indivíduo, com o objetivo de que este mude sua maneira de avaliar os stressores ou que aprenda a lidar com o stress. Observamos que as intervenções para o stress são construídas dentro da lógica da medicalização, em que o stress é uma questão de saúde e deve ser tratado. O paciente das intervenções é vitimizado e não tem poder de ação neste processo, devendo esperar que os especialistas lhe digam o que fazer para reduzir seus níveis de stress. As causas do stress são atribuídas a este sujeito, que, de posse das técnicas ensinadas pelos especialistas, é o responsável pela efetividade de seu tratamento / The aim of that research was analyze the managers discourses about stress interventions in São Paulo state companies, winners of Prêmio Nacional de Qualidade de Vida (PNQV). For this we looked for a deeper understanding of repertories used by those managers to talk about stress, stress at work and how reduce it. Using the theoretical-methodological contribution of discursive practices we conducted interviews with managers of three companies that were analyzed from Mapas Dialógicos. The repertories used by managers showed the stress as an imbalance, expected due the modern lifestyle, however pathological in the sense of something that needs to be treated. Despite the different conceptions of stress present in the speeches some common denominators were found: the notion of stress is strictly focused on the individual, is associated with bad health consequences and does not include the job perspective. The interventions follow this same path, focusing on the individual, with the intention that he changes his way to evaluate the stressors or learns to cope with stress. We noted that interventions for stress are built within the logic of medicalization, where stress is a health issue and should be treated. This \"patient\" is victimized and has no power of action in this process, so should expect that the experts tell him what to do to reduce his stress levels. The causes of stress are attributed to this subject, that in possession of the techniques taught by the experts is responsible for the effectiveness of his \"treatment\"
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-19062013-162336 |
Date | 08 April 2013 |
Creators | Fernanda Passoni de Oliveira |
Contributors | Esdras Guerreiro Vasconcelos, Marcelo Afonso Ribeiro, Mary Jane Paris Spink |
Publisher | Universidade de São Paulo, Psicologia Social, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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