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Previous issue date: 2011-08-29 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O uso adequado de pozolanas possibilita a produção de cimentos especiais, de menor custo
de fabricação e de maior durabilidade que os correspondentes sem adição. O emprego dessas
adições minerais possibilita ganhos significativos em termos de produtividade e uma extensão
da vida útil dos equipamentos de produção e da própria jazida de calcário, também ajudando
na diminuição de CO2 lançados na atmosfera. As zeólitas têm sido utilizadas como material
pozolânico em misturas com “terras vulcânicas” e água, nas construções, desde o tempo do
antigo Império Romano. Nos dias atuais, existem poucos trabalhos na literatura científica
envolvendo reatividade pozolânica de zeólitas naturais na incorporação das mesmas na
composição do Cimento Portland. Na Região nordeste do Brasil é conhecida a ocorrência de
zeolitas sedimentares relacionadas a arenitos da Formação Corda (Bacia do Parnaíba),
descoberta nos anos 2000, pelo Serviço Geológico do Brasil. Estes arenitos são constituídos
principalmente por quartzo, zeolitas (estilbita) e argilominerais (esmectita). Vale ressaltar que,
apesar de terem sido bem investigadas do ponto de vista geológico, ainda não há perspectivas
de exploração desses depósitos, e nem aplicações industriais definidas. O objetivo principal
desse trabalho consiste em avançar na compreensão dos fatores que governam a qualidade e o
desempenho dos Cimentos Portland aditivados com este arenito zeolítico. Para isto a estrutura
do trabalho foi dividida em três etapas principais, relacionadas a três objetivos específicos, de
modo que os resultados sejam apresentados na forma de três artigos científicos, descritos a
seguir: - Avaliação da atividade pozolânica de zeolita natural presente no arenito, para ser
empregada como adição mineral em cimentos Portland. - Determinar qual a fração
granulométrica que proporciona a maior concentração de zeolita e esmectita e a temperatura
de calcinação que acarreta a maior atividade pozolânica. - Estabelecimento da melhor
proporção de arenito zeolítico ativado termicamente para ser incorporada como adição
mineral em cimentos Portland. Em todas as etapas, diferentes técnicas instrumentais foram
utilizadas para a caracterização química e mineralógica dos materiais de partida e produtos
derivados (argamassas com cal + arenito, argamassas com cimento Portland + arenito, pastas
de cimento Portland + arenito), como: a espectroscopia de fluorescência de raios-x,
difratometria de raios-x, análise termogravimétrica e termodiferencial, e microscopia
eletrônica de varredura. Para avaliação das propriedades físicas foram realizadas a
calorimetria de condução e os ensaios mecânicos de resistência à compressão simples em
argamassas de cimento Porltand. No programa experimental da primeira etapa, o arenito
zeolítico passou por beneficiamento através da remoção, por peneiramento, do quartzo e outros minerais inertes, de modo a concentrar a zeólita estilbita e com isto verificar as
propriedades pozolânicas deste mineral. Na segunda etapa, após caracterização das amostras
do primeiro, empregou-se o arenito zeolítico passante nas peneiras 200# e 325# e calcinados
às temperaturas de 150ºC, 300ºC e 500ºC. Finalmente, na terceira etapa, utilizou-se o arenito
zeolítico passante na peneira 200# e calcinado à temperatura de 500ºC misturados em
proporções diferenciadas (10, 20 e 30%) nas argamassas. Os resultados da primeira etapa, que
culminaram no primeiro artigo, mostraram que o arenito zeolítico acelerou a hidratação do
cimento Portland devido à extrema finura do material. O arenito apresentou atividade
pozolânica, sendo a estilbita responsável por este comportamento. Entretanto, a reatividade
foi ligeiramente inferior ao mínimo exigido para ser empregado em escala industrial como
pozolana. Estudos complementares foram necessários para averiguar se o tratamento térmico
entre 300oC e 400o C poderiam aumentar a atividade pozolânica do arenito devido a destruição
da estrutura cristalina tanto da estilbita quanto da esmectita presente no arenito. Para a
segunda etapa, os resultados da amostra peneirada em 200# foi a mais adequada porque
apresentou elevada concentração de estilbita e um percentual maior de material passante em
comparação a amostra da peneira 325#, 15% contra 2%. A temperatura de calcinação de
500ºC foi a que proporcionou a maior atividade pozolânica em razão da destruição mais
efetiva da estrutura cristalina, tanto da estilbita como da esmectita. As temperaturas mais
moderadas com 150ºC e 300ºC não foram suficientes. As argamassas com o arenito passante
na peneira 200# e calcinado a 500ºC alcançaram os valores limites mínimos exigidos para que
um material seja considerado pozolânico, no caso, 6 MPa para argamassas de cal hidratada e
75% para o índice de atividade pozolânica (IAP). Os resultados da terceira etapa mostraram
que, o arenito zeolítico AZ2-3 com a proporção de 10% incorporado no Cimento Portland do
tipo CPI-S, apresentou melhor resultado de resistência à compressão simples e propriedades
mineralógicas adequadas entre as amostras analisadas para a provável produção de um
cimento comercial do tipo CPII-Z. De um modo geral, conclui-se que o arenito zeolítico da
Região nordeste do Brasil possui potencial na viabilização de produção de um cimento CPIIZ,
que tem segundo norma ABNT – NBR 11578, de 6 a 14% de pozolana como adição
mineral no cimento Portland. Apesar da resistência da argamassa com 10% de AZ2-3 ter
ficado bem próximo a resistência da argamassa de referência com 100% de CPI-S, estudos
mais aprofundados de outras proporções de arenito adicionados no cimento deverão ser
realizados para verificação das propriedades exigidas por norma para sua eventual
comercialização. / The proper use of pozzolans enables the production of special cements with lower
manufacturing cost and higher durability in comparison with cements without mineral
additions. It also enables significant gains in productivity and extending equipments life in the
fabric, limestone reserves, and also helping in the reduction of CO2 release into the
atmosphere. Zeolites have been used as pozzolanic material in mixtures with Fuller’s Earth
and water in buildings from the ancient Roman Empire. Nowadays, there are many
discussions involving pozzolanic reactivity of natural zeolites in the incorporation of Portland
cement. In the Northeastern region of Brazil, sedimentary zeolites related to sandstones of the
Parnaiba Basin wer discovered by the Geological Survey of Brazil in the 2000s. These
sandstones are mainly composed by quartz, natural zeolites (estilbity) and clay (smectite).
Preliminary studies have pointed that this sandstone may be used as pozzolanic material in
Portland cements. The material must be previously sieved to remove quartz and thermally
activated, since stilbite is a zeolite with low pozzolanic activity. The main objective of this
work is to advance the understanding of the factors that govern the quality and performance of
Portland cement modified with this zeolitic sandstone. For this work the structure was divided
into three main stages, related to three specific objectives, so that the results are presented in
the form of three scientific papers, described as follow: - Evaluation of the natural pozzolanic
activity of the zeolitic sandstone to be used as mineral addition in the Portland cement. - The
determination of which particle size provides the highest zeolite and smectite concentration,
besides the calcination temperature that leads to a higer pozzolanic activity. - The establishing
of the best amount of thermally activated zeolitic sandstone to be incorporated as a mineral
addition in the Portland cement. During all phases, different instrumental techniques were
used for the chemical and mineralogical characterization of the starting materials and products
(sandstone + lime mortar, mortar with Portland cement + sandstone + Portland cement pastes
sandstone), including: spectroscopy x-ray fluorescence, x-ray diffraction, thermal analysis and
scanning electron microscopy. Heat-flow calorimetru assays were carried out to evaluate the
physical properties, besides mechanical testing of compressive strength of cement mortars
Porltand. In the first stage of the experimental program, the zeolitic sandstone was sieved into
different granulometric fractions in order to remove the inert phases (quartz and other
minerals), and concentrate the zeolite for further pozzolanic assays. In the second stage, after
the first characterization of the samples, we used the zeolitic sandstone that passed in the #
200 and # 325 sieves and calcined at temperatures of 150º C, 300° C and 500° C. Finally, in the third stage, # 200 fraction was calcined at 500 ° C and mixed in different proportions (10,
20 and 30%) in the mortar. The results of the first stage, which culminated in the first article
showed that the zeolitic sandstone accelerated the hydration of Portland cement due to the
extreme fineness of the material. The sandstone showed pozzolanic activity, and estilbite is
the main responsible for this behavior. However, the reactivity was slightly lower than the
minimum required to be employed as pozzolan on an industrial scale. Additional studies are
needed to ascertain if the thermal treatment between 400° C and 300o C could increase the
pozzolanic activity of the sandstone due to the destruction of the crystalline structure of both
estilbite and smectite. For the second stage, the results showed that the # 200 fraction was the
most suitable because of the higher estilbite concentration (15%) in comparison to the # 325
ssample (2%). The calcination temperature of 500º C has provided the highest pozzolanic
activity due to more effective destruction of the crystalline structure of both estilbite and
smectite. More moderate temperatures of 150° C and 300° C were not enough. Mortars with
the 200 # sample calcined at 500 ° C reached values smaller as those required for a material to
be considered as a pozzolane, in this case, 6 MPa for mortar of lime and 75% for the
pozzolanic activity index (IAP). The results showed from the third stage showed that the
AZ2-3 mixture (10% of zeolitic sandstone incorporated in Portland cement type CPI-S),
showed the best result of compressive strength and mineralogical properties of the samples
suitable for the production a commercial cement type CPII-Z. In general, one concludes that the zeolitic sandstone from northeastern Brazil has the potential feasibility of producing a
CPII-Z cement, whose pozolan contents ranges from 6 to 14% in the Portland cement,
according to the ABNT - NBR 11578. Although the strength of the mortar with 10% of AZ2-
3 has reached resistance values close to the reference mortar with 100% of CPI-S, further
studies should be carried out in order to find better proportion of sandstone and to meet the
requirements for future commercialization.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpa.br:2011/9346 |
Date | 29 August 2011 |
Creators | PICANÇO, Marcelo de Souza |
Contributors | ANGÉLICA, Rômulo Simões, BARATA, Márcio Santos |
Publisher | Universidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, UFPA, Brasil, Instituto de Geociências |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPA, instname:Universidade Federal do Pará, instacron:UFPA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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