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Interações criança-criança no pátio da escola e no abrigo: o comportamento de cuidado entre pares / Child-child interactions in the schoolyard and shelter: the behavior of care among peers

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Previous issue date: 2011 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Estudos mostram que ao interagir a criança tem a oportunidade de desenvolver suas
habilidades sociais. Dentre elas, o comportamento de cuidado se destaca como açoes
diversas que se assemelham ao cuidado parental, que têm por objetivo dar suporte físico
ou afetivo ao outro a partir de atitudes como ajudar, compartilhar e brincar de cuidar. No
caso de crianças que estão vivendo e crescendo em instituições de Abrigo, estudos
consideram que devido à sua condição peculiar de vulnerabilidade pessoal e social, elas
podem se beneficiar da presença deste comportamento nas interações estabelecidas nesse
tipo de ambiente e ou em outros, como o escola. Este estudo teve como objetivo
investigar aspectos físicos e sociais do ambiente que concorrem para a manifestação do
comportamento de cuidado entre pares observados em suas interações nos pátios da Escola
e do Abrigo. Assim como, verificar e analisar características físicas e socioais dos sujeitos
que participaram da pesquisa que podem igualmente ter influenciado a manifestação desta
modalidade de comportamento pró-social. Participaram do estudo cinco crianças, entre
quatro e seis anos, que moravam há mais de um ano no Abrigo e freqüentavam
regularmente a Escola. Para a coleta de dados, cada sujeito focal e suas interações com
outras crianças foram filmados ao longo de dez sessões de observação, durante cinqüenta
minutos, em ambos os ambientes. Ao todo, foram 500 minutos de observação dos
participantes da pesquisa. Quanto aos resultados derivados da observação dos sujeitos
focais, constatou-se que todos os cinco participantes manifestaram comportamentos de
cuidado nos ambientes da pesquisa. Ao todo, foram registrados 43 eventos
comportamentais (sendo 26 na Escola e 17 no Abrigo), organizados em torno das
seguintes subcategorias: Estabelecer Contato Afetuoso, Ajudar, Brincar de Cuidar e
Entreter. A avaliação intragrupal mostrou que não houve diferença estatística na diferença
dos percentuais do comportamento de cuidado observados nos pátios da Escola e do
Abrigo. Quando se considera para análise o desempenho de uma a uma das categorias do
cuidado, percebe-se que o comportamento de Ajudar quando emitido na Escola (n=14;
53.8%) apresentou freqüências maiores que no Abrigo (n=7; 41,2%). Contudo, o Teste
Binomial indica que esta diferença não é estatisticamente significativa (p>0,05), sendo
semelhantes os percentuais referentes a ações de ajuda em ambos os ambientes. O mesmo
constata-se em relação ao comportamento Brincar de Cuidar, que em termos percentuais
foi mais presente no Abrigo (n=4; 23.5%) do que na Escola (n= 2;7.7%). Entretanto, a
análise estatística aponta que não houve variação estatística significativa entre os
ambientes. A descrição da freqüência do comportamento Estabelecer Contato Afetuoso
mostra que apresenta uma maior ocorrência na Escola (n=7; 26.9%) do que no Abrigo
(n=6 ; 35.3%), porém, o teste mostra que não houve diferença estatística entre as médias
quando se compara os ambientes. E por fim, verificou-se que o comportamento Entreter
não teve nenhuma ocorrência no Abrigo, tendo sido observado somente no ambiente da
Escola (n=3, 11.5%), não sendo possível assim a aplicação do teste estatístico. Os dados
mostraram que cada ambiente predominou uma forma de cuidado, devido as
características físicas e sociais de cada instituição. Bem como, as características dos
participantes (a idade e o tempo de permanência dos sujeitos focais) e o sexo do receptores
e o cuidado oferecido. / Studies show that when children interact to each other they have the opportunity to
develop their social skills. For example, the behavior of care stands out as different actions
that resemble parental care, which aims to give physical or emotional support to others,
considering attitudes such as helping, sharing and playing care. For children who are
living and growing up in shelters, studies find that due to their specific condition of
personal and social vulnerability, they can take advantages of this behavior in the
interactions established at school, for example. This study aims to investigate the physical
and social aspects of the environment that contribute to the manifestation of the behavior
of care observed between pairs in the school playground and shelter. Besides that, to check
and to analyze the social and physical characteristics of people who were part of the
research that may also have influenced the manifestation of this kind of pro-social
behavior. The study included five children, four to six year-old, who lived more than a
year in the shelter and attend school regularly. For data collection, each target and their
interactions with other children were recorded over ten observing sessions during fifty
minutes, in both environments. In total, we had 500 minutes of observation. The results
showed that all five participants expressed care behaviors in the study sites. In total, 43
behavioral events were recorded (26 at school and 17 in the shelter), organized around the
following sub-categories: Establishing Affectionate Contact, Helping, Entertaining and
Playing Care. Intragroup evaluation showed no statistical difference in the percentage
difference in the behavior of care observed at school and in the shelter. When we analyze
the performance of each category of care, it is clear that the behavior of help at school (n =
14, 53.8%) had higher frequencies than in the shelter (n = 7, 41.2 %). However, the
binomial test indicates that this difference is not statistically significant (p> 0.05), i. e.,
percentages referring to the help actions are similar in both sites. The same happens to the
behavior of Playing Care, which was higher in the shelter (n = 4, 23.5%) than at school (n
= 2, 7.7%). However, statistical analysis showed that there were no statistical differences
between sites. The description of the frequency of the behavior Establishing Affectionate
Contact shows that there is a higher occurrence at school (n = 7, 26.9%) than in the shelter
(n = 6, 35.3%), but the test shows there is no statistical difference between the averages
sites are compared. And finally, it was found that the Entertaining behavior did not occur
in the shelter, being observed only at school (n = 3, 11.5%), so it is not possible the
application of the statistical test. The data showed that each site had a predominant type of
care due to the physical and social characteristics of each institution, as well as participant
characteristics (age and residence time of the targets) and recipients gender and the offered
care.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpa.br:2011/5136
Date29 August 2011
CreatorsCOSTA, Débora Lisboa Corrêa
ContributorsCAVALCANTE, Lília Iêda Chaves
PublisherUniversidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, UFPA, Brasil, Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPA, instname:Universidade Federal do Pará, instacron:UFPA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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