Este estudo propôs diferentes métodos de incorporação do vanadato de prata nanoestruturado (AgVO3) em uma resina acrílica e avaliou o padrão de incorporação promovido, a capacidade antimicrobiana, o desempenho mecânico, a taxa de liberação de íons prata (Ag) e vanádio (V) e a citotoxicidade. O AgVO3 foi incorporado nas frações de 0-5%, por meio de duas metodologias, (I) Espatulação a Vácuo e (II) Técnica do Filme Polimérico. A caracterização dos espécimes foi realizada por Microscopia eletrônica de varredura e microanálise (MEV/EDS) e Difração de raios X (DRX). A capacidade antimicrobiana foi avaliada por pirosequenciamento genético e o desempenho mecânico por ensaios de resistência à flexão e ao impacto. A taxa de liberação de Ag e V foi analisada por espectrometria de massa com plasma acoplado indutivamente (ICP-MS) e a citotoxicidade, pelo método do MTT. Análise estatística descritiva foi realizada para o teste microbiológico. Os dados das análises mecânicas foram analisados por ANOVA de 2 fatores com múltiplas comparações com ajustes de Bonferroni e os demais por Kruskal-Wallis seguido pelo pós teste de Dunn, e pelo Teste de Mann-Whitney. O nível de significância adotado foi de α=0,05. Houve diferença no padrão de dispersão promovido pelos dois métodos. O método de incorporação teve pouca influência na microbiota entretanto, o tempo de incubação e a presença de AgVO3 promoveram alterações no perfil taxonômico ao nível de filo e gênero. A adição de AgVO3 reduziu a resistência à flexão e ao impacto das resinas (p<0,001) e a técnica do filme polimérico promoveu melhor resistência à flexão (p<0,001). Maior liberação de Ag e V foi observada no grupo com 5% de AgVO3 (p<0,05). De maneira geral, não houve influência da concentração de AgVO3 e do método de incorporação na viabilidade do fibroblasto gengival humano (p>0,05) porém, o tempo de contato com os materiais foi inversamente proporcional à viabilidade (p<0,05). Conclui-se que foi possível incorporar o AgVO3 na resina acrílica por meio das duas metodologias propostas, havendo diferença no padrão de distribuição. Há diferenças na diversidade do biofilme oral inicial e maduro formado na superfície das resinas e os resultados sugerem que a incorporação de AgVO3 influencia a microbiota colonizadora. A redução das propriedades mecânicas pode ser clinicamente aceitável e os resultados da liberação elementar e da citotoxicidade não inviabilizam o uso dos materiais obtidos, embora outros testes são recomendados / This study proposed different methods of incorporating nanostructured silver vanadate (AgVO3) into an acrylic resin and evaluated the pattern of incorporation promoted, antimicrobial capacity, mechanical performance, the rate of release of silver ions (Ag) and vanadium (V) and cytotoxity. AgVO3 was incorporated in the fractions of 0-5%, by means of two methodologies, (I) Vacuum Spatulation and (II) Polymeric Film Technique. The characterization of the specimens was performed by scanning electron microscopy and microanalysis (SEM / EDS) and X-ray diffraction (XRD). The antimicrobial capacity was evaluated by genetic pyrosequencing and the mechanical performance by flexural strength and impact tests. The release rate of Ag and V was analyzed by inductively coupled plasma mass spectrometry (ICP-MS) and cytotoxity by the MTT method. Descriptive statistical analysis was performed for the microbiological test. Data from the mechanical analyzes were analyzed by 2-way ANOVA with multiple comparisons with Bonferroni adjustments and the other by Kruskal-Wallis followed by Dunn\'s post-test and the Mann-Whitney test. The level of significance was α=0.05. There was a difference in the dispersion pattern promoted by the two methods. The incorporation method had little influence on the microbiota however, the incubation time and the presence of AgVO3 promoted changes in the taxonomic profile at the level of filo and genus. The addition of AgVO3 reduced the flexural and impact strength of the resins (p<0.001) and the polymeric film technique promoted better flexural strength (p<0.001). Greater release of Ag and V was observed in the group with 5% of AgVO3 (p<0.05). In general, there was no influence of AgVO3 concentration and incorporation method on the viability of human gingival fibroblasts (p>0.05), but the time of contact with the materials was inversely proportional to the viability (p<0.05). It was concluded that it was possible to incorporate AgVO3 into the acrylic resin by means of the two methodologies proposed, with sifference in the distribution pattern. There are differences in the diversity of the initial and mature oral biofilm formed on the surface of the resins and the results suggest that the incorporation of AgVO3 influences the colonizing microbiota. The reduction of mechanical properties may be clinically acceptable and the results of elemental release and cytotoxicity do not preclude the use of the materials obtained, although other tests are recommended
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-08082018-111130 |
Date | 29 January 2018 |
Creators | Castro, Denise Tornavoi de |
Contributors | Reis, Andréa Candido dos |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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