O presente estudo teve como objetivo geral identificar os agravos à saúde de auxiliares de enfermagem provenientes da exposição a riscos físicos; sendo os específicos, investigar se os auxiliares de enfermagem identificam os agentes propiciadores de risco físico no ambiente de trabalho hospitalar; identificar os problemas de saúde que os acometem os auxiliares de enfermagem e identificar, dentre os problemas de saúde que os acometem, aqueles que podem ser resultantes da exposição aos riscos físicos. Trata-se de um estudo seccional, não-experimental, de caráter descritivo, com análise quantitativa de dados, coletados através de entrevista estruturada com a utilização de um questionário. Constituíram-se sujeitos do estudo 85 auxiliares de enfermagem.As alterações de saúde mencionadas por esses trabalhadores foram codificadas de acordo com Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. Os resultados revelaram que a maioria dos entrevistados pertence ao sexo feminino (82,3%); 41,2% eram casados e 35,3% solteiros; 40% trabalhavam 36 horas semanais e 29,4% dos trabalhadores possuíam outro emprego. Em relação às informações acerca da identificação do risco ocupacional físico apenas 30,6% possuía informações corretas. 51,8% dos auxiliares de enfermagem mencionaram já ter sofrido acidentes de trabalho e 81,58% os identificaram aos riscos biológicos. Em relação às alterações de saúde, os auxiliares de enfermagem apresentaram dorsalgia não especificada e dor lombar baixa (21,57%); cefaléia (13,73%); rinite alérgica inespecífica, sinusite crônica não especificada, amigdalite aguda não especificada, afecções respiratórias devido a agentes não especificados; hipertensão secundária não especificada (8,82); mialgia e dor em membro (5,9%); dentre outras. Entre essas queixas evidenciou-se que algumas podem ter acontecido em decorrência dos agentes de risco físico, tais como; hipertensão, estresse, transtorno de ansiedade relacionado ao ruído; hemorragia não classificada a outra parte, que podem ser provenientes das radiações ionizantes; história pessoal de alergias a drogas, medicamentos e substâncias não especificadas, excesso de exercícios e movimentos rigorosos ou repetitivos, advindas do excessivo calor; cefaléia, proveniente da iluminação inadequada, dentre outras. Apesar dos agentes de risco físico estarem presentes no ambiente de trabalho hospitalar, onde atuam os auxiliares de enfermagem, esses não conseguem, em sua maioria identificá-los; Evidenciou-se que os sujeitos do presente estudo relatarem fazer uso de alguns Equipamentos de Proteção Individual, com certa freqüência; entretanto confundiram algumas medidas de prevenção aos riscos físicos com tais equipamentos. No contexto estudado, evidenciou-se que os auxiliares de enfermagem, apresentam dificuldade na identificação dos riscos ocupacionais físicos, mesmo trabalhando em ambientes onde tais riscos estão presentes. Estratégias foram propostas no sentido de minimizar os problemas levantados. / The present study has as objective to identify the nurse assistants' health aggravation as a result of occupational exposure to physical risks that were identified by the nursing professional. It relates to a descriptive research with quantitative analysis of data, collected through structured interview by using a questionnaire. Seventy nurse assistants were the subjects of this study. The health alterations mentioned by those workers were codified according to the International Classification of Diseases and Problems Related to Health (1993). The results revealed that most of the interviewees are female (81.4%); 37.1% were married and the same percentile applies to the bachelors; 42.86% worked 36 weekly hours and 30% of the workers had another job. In relation to the information concerning the identification of the physical occupational risk, only 31.4% had correct information. Regarding the occurrence of Work Accident, 54.3% of nurse assistants said they had already had those accidents and 81.58% identified them to the biological risks. In relation to health alterations, the nurse assistants presented non specific backache and low lumbar pain (19.80%); migraine (12.09%); non specific secondary hypertension (7.7%); myalgia and painful member (5.49%); non specific allergic rhinitis (4.39%) and equal percentile to non specific nuisance of intervertebral disk, stress and personal history of allergies to medicines and non specific substances, among others. Among those alterations, it was evidenced that some might have happened due to the physical risk agents, such as hypertension, stress, anxiety related to the noise; non classified bleeding that may come from ionizing radiations; personal history of allergies to medicines and non specific substances, exhaustion due to an intense effort and excessive heat; migraine originated from inadequate illumination, among others. Even though some physical risk agents were present in the working hospital atmosphere where the nurse assistants work, those assistants, most of the times, cannot identify them; It was evidenced that the subjects of the present study report to be using some Individual Protection Equipments with a certain frequency; though they confused some prevention procedures to physical risks with such equipments. In the studied context, it was evidenced that the nurse assistant had difficulty identifying the physical occupational risks; even working in an atmosphere where such risks are present. Strategies were proposed in the sense of minimizing the aroused problems.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-18052004-105504 |
Date | 29 December 2003 |
Creators | Rezende, Marina Pereira |
Contributors | Robazzi, Maria Lucia do Carmo Cruz |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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