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Previous issue date: 2017-07-03 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A floresta Amazônica é o principal remanescente de floresta tropical do mundo, entretanto suas contribuições para o equilíbrio ambiental estão ameaçados pelo progressivo desmatamento. Os principais indutores do desmatamento recente são o crescimento econômico e a expansão da fronteira agrícola para a região. Outros fatores determinantes do desmatamento são a expansão da pecuária, a expansão da agricultura anual mecanizada, a extração de madeira, os investimentos em infraestrutura e os incentivos fiscais. Até o ano de 2004, o bioma Amazônia passava por acelerado processo de desmatamento, mas, neste mesmo ano, implementou-se o Plano de Ações para a Prevenção e o Controle do Desmatamento da Amazônia Legal (PPCDAm), cujos efeitos provocaram drástica redução nas taxas de desmatamento. Esse plano conta com ações articuladas em três eixos temáticos: ordenamento fundiário, monitoramento e controle ambiental e fomento às atividades produtivas sustentáveis. Aliado à queda no desmatamento, observa-se que, pela implementação do PPCDAm, a área de regeneração florestal com vegetação secundária está em franca expansão no bioma Amazônia. No período de 2004 a 2014, a vegetação secundária foi o uso da terra que mais se expandiu no bioma Amazônia, com aproximadamente 49% do aumento na área total de uso da terra nesse período, tendo sido proveniente do aumento da área de vegetação secundária. Nesse contexto, o presente trabalho teve o objetivo de analisar a dinâmica das mudanças no uso da terra e determinar se as políticas ambientais e os condicionantes socioeconômicos estão influenciando na proporção da área de vegetação secundária no bioma Amazônia. Esse estudo está fundamentado na teoria da Transição Florestal e do processo de mudanças no uso da terra, por considerar que a transição florestal é um fenômeno de longo prazo, em que o declínio da área de floresta primária é acompanhado pela regeneração florestal. O modelo econômico utilizado considera que os agentes econômicos tomam decisão sobre a alocação da terra segundo seu valor de uso. Entretanto o processo de mudanças do uso da terra e a transição florestal podem sofrer interferência de falhas de mercado, políticas e fatores institucionais. De forma analítica, foram utilizados modelos de vetores auto-regressivos, com dados em painel (PVAR), para identificar o padrão de mudanças no uso da terra e fazer projeções futuras do uso da terra. Além disso, utilizou-se de modelos de dados em painel para determinar o efeito das políticas ambientais e de condicionantes socioeconômicos sobre a proporção de vegetação secundária no bioma Amazônia. Os resultados dos usos da terra até 2050 indicam que a pastagem continuará sendo o principal uso da terra. Além disso, as áreas de vegetação secundária continuarão se expandindo no bioma, indicando que a floresta primária desmatada, no longo prazo, tende a se regenerar. As áreas agrícolas também apresentaram tendência de elevação. Especificamente, em relação à área de vegetação secundária, verifica-se que os preços agrícolas e do extrativismo são importantes determinantes da regeneração florestal do bioma Amazônia. Além disso, verifica-se que as políticas públicas de combate ao desmatamento ilegal pela aplicação de multas têm favorecido o aumento da área de regeneração florestal. Entretanto, a política de concessão de crédito rural a juros subsidiado vem favorecendo a expansão agropecuária sobre as áreas de vegetação secundária. / The Amazon rainforest is the main remnant of tropical rainforest in the world, its contributions to the environmental balance are threatened by the progressive deforestation, however. The main inductors of recent deforestation are the economic growth and the agricultural frontier expansion in the region. Other determining factors of deforestation include expanding livestock, the expansion of mechanized annual agriculture, wood extraction, infrastructure investments, and fiscal incentives. Until 2004, the Amazon biome underwent an accelerated process of deforestation. Although, in the same year, the Action Plan for the Prevention and Control of Legal Amazon Deforestation (PPCDAm) was implemented, its effects caused a drastic reduction in deforestation rates. This plan has actions articulated in three thematic axes: land ordering, environmental monitoring and control, and finally, promotion of sustainable productive activities. In addition to the decline in deforestation, it is observed that since the implementation of the PPCDAm, the forest regeneration area, with secondary vegetation, has been expanding quickly in the Amazon biome. In the period from 2004 to 2014, secondary vegetation was the land use that expanded the most in the Amazon biome, nearly 49% of the increase in the total land use area in that period, resulting from the increase in secondary vegetation area. In this context, the present work had the objective of analyzing the dynamics of changes in land use and determining whether environmental policies and socioeconomic constraints are influencing the proportion of secondary vegetation area in the Amazon biome. This study is based on the theory of Forest Transition and the process of changes in land use, considering that the forest transition is a long-term phenomenon, in which the decline of primary forest area is accompanied by forest regeneration. The economic model used considers that the economic agents make the decision on the allocation of the land from its value in use. However, the process of land use change and forest transition may suffer interference from market failures, policies, and institutional factors. Analytically, self-regressive vector models with panel data (PVAR) were used in order to identify the pattern of changes in land use and to make future projections of land use. Moreover, panel data models were used to determine the effect of environmental policies and socioeconomic constraints on the proportion of secondary vegetation in the Amazon biome. The results of land uses up to 2050 indicate that pasture will continue to be the main land use. In addition, areas of secondary vegetation will continue to expand in the biome indicating that the deforested primary forest in long term tends to regenerate. Agricultural areas also showed a tendency to increase. Specifically, in relation to the area of secondary vegetation, it is verified that the agricultural and extractivism prices are important determinants of the forest regeneration of the Amazon biome. Furthermore, it can be seen that public policies to combat illegal deforestation through the application of fines have favored an increase in the area of forest regeneration. However, the policy of subsidized rural credit granting favors agricultural expansion over secondary vegetation areas.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/19868 |
Date | 03 July 2017 |
Creators | Saraiva, Márcio Balduino |
Contributors | Homma, Alfredo Kingo Oyama, Pires, Marcel Viana, Cunha, Dênis Antônio da |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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