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Previous issue date: 2016-10-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This dissertation aims to discuss the philosophical status of the concept of friendship on Montaigne´s work, presented in the chapter Of Friendship (I, 28). The central problem is the distinction of the conception of friendship by our author when compared to the other interpretations existing in his time, since, according to Michel Montaigne, friendship is an experience and not a pure concept. More than that: Friendship is an immeasurable affection, because it is the greatest feeling that the man can desire. Our arguments try to state that, for Montaigne, the friendship is the place of a meeting of the self, because the identity of the self is affirmed by itself. Thus, the friendship is the place of the experience of the self: which is, it is nor in the solitude, neither in the pure return to himself, that Montaigne finds the solidity of a true life, the real existence of the self, but in the singularity with the other. In the same way, we present that, Of friendship, as an experience of the self marked by the otherness, will exist always the other is constitutive of the identity of the self. The friendship is the highest degree of perfection of human relations. The author seeks the inspection which supports the relational judgment will follow from the experience of the self towards experience of the collective and of public opinion. The idea of humanity stands above the idea of homeland, and states the friendship even higher, which he dedicates to the human genus. La Boétie is the guardian of its purest image. The essayist points out the unique and unequalled aspect of the friendship. He describes characteristics that can only be experienced by humans who know how to live with reciprocity, to the point that their souls unite in such a way that there is no longer a dividing line between them, and they become a soul in two bodies. Montaigne carries out a calm surveillance on affections, which are exacerbated in the examples of excesses he refuses: the only excess admitted is the friendship with La Boétie. Tensioning the idea of Aristotle, for whom the friendship is mediated by the virtú, he describes a friendship which is difficult to be found. Whereas Aristotle sees in the friendship paradigmatic social relations, Montaigne considers that it expresses an absolutely single and rare property. Thus, the friendship cannot be considered the model of a perfect social or political relationship, as it was the case of La Boétie himself. / Esta dissertação objetiva discutir o estatuto filosófico do conceito de amizade montaigniano, apresentado no capítulo Da amizade (I, 28). O problema central é a distinção da concepção de amizade por nosso autor em relação as demais interpretações vigentes em seu tempo, uma vez que, no entendimento de Michel de Montaigne, a amizade é uma experiência e não puramente um conceito. Mais que isso: a amizade é um afeto incomensurável, porque ela é o maior sentimento que o homem pode desejar. Nossos argumentos buscam afirmar que, para Montaigne, a amizade é o lugar de um encontro de si, pois a identidade do eu é afirmada por meio dela. Assim, a amizade é o lugar da experiência de si: ou seja, não é na solidão, ou na pura volta a si, que Montaigne encontra a solidez de uma vida verdadeira, a real existência de si mesmo, mas numa singularidade com o outro. Da mesma maneira apresentamos que, da amizade como experiência de si marcada pela alteridade ficará sempre que o outro é constitutivo da identidade do eu. A amizade é o grau máximo de perfeição das relações humanas. O ensaísta quer que a inspeção que respalda o juízo relacional desloque-se da experiência de si para a experiência do coletivo e da opinião pública. A ideia de humanidade se coloca acima da ideia de pátria, e declara a amizade mais alta ainda a que dedica ao gênero humano. La Boétie é o guardião da sua mais pura imagem. O ensaísta destaca o aspecto exemplar e inigualável da relação de amizade. Descreve características que só podem ser vividas por homens que saibam viver com reciprocidade, ao ponto de suas almas unirem-se de tal forma que não haja mais uma linha divisória entre elas, e torna-se uma alma em dois corpos. Montaigne exerce uma calma vigilância sobre as paixões, que de resto estão exacerbadas nos exemplos de excessos que recusa: o único excesso admitido é a amizade com La Boétie. Tencionando a ideia de Aristóteles, para quem a amizade é mediada pela virtú, descreve uma amizade difícil de ser encontrada. Enquanto Aristóteles vê na amizade relações sociais paradigmáticas, Montaigne considera que ela exprime uma propriedade absolutamente singular e rara. Assim, a amizade não pode ser o modelo de relacionamento social ou político perfeito, como era ainda o caso do próprio La Boétie.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.unioeste.br:tede/3071 |
Date | 31 October 2016 |
Creators | Luna, Junior Cesar |
Contributors | Conceição, Gilmar Henrique da, Conceição, Gilmar Henrique da, Theobaldo, Maria Cristina, Heuser, Ester Maria Dreher |
Publisher | Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Toledo, -2624803687637593200, 500, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, UNIOESTE, Brasil, Centro de Ciências Humanas e Sociais |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UNIOESTE, instname:Universidade Estadual do Oeste do Paraná, instacron:UNIOESTE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | -8305327606432166393, 600, 600, 600, 600, 6640233372697234262, -672352020940167053, 2075167498588264571 |
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