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Velocidade da marcha e força de preensão manual de idosos longevos da comunidade

Orientadora: Profª Drª Maria Helena Lenardt / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Enfermagem. Defesa: Curitiba, 15/12/2016 / Inclui referências : f.102-114 / Linha de pesquisa: Processo de cuidar em saúde e enfermagem / Resumo: Trata-se de estudo quantitativo de corte transversal, cujo objetivo foi analisar a relação entre os componentes da fragilidade física velocidade da marcha e força de preensão manual em longevos da comunidade. O local de estudo correspondeu aos domicílios dos idosos cadastrados em três Unidades Básicas de Saúde de Curitiba/Paraná (Brasil). A amostra foi composta por 243 participantes. Incluíram-se idosos com idade ? 80 anos, cadastrados nas unidades básicas e que apresentaram capacidade cognitiva (aplicação do Mini Exame do Estado Mental). Excluíram-se os longevos fisicamente incapaz de realizar os testes propostos, em tratamento quimioterápico ou que não possuíssem um cuidador familiar presente no momento da visita domiciliar. Para os longevos com alteração cognitiva, o cuidador familiar foi convidado a participar da entrevista, conforme critérios de elegibilidade para o estudo. A pesquisa foi realizada de janeiro de 2013 a dezembro de 2016. Coletaram-se os dados por meio de instrumento estruturado, escalas e testes que avaliam a fragilidade física. Realizaram-se análises descritiva, univariadas (teste de qui-quadrado e teste G, com nível de significância estatística p?0,05) e multivariadas (regressão linear múltipla, método Stepwise Backward). A escolha do modelo preditivo considerou os coeficientes de correlação linear (r) e de determinação múltiplo (R2) dos modelos e a regra de parcimônia. O estudo integra um projeto de pesquisa temático, com parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa, sob o registro CEP/SD: 15.413. Os resultados demonstram predomínio do sexo feminino (66,26%), média de 84,4 anos, viúvos (65,02%), com baixa escolaridade (56%), cognição preservada (85,18%) e índice de massa corporal adequado (45,68%). Identificaram-se os dispositivos de auxílio à mobilidade: uso de óculos (60,49%), bengala (18,11%) e andador (3,29%). Quanto à classificação de fragilidade física, 156 (64,20%) foram pré-frágeis, 51 (20,99%) não frágeis e 36 (14,81%) frágeis. Apresentaram velocidade da marcha reduzida e força de preensão manual diminuída 50 (20,58%) e 65 (26,75%) longevos, respectivamente. Associou-se à velocidade da marcha reduzida a faixa etária avançada (p=0,033), o déficit cognitivo (p<0,001) e o uso de bengala (p<0,001) e andador (p<0,001). A força de preensão manual diminuída associou-se à faixa etária avançada (p=0,003), déficit cognitivo (p<0,001), índice de massa corporal baixo peso (p=0,002) e uso de andador (p=0,031). Houve correlação moderada e positiva entre a velocidade da marcha e a força de preensão manual dos longevos (r=0,43241; R2=0,1869). O modelo preditivo de força de preensão manual dos longevos proposto foi aceito como excelente (R2=0,9499) e as variáveis que melhor predizem a força da mão foram o sexo, o índice de massa corporal, a altura e a velocidade da marcha (p=0,000). Conclui-se que a velocidade da marcha apresenta-se como preditora da força de preensão manual em longevos da comunidade. Esses resultados trazem benefícios para a prática profissional da Enfermagem Gerontológica, ao propor aos enfermeiros a avaliação da velocidade da marcha (em conjunto com as variáveis antropométricas altura e índice de massa corporal, considerando o sexo do longevo) como uma ferramenta de rastreio dos longevos em processo de fragilização (frágeis ou pré-frágeis), para identificação precoce e possível atuação na gestão da fragilidade física. Palavras-chave: Idosos de 80 anos ou mais. Idoso fragilizado. Força da mão. Marcha. Enfermagem geriátrica. / Abstract: This is a cross-sectional quantitative study, whose objective was to analyze the relationship between the components of physical frailty gait speed and handgrip strength in community longevity. The study site corresponded to the residence of the elderly enrolled in three Basic Health Units of Curitiba / Paraná (Brazil). The sample consisted of 243 participants. Elderly individuals ? 80 years old, enrolled in the basic units and who had cognitive ability (Mini Mental State Examination) were included. Oldest old were excluded physically incapable of performing the proposed tests, under chemotherapeutic treatment or who did not have a family caregiver present at the time of the home visit. For the oldest old with cognitive alteration, the family caregiver was invited to participate in the interview, according to eligibility criteria for the study. The research was carried out from January 2013 to December 2016. Data were collected through a structured instrument, scales and tests that evaluate the physical frailty. Descriptive, univariate analyzes (chi-square test and G test, with statistical significance level p?0.05) and multivariate analyzes (multiple linear regression, Stepwise Backward method) were performed. The choice of the predictive model considered the coefficients of linear correlation (r) and multiple determination (R2) of the models and the rule of parsimony. The study integrates a thematic research project, with the favorable opinion of the Research Ethics Committee, under registration CEP / SD: 15.413. The results show a predominance of females (66.26%), mean age of 84.4 years, widows (65.02%), low schooling (56%), preserved cognition (85.18%) and adequate body mass index (45.68%). Mobility assistance devices were identified: use of glasses (60.49%), walking stick (18.11%) and walker (3.29%). Regarding the classification of physical frailty, 156 (64.20%) were pre-fragile, 51 (20.99%) were non-fragile and 36 (14.81%) were fragile. They presented reduced gait speed and handgrip strength decreased 50 (20.58%) and 65 (26.75%) oldest old, respectively. The advanced age range (p=0.033), cognitive deficit (p<0.001), and use of walking stick (p<0.001) and walker (p<0.001) were associated with reduced gait speed. The lower handgrip strength was associated with the advanced age group (p=0.003), cognitive deficit (p<0.001), low body mass index (p=0.002) and walker use (p=0.031). There was a moderate and positive correlation between gait speed and handgrip strength of the oldest old (r=0.43241, R2=0.1869). The predictive model proposed of the handgrip strength of oldest old was accepted as excellent (R2=0.9499) and the variables that best predict handgrip strength were sex, body mass index, height and gait speed (p=0.000). It was concluded that gait speed is a predictor of handgrip strength in community longevity. These results bring benefits to the professional practice of Gerontological Nursing, by proposing to nurses the evaluation of gait speed (together with the anthropometric variables height and body mass index, considering the sex of the oldest old) as a screening tool for the oldest people in fragilization process (fragile or pre-fragile), for early identification and possible action in the management of physical frailty. Keywords: Aged, 80 and over. Frail Elderly. Hand Strength. Gait. Geriatric Nursing.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/46081
Date January 2016
CreatorsBetiolli, Susanne Elero
ContributorsLenardt, Maria Helena, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format135 f. : il., algumas color., grafs., tabs., maps., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
RelationDisponível em formato digital

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