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Avaliação da atividade antitumoral da lectina recombinante de Cratyllia mollis (rCramoll) livre e encapsulada em lipossomas furtivos

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Previous issue date: 2014 / Apesar do avanço no tratamento e métodos de prevenção, algumas doenças ainda continuam a
ser um desafio para a ciência, como o câncer. Algumas moléculas de origem natural, têm sido
estudadas como candidatas a fármacos anticancerígenos, como as lectinas de plantas a
exemplo Cramoll 1,4. Uma nova lectina recombinante (rCramoll) foi sintetizada pela técnica
de expressão heteróloga que visa evitar as interferências sazonais nos produtos purificados
bem como acentuar seu grau de pureza. Contudo, a utilização de proteínas para terapia do
câncer esbarra em algumas dificuldades como a possível degradação pelos fluidos biológicos,
rápida eliminação da corrente sanguínea, distribuição em tecidos ou órgãos não desejados e
necessidade de doses frequentes para se manter o nível terapêutico. Com o propósito de
superar essas dificuldades, sistemas de liberação controlada de fármacos, tais como
lipossomas, têm sido desenvolvidos como veículos para o carreamento de proteínas. Sendo
assim, rCramoll foi avaliada quanto ao seu potencial antitumoral livre e encapsulada em
lipossomas furtivos. Testes para avaliar a estabilidade desta lectina frente a condições de
estresses, tais como agitação mecânica e sonicação revelaram que, assim como a proteína
nativa da planta (Cramoll 1,4), rCramoll não diminuiu a sua capacidade de hemaglutinação
até 250s de sonicação e 24 horas de agitação mecânica. Quando submetida a ciclos de
congelamento em nitrogênio líquido (-196 °C) e descongelamento em banho-maria (35 °C)
ela também não alterou a sua atividade hemaglutinante até 2 ciclos. Formulações lipossomais
pelo método de congelamento e descongelamento foram elaboradas e mostraram um tamanho
de partícula de 190,0 ± 0,5 nm, que estavam dentro da faixa adequada para o estudo in vivo e
índice de polidispersão de 0,266 ± 0,002, sugerindo que as amostras eram monodispersas. Por
esta técnica foi possível encapsular cerca de 60% da proteína. A atividade antitumoral in vivo
revelou que rCramoll livre inibiu o crescimento do tumor em 68% e quando encapsulada em
lipossomas furtivos essa inibição aumentou para 80%. Análises bioquímicas e
histopatológicas revelaram que a lectina livre ou encapsulada não foi nefrotóxica. A avaliação
do nível da enzima glutationa peroxidase não mostrou alteração após o tratamento com a
lectina livre ou encapsulada. Sendo assim, esse estudo revelou que a expressão heteróloga
proporcionou uma lectina mais pura sem intereferências sazonais com potencial antitumoral
que pode ser intensificado ao ser encapsulada em lipossomas furtivos para futuras aplicações
na terapia do câncer.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/12105
Date31 January 2014
CreatorsCunha, Cássia Regina Albuquerque da
ContributorsCorreia, Maria Tereza dos Santos, Magalhães, Nereide Stela Santos
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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