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Efeito do nível de atividade física e aptidão aeróbia na modulação autonômica cardíaca: estudo da variabilidade da freqüência cardíaca em supino e na postura ortostática em jovens saudáveis

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Previous issue date: 2009-03-13 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / A variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) é uma ferramenta não invasiva de estudo da regulação neurocardíaca em várias condições fisiológicas, como no repouso e durante manobras posturais. Pesquisas têm sugerido que a modulação autonômica cardíaca é influenciada tanto pelo nível de atividade física quanto pelo nível de aptidão aeróbia (VO2 pico), sendo caracterizada por aumento da atividade vagal e redução da atividade simpática em repouso. A maioria dos estudos analisa o efeito do nível de atividade física na VFC em condições de repouso e a influência da aptidão aeróbia inicial dos indivíduos não é analisada isoladamente, sendo esse um fator citado como determinante da VFC em alguns estudos com indivíduos ativos. O objetivo geral desse trabalho foi determinar as respectivas associações do nível de atividade física e aptidão aeróbia com a modulação autonômica cardíaca, por meio da análise da FC e VFC na posição supina (PS) e na postura ortostática (PO) em indivíduos jovens, saudáveis e com aptidão aeróbia próxima à média populacional. Foram delimitados dois modelos de estudo. No primeiro estudo, o objetivo foi verificar a influência do nível de aptidão aeróbia na modulação autonômica cardíaca em indivíduos jovens e sedentários por meio da análise da FC e VFC, na PS e PO. Participaram do estudo 24 indivíduos saudáveis, não obesos, do gênero masculino, com idade de 18 a 29 anos que foram alocados em dois grupos de acordo com o VO2 pico mensurado através do teste cardiopulmonar: VO2 pico alto com valores médios de 44,2 ± 4,8 ml/Kg/min (n=11) e VO2 pico baixo com valores de 33,8 ± 4,2 ml/Kg/min (n=13). Houve diferença significativa entre os grupos apenas nos índices da VFC no domínio da freqüência na PS, sendo que os indivíduos com VO2 pico alto apresentaram maiores valores de HFnu, e menores valores de LFnu e relação LF/HF, o que sugere maior atividade vagal e menor atuação simpática em repouso. Não houve diferenças nas variáveis quanto ao VO2 pico na PO. O estudo sugere que o nível de aptidão aeróbia é determinante da VFC em indivíduos sedentários na PS, mas não na PO. O segundo estudo possibilitou a comparação de indivíduos com níveis de aptidão aeróbia semelhantes, o que permitiu a determinação da capacidade da atividade física em modificar a regulação autonômica cardíaca, minimizando a influência do fator aptidão aeróbia. O objetivo deste estudo foi verificar a influência do nível de atividade física na FC e VFC na PS e durante a PO em indivíduos jovens e saudáveis com aptidão aeróbia semelhante. A amostra foi constituída de 34 indivíduos, limitados pelo VO2 pico, para que fosse possível formar um grupo homogêneo quanto ao nível de aptidão aeróbia. Os sujeitos foram divididos de acordo com o nível de atividade física habitual em três grupos: sedentário, nível de atividade física baixa e moderada de acordo com os valores brutos do domínio exercício físico/esporte do questionário de Baecke. Os resultados sugerem que nível de atividade física de intensidade baixa a moderada não altera a VFC na PS e PO em indivíduos jovens saudáveis com valores médios de VO2 pico similares e próximos à média populacional. Sendo assim, é importante isolar o efeito do nível de aptidão aeróbia e da atividade física nos estudos envolvendo a VFC em jovens saudáveis, pois esses fatores podem modificá-la de diferentes maneiras em condições fisiológicas estáticas e dinâmicas. / The heart rate variability (HRV) is a non-invasive tool to study the neurocardiac regulation in various physiological conditions, such as the ones when at rest and postural maneuvers. Research has suggested that the cardiac autonomic modulation is influenced both by the level of physical activity and by the level of aerobic fitness (VO2 peak), being characterized by the increase of the vagal activity and the reduction of the sympathetic nerve activity when at rest. Most studies analyze the effect of the level of physical activity on the HRV in rest conditions, and the influence of the initial aerobic fitness of the individuals is not analyzed separately, being the latter mentioned as a determining factor of the HRV in some studies with active individuals. The general purpose of this study was to determine the respective associations of the level of physical activity and aerobic fitness with the cardiac autonomic modulation by means of the analysis of the HR and HRV in conditions of rest and in the orthostatic posture (OP) in young, healthy individuals and with aerobic fitness close to that of the population average. Two study models were defined. In the first study, the purpose was to verify the influence of the level of aerobic fitness in the cardiac autonomic modulation of young sedentary individuals by means of the analysis of the HR and HRV in rest conditions and the OP. 24 healthy, non-obese male individuals aged from 18 to 29 years old took part in this study. They were allocated in two groups, according to the VO2 peak, measured by means of the cardiopulmonary test: high peak VO2 with mean values of 44.2 ± 4.8 ml/kg/min (n=11) and low peak VO2 values of 33.8 ± 4.2 ml/kg/min (n=13). There was significant difference between the groups only in the HRV indexes in the domain of the frequency at rest. The individuals with high peak VO2 presented higher HFnu values and lower LFnu values and LF/HF ratio, which suggests greater vagal activity and lesser sympathetic activity at rest. There were no differences in the variables regarding the peak VO2 in the OP. The study suggests that the level of aerobic fitness influences the HRV in sedentary individuals in rest condition, but not in OP. The second study made it possible to compare individuals with similar levels of aerobic fitness, which allowed to determine the capacity of the physical activity to modify the cardiac autonomic modulation, minimizing the influence of the aerobic fitness factor. The purpose of this study was to verify the influence of the level of physical activity in the HR and HRV at rest and during the OP in young, healthy individuals with similar aerobic fitness. The sample was composed of 34 individuals, limited by peak VO2. The subjects were divided - according to the level of usual physical activity - into three groups: sedentary, low physical activity levels and moderate, according to the gross values of the physical activity/sport domain of the Baecke Questionnaire. The results suggest that low and moderate intensity level of physical activity do not influence the HRV in the rest condition and in OP in young, healthy individuals with similar mean values of peak VO2 which are close to the population average. Thus, it is important to isolate the effect of the level of aerobic fitness and of the physical activity in the studies involving HRV in healthy youngsters, as such factors can modify it in different ways in static and dynamic physiological conditions.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/3980
Date13 March 2009
CreatorsMoreira, Débora do Nascimento
ContributorsLima, Jorge Roberto Perrout de, Nakamura, Fabio Yuzo
PublisherUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Programa de Pós-graduação em Educação Física, UFJF, Brasil, Faculdade de Educação Física
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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