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O problema da Philia em Aristoteles (um estudo dos livros VIII e IX da Etica a Nicomaco)

Orientador: João Quartim de Moraes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-23T02:56:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1997 / Resumo: Este trabalho tem por objetivo discutir o problema da f???a (amizade) em Aristóteles, a partir da leitura dos livros VIII e IX da Ética a Nicômaco. A f???a é uma noção significativa na cultura grega, não só porque abrange as diversas formas de Iigação entre os homens, mas principalmente porque fundamenta e harmoniza a convivência humana em vista do bem comum. Por isso se diz, de Homero a Aristóteles, que "o amigo é um bem acima de todos os outros bens" e "a verdadeira amizade uma reciprocidade na prática do bem". Em Aristóteles, a philía integra a reflexão sobre o bem para o homem, por ser uma virtude ou algo que participa da virtude, não tanto como uma necessidade, mas, acima de tudo, como uma atividade virtuosa que estimula a prática de nobres ações. De acordo com Aristóteles, não existe uma única, mas várias formas de amizade, constituídas não em um, mas em vários gêneros, numa multiplicidade de significados, diferentes entre si, mas que se relacionam, de uma forma ou de outra, ao bem, princípio que dá origem à amizade segundo a virtude, à qual todas as outras se relacionam. Nessa concepção, mais que uma simples necessidade de ligação afetiva entre as pessoas, a philía significa essencialmente uma ação virtuosa marcada pela reciprocidade na prática do bem, sobretudo entre aqueles que convivem, principalmente na pólis. Dessa maneira, a concepção aristotélica da philía comporta duas grandes dimensões, com finalidades próprias: uma, enquanto parte integrante das virtudes éticas, que tem por finalidade a perfeição da vida prática, em última instância, a vida humana em vista do "bem viver" na pólis; outra, enquanto acabamento ou aperfeiçoamento das virtudes éticas ou dianoéticas, que tem por fim a perfeição da vida teorética, onde reside a verdadeira felicidade. Assim, a philía constitui um "bem" tanto para a vida prática, quanto para a vida contemplativa, uma vez que, na presença ou na companhia de amigos, é muito mais fácil atingir a finalidade da ação e da contemplação. Portanto, à medida em que se vincula à virtude e à felicidade, a philía constitui uma espécie de "mediação" necessária à plenitude da convivência humana em todas as suas dimensões / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Filosofia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/278629
Date17 December 1997
CreatorsLima, João Silva
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Moraes, João Carlos Kfouri Quartim de, 1941-, Moraes, João Quartim de, Benoit, Alcides Hector, Sigrist, José Luiz
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format217f., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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