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Assistência farmacêutica na atenção básica à saúde: avaliação de indicadores de racionalidade do uso de medicamentos

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Previous issue date: 2017-06-29 / O uso inadequado dos medicamentos é um grave problema de saúde pública mundial. Diante da necessidade de pesquisa sobre a racionalidade do uso de medicamentos e de indicadores que o descreve, pressupõe-se que os indicadores preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) precisariam ser revisitados de forma a adequá-los para a atenção básica à saúde brasileira. Deste modo, o objetivo do estudo foi analisar os indicadores de racionalidade do uso de medicamentos. Tratou-se de um estudo observacional transversal, desenvolvido nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Petrolina no estado de Pernambuco, através de entrevistas com questionários semiestruturados de agosto de 2014 a maio de 2016. O estudo foi dividido em duas linhas de pesquisa: na primeira, realizou-se o estudo farmacoepidemiológico e na segunda o estudo do Uso Racional de Medicamentos (URM) com aplicação dos Indicadores de uso de medicamentos propostos pela OMS. Dos resultados, observou-se na população prevalência de usuários idosos (50,2%), de gênero feminino (71,8%), aposentados (42,3%), com renda de um salário mínimo (61,8%), baixa escolaridade (acima de 70%) e com doenças hipertensivas (81,2%). A média de fármacos utilizados foi de 4,2 ± 2,2 por usuário e mediana 4 (1-13). A automedicação foi observada em 116 (36,4%) usuários, o uso incorreto dos medicamentos prescritos em 155 (48,6%) e a não adesão ao medicamento em 241 (75,5%) usuários. A interação medicamentosa foi observada em 53,6% dos 84 usuários avaliados, com média de 3,1±3,0. As receitas médicas apresentaram pelo menos uma inadequação legal e observou-se a ausência de farmacêutico nas farmácias das UBS. Os resultados dos indicadores da OMS não alcançaram as recomendações, assim as UBS do estudo foram incompatíveis para a promoção do URM. Por outro lado, os indicadores mais relevantes sugeridos por este estudo para medir o URM, seriam: a porcentagem de medicamentos prescritos pelo nome genérico; a porcentagem de consultas em que se prescrevem antibióticos; porcentagem de medicamentos prescritos que estão presentes na lista de medicamentos essenciais; porcentagem de medicamentos realmente dispensados; porcentagem de pacientes que conhecem a dose correta; disponibilidade de cópias da lista ou formulário de medicamentos essenciais; e a disponibilidade de medicamentos essenciais. A partir da análise, a proposta de um modelo diagnóstico seria ainda acrescida outros indicadores tais como: Porcentagem de prescrições legalmente adequadas; Porcentagem de pacientes orientados sobre o uso de medicamentos no consultório; Porcentagem de pacientes orientados sobre o uso de medicamentos na farmácia; Número de medicamentos prescritos ao paciente; Porcentagem de pacientes que realizam a automedicação; Porcentagem de pacientes que usam seus medicamentos de forma adequada; Porcentagem de pacientes que compreendem o motivo do uso de seus medicamentos; Porcentagem de pacientes aderentes à farmacoterapia; Porcentagem de pacientes que relatam segurança ao medicamento; e Porcentagem de pacientes que relatam efetividade ao medicamento. Assim, espera-se contribuir com indicadores sensíveis e apropriados para serem utilizados na atenção básica do município, extrapolando-os, quando possível, para outros municípios do país, auxiliando na percepção dos problemas e servindo de modelo para descrição da qualidade do URM. / The irrational use of drugs is a serious problem of global public health. Given the need for research on the rational use of medicines and indicators that describes it, it is assumed that the indicators recommended by the World Health Organization (WHO) would need to be revisited in order to adapt them for primary care to the Brazilian health. The objective of the study was to analyze the rationality of indicators of drug use. This was a cross-sectional observational study, developed at the Basic Health Units (BHU) of the city of Petrolina in the state of Pernambuco, through interviews with semi-structured questionnaires from August 2014 to May 2016. The study was divided into two lines of research: the first refers to the pharmacoepidemiological study and the second study the Rational Use of Drugs (RUD) with the use of indicators of drug use proposed by WHO. The results, there is a tendency in the population for the prevalence of older users (50.2%) of females (71.8%), retired (42.3%), earning the minimum wage (61.8%), low education level (above 70%) and hypertensive diseases (81.2%). The mean number of drugs used was 4.2 ± 2.2 per user and median 4 (1-13). Self-medication was observed in 116 (36.4%) users, the incorrect use of prescribed drugs in 155 (48.6%) and non-adherence to the drug in 241 (75.5%) users. Drug interaction was observed in 53.6% of the 84 users evaluated, with an average of 3.1 ± 3.0. The medical prescriptions presented at least a legal inadequacy and there was the absence of pharmacist in the pharmacies of the BHU. The results of the WHO indicators did not meet the recommendations, so the BHU of the study were incompatible for the promotion of RUD. On the other hand, the most relevant indicators suggested by this study to measure the RUD would be: the percentage of drugs prescribed by the generic name; the percentage of visits where antibiotics are prescribed; Percentage of prescription drugs that are on the essential medicines list; Percentage of drugs actually dispensed; Percentage of patients who know the correct dose; Availability of copies of essential medicines list or form; And availability of essential drugs. From the analysis of the proposal of a diagnostic model, other indicators such as: Percentage of legally adequate prescriptions; Percentage of patients oriented about the use of medicines in the office; Percentage of patients oriented about the use of drugs in the pharmacy; Number of drugs prescribed to the patient; Percentage of patients undergoing self-medication; Percentage of patients who use their medications adequately; Percentage of patients who understand the reason for using their medications; Percentage of patients adhering to pharmacotherapy; Percentage of patients reporting drug safety; And Percentage of patients reporting drug efficacy. Thus, it is expected to contribute with sensitive and appropriate indicators to be used in the basic attention of the municipality, extrapolating them, whenever possible, to other municipalities of the country, helping in the perception of the problems and serving as a model to describe the quality of the RUD.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/25942
Date29 June 2017
CreatorsSILVA, André Santos da
Contributorshttp://lattes.cnpq.br/3202966930820804, WANDERLEY, Almir Goncalves
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco, Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas, UFPE, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/embargoedAccess

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