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Uso de ambientes por mamíferos em área de Floresta Atlântica com plantios de eucaliptos no Vale do Paraíba/SP

A redução das áreas de florestas e a insularização dos remanescentes acarretam a necessidade urgente de elaboração e implementação de técnicas que minimizem os impactos a esses remanescentes e que, ao mesmo tempo, promovam a conservação da vida silvestre local. Pela inexistência de áreas de vegetação original adequadas, todo e qualquer fragmento se toma elemento vital na manutenção da fauna local. Para gerar informações que subsidiem ações de conservação de fragmentos e de sua fauna, este trabalho visa a coleta sistemática de dados referentes a mastofauna de remanescentes florestais inseridos em uma matriz antrópica em área de floresta Atlântica no Vale do Paraíba, SP. A área escolhida para o estudo é formada por mosaicos de vegetação original, plantios de eucalipto (Eucalyptus grandis e E. saligna) e áreas em recuperação. A amostragem em cada um dos diferentes ambientes (fragmento, talhões de eucalipto com e sem subosque e área em recuperação) foi feita bimestralmente, totalizando 6 excursões de sete dias cada ao longo de um ano. Pequenos mamíferos foram capturados em 2 tipos de armadilhas (de arame galvanizado e de queda -pitfall). Observação direta e de vestígios de mamíferos de médio e grande porte complementou o levantamento. O esforço foi de 5.760 armadilhas/noite com rendimento de 2,4% e 2.880 pitfalls/noite com rendimento de 4,5%. Vinte espécies foram identificadas sendo 8 por captura, 4 marsupiais (Didelphis marsupialis, Philander opossum, Monodelphis americana e Gracilinanus microtarsus) e 4 roedores (Nectomys squamipes, Akodon cursor, Oligoryzomys eliurus e Calomys sp), e 12 por observação direta ou de vestígios (Sciurus ingrami, Dasypus novemcinctus, Cabassous sp, Procyon cancrivorus, Eira barbara, Cerdocyon thous, Leopardus pardalis, Herpailurus yagouaroundi, Puma concolor, Mazama sp, Hidrochaeris hidrochaeris e Sylvilagus brasiliensis). A maioria das espécies identificadas (18) utiliza o fragmento, seguido pelos outros ambientes: talhão de eucalipto com subosque (12), área em recuperação (11) e talhão de eucalipto sem subosque (9). Os resultados mostram que as áreas com povoamentos florestais podem funcionar como uma extensão da área de vida das espécies existentes, sendo que o subosque que se desenvolve em talhões de eucalipto favorece a mastofauna local.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/25366
Date11 June 2013
CreatorsOliveira, Maria de Fátima de
ContributorsUniversidade Federal do Parana, Firkowski, Carlos
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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