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Fatores associados às alterações auditivas de neonatos e lactentes

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Previous issue date: 2015-03-27 / O sistema auditivo é responsável por identificar, localizar e processar os sons,
permitindo ao recém-nascido a percepção do mundo sonoro e o aprendizado da
linguagem oral. Deficiências nesse sistema prejudicam as habilidades da
comunicação, dificultam ou impedem a compreensão do discurso, acarretam
prejuízos cognitivos, sociais e emocionais. As literaturas nacional e internacional
preconizam a detecção e intervenção precoces seguidas do monitoramento
audiológico dos neonatos e lactentes com presença de indicadores de risco para a
deficiência auditiva, haja vista a existência das deficiências tardias. São
considerados indicadores de risco as intercorrências pré, peri e pós natais que
possam vir a causar a deficiência auditiva. O presente estudo teve como objetivo
verificar a associação entre os indicadores de risco e as alterações auditivas em
neonatos e lactentes através de estudo transversal. Foram analisados 292
prontuários pertencentes a uma clínica de referência em saúde auditiva do município
de Juiz de Fora, de onde foram coletados dados referentes à idade, sexo,
intercorrências pré, peri e pós natais, resultados das emissões otoacústicas,
imitanciometria e potencial evocado auditivo de tronco encefálico. Os dados foram
processados através do programa estatístico Statistical Package for the Social
Sciences (SPSS), versão 14.0. Foi realizada uma estimativa do grau da alteração
auditiva, onde se verificou na OD normalidade em 67,1%, alterações leves em 4,1%,
moderadas também em 4,1%, moderadamente severas em 4,8%, severas em 7,2%
e profundas em 12,7% da população do estudo. Na OE observou-se normalidade
em 63,4%, alterações leves em 4,8%, moderadas em 6,2%, moderadamente
severas em 5,5%, severas em 5,1% e profundas em 15,1%. Constataram-se
alterações em 121 exames de potencial evocado auditivo de tronco encefálico,
sendo que 13,4% apresentaram alteração em apenas uma orelha e 28,1%
apresentaram alteração bilateral. Na análise bivariada foram encontradas diferenças
estatisticamente significantes para as variáveis exposição à ventilação mecânica,
passagem pela unidade de terapia intensiva neonatal, ficar na incubadora, não
reagir ao barulho (percepção dos pais), alterações neurológicas, encefalopatia,
meningite, utilização de medicamento no período neonatal e a alteração auditiva.
Foram desenvolvidos modelos de regressão logística, nos quais foram incluídas as
variáveis com valor-p menor do que 0,05. Verificou-se que o fator mais fortemente
associado a alteração auditiva nos neonatos e lactentes foi a percepção dos pais
quanto a reação ao barulho (OR= 15), seguido da utilização de medicação no
período neonatal (OR=3,06), passagem pela UTIN (OR=2,49) e utilização de VM
(OR=2,29). / The hearing system is responsible for identifying, finding and processing sounds,
allowing the newborn to both perceive different sounds and learn oral language.
Disabilities in the hearing system may hinder communication skills. In addition, they
may hinder or impede speech comprehension as well as give rise to cognitive, social
and emotional losses. According to national and international literature, detection and
intervention should be done as soon as possible followed by audiology monitoring in
newborns and infants with risk indicators. Risk indicators are pre, peri and postnatal
complications that may cause hearing disabilities. The present article aims to study
the relation between risk indicators and hearing impairment in newborns and infants
through a cross-sectional study. 292 medical charts were analysed from an auditory
clinic in Juiz de Fora. Collected data included age, sex, pre, peri and postnatal
complications, otoacoustic emission results and brainstem auditory evoked potential.
Data were analysed through 14.0 Statistical Package for the Social Sciences (SPSS)
program. The degree of hearing impairment was estimated. For the right ear, 67.1%
were normal, 4.1% showed mild impairment, 4.1% moderate impairment, 4.8%
slightly severe impairment, 7.2% severe impairment and 12.7% extremely severe
impairment in the study group. For the left ear, 63.4% were normal, 4.8% showed
mild impairment, 6.2% moderate impairment, 5.5% slightly severe impairment, 5.1%
severe impairment and 15.1% extremely severe impairment. Out of 121
abnormal brainstem auditory evoked potential tests, 13.4% showed hearing
impairment in only one of the ears. 28.1% showed hearing impairments in both ears.
In the bivariate analyses, statistically significant differences were found regarding
mechanical ventilation, admittance to neonatal intensive care unit, being in an
incubator, no reaction to noise (as told by the parents), neurological conditions,
encephalopathy, meningitis, medication use after being born and hearing impairment.
Logistic regression models were developed. They included p value < 0.05. It was
found that the most important factor for hearing impairment was reaction to noise (as
told by parents) (OR=15), followed by medication use after being born (OR=3.06),
admittance to neonatal intensive care unit (OR=2.49) and mechanical ventilation use
(OR=2.29).

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/373
Date27 March 2015
CreatorsBinato, Helga Mendes Dias
ContributorsNeves, Luiz Antônio Tavares, Ribeiro, Luiz Cláudio, Montessi, Jorge, Oliveira, Lúcio Henrique de
PublisherUniversidade Federal de Juiz de Fora, Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, UFJF, Brasil, Faculdade de Medicina
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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