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A relação entre o autoconceito das crianças enquanto aprendizes e a percepção do professor sobre suas habilidades lingüísticas e matemáticas

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Previous issue date: 2006 / O estudo teve como objetivo investigar a estrutura do autoconceito em crianças no que se
refere ao processo de produção do texto escrito, às habilidades matemáticas e à inteligência,
visando compreender se as crianças da 2a série conseguem avaliar o nível de suas habilidades
tanto em relação a testes de desempenho real quanto em relação às percepções do professor a
respeito delas. Também foi analisado o nível de inteligência dessas crianças. Para
alcançarmos esses objetivos participaram da pesquisa crianças da 2a série do ensino
fundamental que estudam em uma escola particular e suas professoras. Para investigar como
as crianças se auto-avaliam, foi apresentada, a cada uma delas, uma relação com os nomes dos
colegas da classe, elas categorizaram os colegas em três grupos (melhor do que eu, igual a
mim, mais fraco do que eu) no que se refere às três habilidades testadas, quais sejam:
inteligência, escrita e matemática. As professoras fizeram as três avaliações de forma
semelhante, porém, ao invés de apenas categorizarem os alunos em três grupos, os ordenaram
do mais fraco para o melhor. Com a finalidade de testar o desempenho real das crianças no
que se refere à produção do texto escrito foi solicitado a cada uma delas que produzissem um
texto, sendo analisados com base na categorização proposta por Rego (1986). Para avaliar o
desempenho no que se refere às habilidades matemáticas foi utilizada uma tarefa proposta por
Nunes (1988). A inteligência geral foi avaliada através do teste de Raven. Os resultados
mostraram que as crianças são capazes de se auto-avaliarem de uma forma precisa havendo
uma precisão maior no que se refere às suas habilidades em escrita. Observou-se também que
a criança é capaz de perceber a forma como é percebida por seus professores, isto podendo
influenciar sua autopercepção no que se refere às suas habilidades acadêmicas. Constata-se
também, o importante papel que o professor desempenha em influenciar a auto-avaliação dos
alunos acerca de suas habilidades na escola. As professoras foram precisas em ordenar seus
alunos em termos de suas habilidades em matemática e escrita, havendo uma relação mais
forte entre a habilidade real do aluno e a ordenação do professor no que se refere às
habilidades em escrita do que em matemática. Pode-se dizer que os julgamentos dos
professores são fatores significativos no desenvolvimento da autopercepção do aluno como
aprendiz e que este julgamento é enviesado pela representação social que os professores
possuem da inteligência que é predominantemente conectado à habilidade verbal (escrita).
Estes resultados possuem importantes implicações no contexto escolar e na formação dos
professores. Os professores precisam se conscientizar de que o que eles pensam do aluno
afeta, posteriormente, o que o próprio aluno pensa sobre si mesmo, como também a
aprendizagem dele em sala de aula

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8888
Date January 2006
CreatorsVAZ, Danielle Campos
ContributorsDIAS, Maria da Graça Bompastor Borges
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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