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Diálogos no signo América Latina : da Lingüística à Filosofia Política.

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Previous issue date: 2007-02-28 / Vivemos um tempo propício para pensarmos o signo América Latina . Fazê-lo
dialogar com teorias da filosofia política, da política da globalização e da filosofia da
linguagem ajuda a pensar os movimentos e os litígios recorrentes no signo na atualidade
política. Rancière (1996 e 1999), Bakhtin (1929 e 1979) e Hardt & Negri (2004) dialogam
em suas teorias sobre a estreita relação do signo com a materialidade sócio-histórica e
ideológica, apontando respectivamente como Dissenso, Ação Lingüística e Signo
Ideológico os acontecimentos discursivos de uma América Latina diversa, múltipla em
busca de sua alteridade. A alteridade na América Latina surge como geratriz das relações.
Não se pode mais pensar o signo América Latina como lugar fechado em uma categoria
de identidade, mas deve ser pensado pela dialogia da alteridade (Ponzio, 1998). Entendo o
signo no nível do discurso como a materialização lingüística dos litígios da realidade. A
realidade atual da América Latina se apresenta dissensual e multicolorida, rompendo com a
história linear pós-colombiana anterior às teorias de Ponzio, Bakhtin, Rancière, Hardt &
Negri. As vozes de resistência outrora ocultadas pela força da constituição das cidades das
letras (Rama, 1984), agora forçam o diálogo com a escrita e o poder. Antes a história
latino americana aparecia pelas mãos dos letrados, hoje, nos tempos de mídia se espalha
no cotidiano, está menos hegemônica e dependente. As relações de poder espraiam o
próprio poder e a América Latina vem se destacando nesse tempo propício de
interdependências e economia globalizada. Os discursos circulantes na Folha de São Paulo
e na agência Carta Maior nos anos de 2005 e 2006, que enunciaram o signo América
Latina formam um segundo corpus analisado, já que o primeiro se faz do diálogo
conceitual entre as teorias de Bakhtin, Rancière e Hardt & Negri. Nesses dois corpora
busquei a heterogeneidade discursiva e as aparições dissensuais que movem o
materialismo histórico de forma dialógica; e transformam o signo em uma arena de luta de
classes.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/5652
Date28 February 2007
CreatorsOliveira, Fabrício César de
ContributorsMiotello, Valdemir
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Linguística, UFSCar, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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