Para tentar mostrar o interesse da proposta bioética de Francis Fukuyama centro-me, acima de tudo, na sua obra “O Nosso Futuro Pós-Humano”, por entender que o autor, nesta obra, faz uma defesa da ética nas ciências biológicas que é ponderada no sentido da sua viabilidade porquanto é realista: não pretende parar pura e simplesmente o progresso científico, como não concorda que se deva entregar à ciência a responsabilidade de decidir o que está certo ou errado quanto ao seu próprio desenvolvimento. Em primeiro lugar apresento uma breve ideia da evolução da relação da ciência com a ética, desde a modernidade até hoje. Numa segunda ordem percorro o pensamento bioético de Fukuyama, no sentido de apresentar a sua argumentação no que concerne à defesa da vida do Homem fundamentada através dos direitos e essência humana, contra a ambiguidade dos fins biotecnocientíficos relacionados com o carácter inédito dos desafios éticos criados pela inovação tecnológica, e os abusos cometidos por certa medicina. Entrelaço o pensamento de autores outros, no sentido de, por um lado, contextualizar a temática e mostrar o que significa ser homem sob diversas perspectivas, por outro, tentar justificar que é na essência e nos direitos humanos que se alicerça o fundamento da necessidade de travar alguns avanços da biotecnologia humana. [...]
Identifer | oai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/68023 |
Date | January 2012 |
Creators | Rangel, Maria de Fátima Macedo |
Publisher | Porto : [Edição do Autor] |
Source Sets | Universidade do Porto |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação |
Format | application/pdf |
Source | http://aleph.letras.up.pt/F?func=find-b&find_code=SYS&request=000221847 |
Rights | openAccess |
Page generated in 0.0014 seconds