Return to search

Efeitos do bloqueio do plexo braquial por via interescalência com bupivacaína ou ropivacaína sobre a função pulmonar e o eletrocardiograma / Effects of interscalenic brachial plexus block with bupivacaine or repivacaine on pulmonary functon and electrocardiogram

Made available in DSpace on 2015-12-06T23:47:41Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2008 / Objetivos: O presente estudo teve por objetivo avaliar os efeitos do bloqueio do plexo braquial por via interescalênica, com bupivacaína a 0,5% (com epinefrina 1: 200.000) ou ropivacaína a 0,5%, sobre a função pulmonar e a atividade eletrocardiográfica. Métodos: Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do
complexo Hospital São Paulo – Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista
de Medicina e obtenção de consentimento livre e esclarecido, foram incluídos, 30
pacientes, classificados como estado físico I ou II (Associação Americana de
Anestesiologistas - ASA), de ambos os gêneros, candidatos a bloqueio do plexo
braquial por via interescalênica, para intervenção cirúrgica eletiva em membro
superior. Foram excluídos os pacientes em que houve falha do bloqueio (analgesia
insuficiente para a realização do procedimento cirúrgico).Os pacientes foram
distribuídos aleatoriamente em dois grupos de 15 pacientes, tratados com
ropivacaína 0,5% (grupo Ropi) ou bupivacaína 0,5% com epinefrina (grupo Bupi).
Após jejum de oito horas, os pacientes foram encaminhados ao centro cirúrgico. Em
sala cirúrgica os pacientes foram monitorados com Holter (gravador digital
Multicardiógrafo /CardioFlash®). O bloqueio interescalênico foi realizado (o plexo
braquial foi localizado com o estimulador de nervo periférico) com injeção de 30ml
de anestésico local. A primeira espirometria foi realizada antes do bloqueio. Foram
realizadas novamente espirometrias 30 minutos, quatro e seis horas decorridas do
término da injeção de anestésico local (Espirômetro Koko ® e software próprio). O
anestesiologista que executou os bloqueios, o fisioterapeuta que realizou as
espirometrias e o cardiologista que interpretou o Holter, desconheciam o anestésico
utilizado. Os pacientes não receberam sedação em nenhum momento do estudo. Os
registros eletrocardiográficos iniciaram-se também imediatamente antes do início da
anestesia, concluindo-se após a última espirometria. Para avaliar a homogeneidade
entre os grupos com relação a altura, idade, peso e índice de massa corpórea foi
utilizado o teste t de Student e, no que concerne ao gênero, o teste Qui-quadrado.
Aplicou-se o teste t de Student pareado na comparação entre os valores das
variações percentuais de capacidade vital forçada (CVF) registradas antes e depois
do bloqueio, em cada grupo e o teste t de Student não pareado, na comparação
entre os grupos, em cada momento do estudo. Considerou-se significante p<0,05.
Resultados: Um paciente do Grupo Ropi e três pacientes do Grupo Bupi foram
ix
excluídos do estudo por falha de bloqueio. Dois pacientes, sendo um de cada grupo,
apresentaram dispnéia a ponto de não conseguirem realizar a espirometria 30
minutos após o bloqueio. A variação percentual da CVF, no grupo Ropi foi máxima
aos 30 minutos (CVF0 versus CVF30:100±0 versus 74,85±10,1 P=0,000*,
considerando 100% a CVF antes do bloqueio) e a partir de então houve tendência
progressiva a recuperação. Já com bupivacaína, a redução da CVF pareceu ser
menos acentuada nos diversos momentos estudados; observou-se redução
adicional entre 30 minutos e 4 horas (CVF30 versus CVF4: 84,2±11,1 versus
82,4±12,1 P=0,362),sendo esta sem diferença estatística. A partir de 4 horas, notouse
tendência à recuperação. Em ambos os grupos, após 6 horas de bloqueio a CVF
encontrava-se ainda abaixo dos valores prévios. Extra-sístoles ventriculares isoladas
foram verificadas em cinco pacientes (2 pertencentes ao grupo Bupi e 3 ao grupo
Ropi). Conclusões: Pode-se concluir que, nestas condições o bloqueio do plexo
braquial por via interescalênica com bupivacaína a 0,5% associada à epinefrina 1:
200.000 ou ropivacaína a 0,5%: A. Reduziu a CVF na maioria dos casos; B. As
alterações foram mais acentuadas no grupo Ropi, que no grupo Bupi; C. Essas
alterações mantiveram-se por, pelo menos, 6 horas e não foram associadas a
repercussões clínicas relevantes. D. Não foram registradas alterações
eletrocardiográficas relevantes nos pacientes estudados. / Objectives: The objective of this study was to assess the effects of interscalenic brachial plexus block with bupivacaine at 0.5% (with epinephrine 1:200,000) or ropivacaine at 0,5% on pulmonary function and on electrocardiogram. Methods: After obtaining the approval of the Committee of Ethic in Research of the Hospital São Paulo compound – Universidade Federal of São Paulo / Escola Paulista de Medicina and subjects’ free and informed consent, 30 patients, of both genders, were
included in the study and classified either as in physical status I or II (American Association of Anesthesiologists– ASA) and candidates to a interscalenic brachial plexus block in an elective upper-limb surgery We excluded patients whom there was failure of blockade (analgesia insufficient for realization of surgery). We excluded patients whom there was failure of blockade (analgesia insufficient for realization of surgery). Patients were randomly divided into two 15-patient groups and treated with ropivacaine at 0.5% (Ropi group) or bupivacaine at 0.5% with epinephrine (Bupi group). After an eight-hour fast, patients were sent to the operation center. In the
operation room patients were monitored with Holter (Multicardiograph/ CardioFlash®
digital recorder). The interscalenic block was made (the brachial plexus was located
with a peripheral-nerve stimulator) with a 30ml local injection. A first spirometry was
conducted before the block. Spirometries were conducted again 30 minutes, four and
six hours after the local anesthetic injection was given (Koko® Spirometer and proper
software). The anesthesiologist who conducted the block, the physical-therapist who
conducted the spirometries and the cardiologist who interpreted the Holter did not
know the anesthetic used. Patients were not sedated during the whole study. The
EKG’s data also started to be recorded immediately after the beginning of the
anesthesia, and finished after the last spirometry. To assess the homogeneity
between the groups related to height, age, weight and bodily mass index the paired
Student’s-t test was used to compare the values of the CFV percentage variations
recorded before and after the block in each group, and the unpaired Student’s-t test
was used to compare the groups at each moment of the study. p<0.05 was deemed
significant. Results: A patient of the Ropi Group and three patients of the Bupi Group
were excluded from the study because the block failed. Two patients, one of each
group, had dyspnea and the spirometry could not be conducted 30 minutes after the
block. The percentage variation of forced vital capacity (CVF) in the Ropi Group was
maximum at 30 minutes (CVF0 versus CVF30:100±0 versus 74.85±10.1 P=0.000*,
considering CVF at 100% before block) and since then there was a progressive trend
towards recovery. With bupivacaine CVF reduction remained less strong at the
different moments studied; there was an addition reduction from 30 minutes to 4
hours (CVF30 versus CVF4: 84.2±11.1 versus 82.4±12.1 P=0.362), with no statistical
difference. As from 4 hours there was a trend towards recovery. In both groups after
6 hours of the block CVF was still below the previous values. Isolated ventricular
extra-systoles were verified in five patients (2 in the Bupi Group and 3 in the Ropi
Group). Conclusions: We can conclude that under the conditions of the
interscalenic brachial plexus block with bupivacaine at 0.5% associated to
epinephrine 1: 200,000 or ropivacaine at 0.5%: A. CVF is reduced in most of the
cases; B. Alterations were stronger in the Ropi Group than in the Bupi Group; C.
Those alteration remained for at least 6 hours and were not associated to any
relevant clinical repercussions; D. No relevant alterations were recorded in the EKG
of the patients studied. / BV UNIFESP: Teses e dissertações

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unifesp.br:11600/24197
Date January 2008
CreatorsHortense, Alexandre [UNIFESP]
ContributorsUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Amaral, José Luiz Gomes do [UNIFESP]
PublisherUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format47 p.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UNIFESP, instname:Universidade Federal de São Paulo, instacron:UNIFESP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0032 seconds