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A alma mortal e suas afecções: uma leitura do Timeu de Platão

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Previous issue date: 2014-11-14 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / In this research we examine the mortal soul and its disorders (pathémata) in Plato's
Timaeus, to show that in this dialogue Plato extends the concept of death (thánatos) to
explain the bond (syndouménes) and the association or communion (koinonía) between
the mortal soul and the body. Plato relates the notion of death to the field of philosophy,
so that on the one hand, the attribute mortal indicates the composition of human body
and of all physical, visible and tangible beings; and sustains the state of dissolution and
corruption of these (Timaeus 42e - 43a). Whereas on the other hand it indicates the
intrinsic association (koinonía) between the deadly form of the body and mind both of
distinct natures. This makes us infer that the deadly attribute (thnetón) is not used by
Plato to designate the death of the mortal soul génos (téns psychéns thnetòn génos,
Timaeus 69 d-e). Nowhere in the passages of the Timaeus Plato says that the eidos/génos
of mortal soul is an elementary being and therefore, is natural to the human body and other
beings. In a kind of divine and philosophical demiurge, Plato mixes psychic and physical
aspects and demonstrates that the soul of mortal eidos is stuck in the body (sôma)
through the medulla (myelós) and that the bonds of every human soul is anchored
(ankurôn) in the bone marrow. Thus, the mortal soul feels and vigorates all body parts
and accepts the disorders (pathémata) arising from its union with Soma. This reflection
helps Plato demonstrate how the body affects the soul (psyché) and how affections (páthos)
and passions (tà pathé) are born. It also helps him clarify the true meaning of mortal
attributes (tòn thnetón) in relation to the form of mortal soul. Hence, the mortal attribute
does not express the death (thánatos) of eídos/génos of mortal humon soul. It is just a
Platonic dialectics of action encountered in the psychic tendencies of each of us that
explains the complex union of thánatos with psyché sôma, aimed at the formation of
virtuous and righteous citizens, the sole purpose (télos) of his philosophy. / Nossa pesquisa examina a alma mortal e suas afecções (pathémata) no Timeu de Platão,
com o propósito de demonstrar que o filósofo amplia a noção de morte (thánatos), nesse
diálogo, para explicar o vínculo (syndouménes) e a associação ou koinonía entre a alma
mortal e o corpo. Platão transpõe a noção de morte para o campo de sua filosofia, de
modo que por um lado, o atributo mortal indica a composição do corpo do homem e de
todos os seres ditos físicos, visíveis e tangíveis; e ampara o estado de dissolução e
corrupção destes (Timeu 42e - 43a); e por outro lado, passa a indicar a intrínseca koinonía
entre a forma de alma mortal e o corpo, ambos de naturezas distintas; o que nos fez inferir,
que o atributo mortal (thnetón) não é usado por Platão para designar a morte do génos
de alma mortal (téns psychéns thnetòn génos, Timeu 69d-e); considerando sobretudo, que
o filósofo não diz em nenhuma passagem do Timeu, que o eidos/génos de alma mortal é
um ser elementar, portanto, de natureza afim ao corpo e demais seres da phýsis. Numa
espécie de demiurgia divina e filosófica, Platão mescla aspectos anímicos e físicos e
demonstra que a alma de eídos mortal está encravada no corpo (sôma) através da medula
(myelós), ou seja, é na medula que estão ancorados (ankurôn) os laços de toda a alma
humana. Dessa maneira, a alma mortal sente e vivifica todos os órgãos e partes
corpóreas e acolhe afecções (pathémata), originadas de sua união com sôma. Essa reflexão
propicia a Platão demonstrar como o corpo afeta a alma (psyché) e como surgem os afetos
(páthos) e paixões (tà pathé) humanas; e esclarecer o verdadeiro sentido do atributo
mortal (tòn thnetón) aplicado por ele à forma de alma mortal. Portanto, o atributo
mortal não expressa a morte (thánatos) do eidos/génos de alma mortal do homem, é
apenas um recurso da dialética platônica para conhecer as tendências anímicas de cada um
de nós e explicar a complexa união psyché thánatos-sôma, com vistas à formação de
cidadãos virtuosos e justos, a finalidade (télos) precípua de sua filosofia.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/5662
Date14 November 2014
CreatorsLucena, Maria Gorette Bezerra de
ContributorsCaminha, Iraquitan de Oliveira
PublisherUniversidade Federal da Paraí­ba, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, UFPB, BR, Filosofia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-1441514414422910841, 600, 600, 600, 600, -539602068144939234, -672352020940167053, 3590462550136975366

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