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O MISTICISMO JUDAICO E APOCALÍPTICO NO APOCALIPSE DE JOÃO CAPÍTULOS 4 E 5 ASCENSÃO E VIAGEM CELESTIAL NO CRISTIANISMO PRIMITIVO / The Mysticism Jewish Apocalyptic and the Apocalypse of the John Chapter 4 and 5 Rise and Celestial Journey in Early Christianity

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Previous issue date: 2014-10-20 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This dissertation has its purpose on the texts of the book of Revelation chapters 4 and 5. Their source of research belongs to the Jewish Mysticism. This way of examination echoes today in studies of apocalyptic mysticism and the visionary ecstasy relating to the context of Judaism and primitive Christianity, on authors such as Christopher Rowland, Alan Segal, C.R.A. Morray - Jones and John Ashton, John Collins, Adella Collins, Jonas Machado, Paulo A.S. Nogueira, Carol Newsom, David E. Aune, Philip Alexander, Crispin H.T. Fletcher Louis, Florentino Garcia Martinez among others; but these authors align themselves to the Gershom Scholems initial research results on Jewish Mysticism, and also to the latest developments in this subject.
Nogueira mentions that Scholem was who actually used this mysticism to produce the key for heavenly ascent stories present on apocalypses of the last two centuries b.C. and also to the first two centuries a.D. In fact, Scholem was who initiated the Jewish mysticism academic discussion in his book Major Trends in Jewish Myticism in 1941.
Strengthening the tradition of these studies are the findings of the Qumran manuscript, such as the Songs of the Sabbath Sacrifice, a thirteen songs composition, also called angelic liturgy, that has contributed to the research development as well as supporting the Scholem arguments.
Among the Qumran manuscripts a hymn fragment called 4Q405 brought to the acquaintance the terminology Merkaváh, wherein angels praise the Chariot Throne image mentioned in the first chapter of the book of Ezekiel. It was identified on that the Qumran community syncretism regarding the song of angels with other ideas about their duties, being a common characteristic of Maasseh Merkavah traditions - Divine Throne Chariot tasks.
Thus, the research follows the presupposed by Rowland that the texts of Revelation 4 and 5 have in their narrative a basic similarity to the liturgy described in the traditions of
the first century Judaism apocalyptic mysticism, as well as on Qumran texts, mainly in 4Q405 fragment.
According to Nogueira Ezekiel chapter 1 is considered the key to the Judaism mysticism tradition, therefore also being a central element of the Johns Apocalypse, the main visionary of Christianity.
The research includes the approach of texts considered the ones that established (Ezekiel 1, Isaiah 6, Daniel 7, I Enoch 14), the analysis of the Qumran texts, as the complex of 13 Sabbatical Songs related to worship in the celestial sanctuary.
The apocalyptic is thus understood as a kind of mystical literature, whose images reflect the writings that, by means of the visionary ascent to heaven and the contemplation of Gods Throne pull the curtain certain tradition of the 1st. century. Therefore, it can be also interpret the chapters 4 and 5 of Revelation as a mystical text, with similar content to the Jewish apocalyptic texts, and perhaps with a similar type of religious experience. / Esta dissertação tem por objeto analisar os textos do livro do Apocalipse capítulos 4 e 5. As fontes de pesquisa pertencem às tradições do Misticismo Judaico. Esta linha, hoje ecoa em estudos do misticismo apocalíptico e do êxtase visionário relativo ao contexto do judaísmo e cristianismo primitivos, em autores tais como: Christopher Rowland, Alan Segal, C. R. A. Morray-Jones e John Ashton, John Collins, Adella Collins, Jonas Machado, Paulo A. S. Nogueira, Carol Newsom, David E. Aune, Philip Alexander, Crispin H.T. Fletcher-Louis, Florentino García Martínez dentre outros; sendo que, estes autores se alinham aos resultados das pesquisas iniciais de Gershom Scholem sobre o Misticismo Judaico, e aos desenvolvimentos mais recentes neste âmbito.
Nogueira1 menciona que foi Scholem quem realmente usou este misticismo para produzir a chave das histórias de ascensão celestial presentes nos apocalipses dos últimos dois séculos a.C. e dos primeiros dois séculos d.C. Foi Scholem, na verdade, quem iniciou a discussão acadêmica dos místicos judaicos em seu livro Major Trends in Jewish Myticism - Principais Tendências no Misticismo Judaico em 1941.
Corroborando com a tradição destes estudos se encontram as descobertas dos manuscritos de Qumran, como a dos Cânticos do Sacrifício Sabático, uma composição de treze cânticos, também chamada de liturgia angélica, e que tem contribuído para o desenvolvimento das pesquisas, bem como sustentado os argumentos de Scholem.
Dentre os manuscritos de Qumran há um fragmento de hinos denominado 4Q405, que trouxe ao conhecimento a terminologia Merkaváh, em que anjos louvam a imagem do Trono da Carruagem citado no primeiro capítulo do livro de Ezequiel. Identificou-se nestes o sincretismo da comunidade de Qumran acerca do canto dos anjos com outras ideias sobre os deveres dos mesmos, sendo uma característica comum às tradições da Ma asseh Merkaváh - (Trabalhos do Divino Trono/Carruagem).
1 NOGUEIRA, Sebastiana M. Silva. 2 Coríntios 12 e o Misticismo Judaico (Os Quatro que Entraram no Pardes). Oracula, 2012 p.04.
Assim, a pesquisa segue os pressupostos de Rowland2, de que os textos do Apocalipse 4 e 5 possuem em sua narrativa uma semelhança básica com a liturgia descrita nas tradições do misticismo apocalíptico do judaísmo no I século, bem como em textos de Qumran, principalmente no fragmento 4Q405.
Conforme Nogueira3 Ezequiel capítulo 1 é considerado chave desta tradição mística do judaísmo, sendo, também um elemento central do Apocalipse de João, o principal visionário do cristianismo.
Assim, a pesquisa inclui a aproximação dos textos considerados fundantes, sendo: (Isaías 6; Ezequiel 1; Daniel 7; I Enoque 14), junto aos textos de Qumran, como o complexo dos 13 Cânticos Sábaticos relacionados ao culto no santuário celestial.
A apocalíptica pode ser assim compreendida como um tipo de literatura mística, cujas imagens se conjecturam nos escritos que, por meio da ascensão do visionário aos céus e a contemplação do trono de Deus, descortinam uma determinada tradição do judaísmo antigo. Desta forma podemos também interpretar os capítulos 4 e 5 do Apocalipse como texto místico, de conteúdos similares aos dos textos apocalípticos judaicos, e talvez até com um tipo de experiência religiosa análoga.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tahbit.umesp.edu.dti:tede/319
Date20 October 2014
CreatorsCarneiro, Marcelo da Silva
ContributorsGarcia, Paulo Roberto, Nogueira, Paulo Augusto de Souza, Kaefer, José Ademar, Machado, Jonas, Ferreira, João Leonel Cesario
PublisherUniversidade Metodista de São Paulo, PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO, UMESP, BR, 1. Ciências Sociais e Religião 2. Literatura e Religião no Mundo Bíblico 3. Práxis Religiosa e Socie
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da METODISTA, instname:Universidade Metodista de São Paulo, instacron:METODISTA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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