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Efeito da suplementação de glutamina no câncer bucal DMBA-induzido em hamsters / Effect of glutamine supplementation in oral cavity DMBA induced cancer in hamsters

O carcinoma de células escamosas de cavidade bucal tem alta prevalência e índice de mortalidade considerável entre as principais neoplasias malignas. Acredita-se que carcinógenos químicos promovem a carcinogênese através de danos oxidativos e mutações genéticas, entre outros mecanismos. O organismo evita o acúmulo de espécies reativas de oxigênio (EROs), ou seja, o estresse oxidativo, através da produção endógena de antioxidantes como o -tocoferol, o retinol e a glutationa. Diversos estudos têm demonstrado que a administração de glutamina pode aumentar a produção de glutationa, proteger células de danos oxidativos e alterações genéticas, e, assim, inibir ou retardar a carcinogênese. Esse aminoácido é considerado um agente quimiopreventivo por atuar em alvos moleculares e celulares específicos, no processo de inflamação ou transdução de sinais, além de induzir atividade de enzimas de detoxificação e suprimir proliferação celular. O protocolo de indução de carcinogênese bucal induzida por DMBA, dimetilbenzantraceno dilúido em acetona, aplicado três vezes por semana, foi bem estabelecido em hamsters e sabe-se que a formação de EROs durante sua metabolização pode se difundir a partir do local de geração, para fora da célula, e iniciar a cadeia de peroxidação lipídica. Sabe-se que existe metabolização hepática do DMBA quando aplicado em mucosa jugal. Nesse estudo avaliou-se o efeito da suplementação de glutamina via oral e intragástrica em carcinogênese DMBA-induzida em mucosa de bolsa jugal de hamsters. Dosaram-se níveis de malondialdeído (MDA), principal produto de peroxidação lipídica, e antioxidantes -tocoferol, retinol e glutationa. Obteve-se como resultado a formação de carcinoma de células escamosas na maioria dos animais, independentemente da administração de glutamina, na dosagem testada. Não foram observadas diferenças na quantidade de MDA, glutationa, proteína e retinol no fígado dos animais. Tampouco houve diferença entre os níveis plasmáticos de glutationa entre os grupos. Esses resultados demonstram que não houve estresse oxidativo significativo nos tecidos testados. Porém houve acúmulo de -tocoferol no fígado dos animais tratados com o carcinógeno por 15 semanas, independentemente da administração de glutamina. Conclui-se, portanto, que pode ter ocorrido agressão ao tecido hepático desses animais e que a glutamina não foi eficiente na prevenção de carcinogênese ou agressão hepática. Possivelmente o tecido tumoral apresentaria alteração do equilíbrio oxidante/antioxidante, mas não foi avaliado nesse estudo. / Oral cavity squamous cell carcinoma has a high prevalence and substantial mortality rate among the major malignancies. It is believed that chemical carcinogens promote carcinogenesis by oxidative damage and mutation, among other mechanisms. The body prevents the accumulation of reactive oxygen species (ROS), oxidative stress, through the production of endogenous antioxidants such as -tocopherol, retinol, and glutathione. Several studies have demonstrated that glutamine administration can increase the production of glutathione, protecting cells from oxidative damage and genetic changes, and thus inhibit or delay the carcinogenesis. This amino acid is considered a chemopreventive agent to act on specific molecular and cellular targets, in inflammation or signal transduction, and activity to induce detoxification enzymes and suppress cell proliferation. The dimethylbenzanthracene (DMBA) induced carcinogenesis protocol consists in three times a week application of DMBA diluted in acetone, in hamsters. It is known that the formation of ROS during its metabolism can diffuse from the site of generation, outside the cell, and initiate the lipid peroxidation chain. It is known that there is hepatic metabolism of DMBA when applied to the buccal mucosa. This study evaluated the effect of oral and intragastric glutamine supplementation in DMBA-induced carcinogenesis on the cheek pouch mucosa of hamsters. Levels were assayed for malondialdehyde (MDA), the main product of lipid peroxidation, and the antioxidants -tocopherol, retinol and glutathione. The results show the formation of squamous cell carcinoma in most animals, regardless of this glutamine amount administration. There were no differences in the amount of MDA, glutathione, protein and retinol in the liver of animals. There was no difference between plasma levels of glutathione between groups. These results demonstrate that there was no significant oxidative stress in the tissues tested. However, there was accumulation of -tocopherol in the liver of animals treated with the carcinogen for 15 weeks, regardless of the administration of glutamine. Therefore that may have occurred aggression liver tissue of animals and that glutamine was not effective in the prevention of carcinogenesis or liver injury. Possibly the tumor tissue present shift in the balance oxidant / antioxidant, but it was not evaluated in this study.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-04042013-160826
Date01 November 2012
CreatorsSoria, Eloisa Marchi dos Anjos
ContributorsTaveira, Luis Antonio de Assis
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeDissertação de Mestrado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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