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Integração dos mercados internos e externos de café / Integration of internal and external coffee markets

Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2016-11-09T13:36:55Z
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Previous issue date: 2005-02-16 / A idéia de eficiência num mercado que envolve várias regiões espacialmente separadas está associada ao grau de integração que existe entre os vários mercados. Mercados integrados possuem informações mais precisas, o que possibilita a tomada de decisão empresarial e aumenta a renda de produtores rurais, favorecendo ainda a especialização e o comércio (aumentando a eficiência da movimentação dos produtos). Adicionalmente, os mercados integrados ajustam-se mais rapidamente a mudanças na economia e transmitem mais amplamente os efeitos de políticas públicas. Assim, o conhecimento do grau de integração de um mercado e dos fatores que o determinam atende aos interesses dos tomadores de decisão privada e dos formuladores de políticas públicas, visto que aumenta a racionalidade nas definições de ações públicas e privadas. Entretanto, apesar da relevância do tema e da importância do mercado brasileiro de café no contexto mundial, há carência de estudos sobre a integração desse mercado, em suas dimensões relacionadas com tipo de produto (café arábica e robusta) e geográfica (regional e internacional). Tais estudos poderiam embasar ações públicas e privadas com vistas em maximizar a eficiência de tão importante mercado. O objetivo deste estudo foi analisar a extensão, o padrão e o grau de integração do mercado brasileiro de café, bem como o grau de integração entre o mercado interno brasileiro de café e os mercados externos de café. Utilizou-se a teoria da co-integração (teste de Raiz Unitária, teste de Johansen, VEC – Vetor de Correção de Erros – e metodologia de GONZALO e GRANGER, 1995) na análise da extensão e do padrão do mercado brasileiro de café, e empregou-se a metodologia de PESARAN e SHIN (1996) para analisar o grau de integração. Os resultados obtidos permitem concluir que a extensão da integração do mercado brasileiro de café é dado por BAHIA, CEARÁ, MATO GROSSO, RONDÔNIA, ESPÍRITO SANTO, PARANÁ, SÃO PAULO e MINAS GERAIS, regiões que produzem diferentes tipos de café (café arábica e café robusta), de tal forma que essas localidades compartilham a mesma informação, no longo prazo. Conclui-se, também, que pertencem ao mercado brasileiro de café regiões distantes como BAHIA, RONDÔNIA e CEARÁ. Com relação ao padrão do mercado brasileiro de café, constatou-se que este não possui uma Unidade da Federação dominante, que se supunha ser MINAS GERAIS, maior produtor nacional de café. Aliás, nesse quesito, o que se verificou é que as variações nos preços no curto prazo são bem distribuídas entre todo o sistema, apesar da importância de MINAS GERAIS. Nota-se, ainda, existência de um provável mercado que abranja SÃO PAULO e MINAS GERAIS. Pelo fato de o Brasil ser grande exportador de café arábica, supunha-se que as regiões produtoras desse produto fossem mais integradas que as produtoras do robusta. No entanto, os resultados não foram condizentes com a suposição acima, visto que houve casos em que as produtoras de café robusta eram mais integradas que as produtoras de café arábica. Por fim, devido ao fato de o Brasil ser o maior exportador mundial de café, é de grande importância que se conheça o grau de integração entre o mercado interno de café (café arábica e café robusta) e o externo. Para isso, utilizou-se, como proxy do mercado externo, a média das quartas-feiras dos contratos futuros de café (café arábica para NYBOT e café robusta para LIFFE), primeiro vencimento (vencimento mais recente). Os resultados permitem concluir que o grau de integração entre o mercado brasileiro de café arábica e o externo é maior que o grau de integração entre o mercado brasileiro de café robusta e o mercado externo, o que pode ser justificado pelo fato de o mercado de café arábica ser mais importante para o Brasil. / The idea of market efficiency involving many spatially distant regions is associated to the degree of integration existing among the various markets. Integrated markets obtain more precise information, which leads to better decision–making and higher producer income, also favoring specialization and trade (by increasing product mobility efficiency). In addition, integrated markets adjust more rapidly to economic changes and reflect the effects of public policy more extensively. Thus, knowing the degree of market integration and the factors determining it meets the interest of private decision–makers and public policy formulators, since it allows a rational definition of private and public actions. However, despite the relevance of this topic and the importance of the Brazilian market worldwide, there is a lack of studies on the integration of this market involving both product type (arabica and robusta coffee) and geographic (region and international) dimensions. Such studies could support public and private actions aimed at maximizing the efficiency of this important market. The objective of this work was to analyze the extension, pattern and degree of integration of the Brazilian coffee market, as well as the degree of integration between the internal Brazilian coffee market and the external coffee markets. The co-integration theory was applied (Unitary Root test, Johansen test, ECV – Error Correction Vector – and the methodology of GONZALO and GRANGER, 1995) for the analysis of the extension and pattern of the Brazilian coffee market, while the methodology of PESARAN and SHIN (1996) was adopted to analyze the degree of interaction. The results obtained support the conclusion that the extension of the Brazilian coffee market integration includes BAHIA, CEARÁ, MATO GROSSO, RONDÔNIA, ESPÍRITO SANTO, PARANÁ, SÃO PAULO and MINAS GERAIS, regions producing different types of coffee (arabica coffee and robusta coffee) and sharing the same information in the long term. It was also concluded that distant coffee production regions such as BAHIA, RONDÔNIA and CEARÁ are also part of the Brazilian coffee market. Regarding the pattern of the Brazilian coffee market, it was not confirmed that it had a national leader, which had been assumed to be MINAS GERAIS, the largest coffee producer in Brazil. Indeed, on this aspect, it was verified that price variations in the short run are well distributed throughout the system, despite MINAS GERAIS importance. It was also observed the likely existence of a market comprising SÃO PAULO and MINAS GERAIS. Because Brazil is an important arabica coffee exporter, it was assumed that the arabica coffee producing regions were more integrated than the robusta coffee producing regions. However, the results did not confirm the above assumption since cases were found when the robusta coffee producing regions were more integrated than the arabica coffee producing regions. Finally, due to the fact that Brazil is the largest world coffee exporter, it is of the utmost importance to know the degree of integration between the internal Brazilian markets (for arabica coffee and robusta coffee) and the external markets. Thus, as a proxy of the external market, the Wednesday average prices of first delivery futures coffee contracts (arabica coffee for NYBOT and robusta coffee for LIFFE) were used. The results allowed concluding that the degree of integration between the Brazilian arabica coffee market and the external coffee market is greater than that between the Brazilian robusta coffee market and the external market. Such conclusion can be justified by the fact that the arabica coffee market is more important to Brazil. / Tese importada do Alexandria

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/9119
Date16 February 2005
CreatorsNogueira, Fernando Tadeu Pongelupe
ContributorsLima, João Eustáquio de, Helfand, Stephen M., Aguiar, Danilo Rolim Dias de
PublisherUniversidade Federal de Viçosa
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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