Esta pesquisa analisou como ocorre a atividade turística e a conservação do patrimônio cultural e natural na Ilha de Couves, localizada em Ubatuba, litoral Norte do Estado de São Paulo, Brasil. Tendo como foco o turismo de base comunitária, o qual prevê a participação das comunidades tradicionais no planejamento de ações turísticas mais sustentáveis. Neste estudo focamos na comunidade caiçara da Vila de Picinguaba, responsável pelo início da construção e organização do turismo de base comunitária na Ilha das Couves. A Ilha apresentava um histórico de problemas relacionados ao turismo massivo e degradação do patrimônio natural e cultural local, os quais só foram começar a serem solucionados após 2019, com a implementação portarias normativas elaboradas pela Fundação Florestal, APA Marinha, Procuradoria do Ministério Público Federal de Caraguatatuba, Fórum de Comunidades Tradicionais e comunidade local que trabalha com o turismo na Ilha das Couves. As Portarias Normativas (315/2019, 323/2020, 328/2021 e 350/ 2022) existentes até o momento tiveram como objetivo estabelecer regras para o controle, organização do fluxo de turistas no local e uso do espaço. A partir de então, a comunidade tradicional caiçara da Vila de Picinguaba se uniu com o Fórum de Comunidades Tradicionais a fim de organizar propostas de turismo de base comunitária de uso da Ilha das Couves. Nessa organização há 52 membros da comunidade, 38 são barqueiros e 14 trabalham na recepção dos turistas. A pesquisa utilizou métodos de análise qualitativa, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas de forma online (21) e presencial (45), com líderes e membros das comunidades locais, integrantes de instituições públicas e privadas e pessoas da comunidade em geral que tiveram algum envolvimento com a organização do Turismo de Base Comunitária na Ilha das Couves. O trabalho em campo, compreendeu quatro visitas técnicas na região escolhida para levantamento de dados in locu, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde e respeitando os interesses e o tempo das comunidades estudadas. Através da revisão bibliográfica e das entrevistas com os atores locais, pode-se compreender que o turismo de base comunitária e o ordenamento de controle de capacidade de suporte na Ilha, foram fundamentais para desenvolver o espaço e a atividade econômica de modo sustentável, gerando aproximações e motivações em prol de um objetivo comum. É importante ressaltar que cada comunidade é singular, e a mesma deve escolher qual a melhor forma de fazer o seu próprio roteiro de turismo de base comunitária, sabendo que é um processo longo e demanda conexão e ajuda dos órgãos governamentais, em esfera municipal, estadual e federal. / CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil)
Identifer | oai:union.ndltd.org:ua.es/oai:rua.ua.es:10045/145919 |
Date | 02 June 2023 |
Creators | Felipe Rosa, Thais |
Contributors | Pastor-Alfonso, María José, Fernandes-Costa, Luzia Sigoli, Universidad de Alicante. Instituto Universitario de Investigaciones Turísticas |
Publisher | Universidad de Alicante |
Source Sets | Universidad de Alicante |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Rights | Licencia Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 4.0, info:eu-repo/semantics/openAccess |
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