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Previous issue date: 2016-10-17 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O gênero Callithrix Exleben, 1777 possui um histórico taxonômico polêmico, sendo tema de diversos estudos. Atualmente são reconhecidas seis espécies: C. jacchus, C. penicillata, C. geoffroyi, C. kuhlii, C. aurita e C. flaviceps, sendo a última, devido à escassez de espécimes depositados em coleções científicas, pouco estudada. A relação de proximidade entre essas espécies ainda não é clara, sendo que Mendes et al. (2009) propuseram uma separação do gênero em dois grupos (aurita e jacchus). Possuem hábitos alimentares peculiares, tendo a gomivoria como um dos recursos mais importantes. O sucesso na obtenção da goma através da escarificação, se deu graças a algumas modificações morfológicas, especialmente no crânio, mandíbula e dentição. Pela falta de estudos morfométricos que incluam todas as espécies do gênero, utilizando caracteres do crânio e da mandíbula, o objetivo principal desse estudo foi avaliar o dimorfismo sexual e a variação morfológica do crânio e mandíbula entre as espécies do gênero através de morfometria geométrica. Para isso, foram incluídos 452 espécimes (C. aurita, n=24; C. flaviceps, n=14; C. geoffroyi, n=88; C jacchus, n=71; C. kuhlii, n=110; C. penicillata, n=145), sendo analisadas três vistas, sendo elas: duas do crânio (lateral e ventral) e uma da mandíbula (dorsal), com respectivamente, 19, 28 e 18 marcos anatômicos bidimensionais. Os testes de dimorfismo sexual, foram realizados levando em consideração separadamente tamanho e formato. Para as análises de tamanho, foram realizadas boxplot tendo como base o tamanho do centróide e teste-t; já para o formato, foram realizadas análises de Análise discriminante (DA) e Análise de componentes principais (PCA). A ausência de dimorfismo sexual foi evidente em todas as análises. A comparação do tamanho entre as espécies também foi realizada da mesma maneira, tendo como resultado em ordem crescente: C. jacchus < C. penicillata < C. kuhlii < C. geoffroyi < C. aurita < C. flaviceps. As PCAs de cada vista apresentaram grandes sobreposições, já nas análises de variáveis canônicas (CVA), é possível observar uma maior separação entre os grupos jacchus e aurita (que é corroborada pelas medidas de distância de Procrustes e Mahalanobis), porém a distinção de todas as espécies não foi evidente. Para a visualização da variação do formato do crânio e da mandíbula entre as espécies, foram utilizadas as configurações médias de cada espécie em comparação com a média geral, nessa análise é perceptível as diferenças morfológicas específicas. De modo geral, as espécies do grupo aurita englobam modificações no crânio como aumento da caixa craniana e retrusão da arcada dentária superior, na mandíbula também apresentam a retrusão da arcada, enquanto que as espécies do grupo jacchus possuem a caixa craniana mais comprimida e arcadas superiores e inferiores mais protrusas. De forma complementar, reconstruímos o formato ancestral e testamos o sinal filogenético tendo como base a topologia encontrada por Garbino (2015), onde das três vistas analisadas, a vista lateral do crânio não refutou a hipótese da ausência do sinal filogenético. Apesar da similaridade morfológica, a dicotomia proposta por Mendes et al. (2009), se mostrou constante nas diferentes análises. Por essa separação também ser vista nos hábitos alimentares, nós atribuímos esse padrão encontrado a um constraint morfológico resultante da grande especialização necessária para a realização da escarificação. / The genus Callithrix Exleben, 1777 has an intricate taxonomic history, for this reason it has been the subject of several studies. Recently there are recognized six species: C. jacchus, C. penicillata, C. geoffroyi, C. kuhlii, C. aurita e C. flaviceps, the last one is the less studied due to the lack of specimens deposited in scientific collections. The relationship between these species is unclear; Mendes et al. (2009) proposed a genus split in two groups (aurita and jacchus). The members of Callithrix have a peculiar feeding behavior, the gummivory is one of the most important resource, but to obtain gum via tree-gouging, some morphological changes were required, especially on the skull, mandible and teeth. Due the lack of morphometric studies using skull and jaw characters including all species of the genus, the main of present study was to evaluate the sexual dimorphism and morphological variations of the skull and lower jaw between the species of the genus using geometric morphometrics. For it were included 452 specimens (C. aurita, n=24; C. flaviceps, n=14; C. geoffroyi, n=88; C jacchus, n=71; C. kuhlii, n=110; C. penicillata, n=145) and three different views were analyzed: two of skull (lateral and ventral view) and one of mandible (dorsal view) with respectively 19, 28 and 18 two- dimensional landmarks. Sexual dimorphism tests were carried out considering size and shape separately, the analysis of size boxplot were made based on the centroid size and t- test, for the shape, were conducted analyses of discriminant analysis (DA) and principal components analysis (PCA). It was observed the absence of sexual dimorphism in all analyses. The skull and mandible size comparison between the species was also performed with the same tecnique, resulting in the increasing order: C. jacchus < C. penicillata < C. kuhlii < C. geoffroyi < C. aurita < C. flaviceps. The PCAs of each skull and mandible views shows several overlaps, nevertheless, on the canonical variables analysis (CVA), it is possible to observe a greater separation between the groups (which is corroborated by the Procrustes and Mahalanobis distance measurements), however the distinction of all species was unclear. For the visualization of changes on shape of skull and mandible between species were made a comparison using the consensus configuration. This analysis shows noticeable morphological differences between the species. In General the species of aurita-group included modifications in the skull like an increase in braincase and retrusion of upper jaw dental also show the retrusion of the arcade in mandible, while the species of the jacchus-group has a compressed braincase and an upper and lower arches more protruded. Complementary, the ancestral shape of skull and mandible was rebuilded and we tested the phylogenetic signal based on the topology describe by Garbino (2015), in which the three views examined, one do not refuted the hypothesis of the absence of phylogenetic signal. Despite morphological similarity, the dichotomy by Mendes et al. (2009) has shown constant in the analyses. This separation is also found in dietary habits, so we can assign that the pattern observed is a morphological constraint from the great morphological specialization required for the tree-gouging accomplishment.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/11629 |
Date | 17 October 2016 |
Creators | Souza, Verônica Bardi |
Contributors | Silva, Ita de Oliveira e, Romano, Pedro Seyferth Ribeiro |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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