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A dinâmica imperialista contemporânea : capital sem fronteiras e sua (ir)racionalidade apátrida

The present doctoral thesis aims to reflect on the uniqueness of contemporary imperialism. In the last decades, imperialism as category of analysis, lost centrality in the Marxist analysis of macroeconomics and global geopolitics, being replaced by
categories such as globalization, globalization, neoliberalism and empire. Not infrequently, imperialism began to be designed as a military onslaught of one nation over another or, that represents a thought further simplifying, one military action and
economic of the United States. Prima facie, all these assumptions appear to be correct, however the study of immanent contradictions to the capital movement and the meaning of capitalist imperialism shows us how insufficient they are. We have as thesis that imperialism, despite attempts of obscuring it through several mystifying expressions,
continues to be an indispensable tool for understanding of the contradictory totality of capitalism.The exact comprehension of the contemporary imperialist dynamic represents a Herculean task and not Talmudic, which requires scrutinizing the writings
of the early Marxist critics of the phenomenon, located in the II International, transiting by the analysis of Marxist theorists of dependency , the decades of 1960/70, toward the
most recent analyzes. The investigations performed through reading the extensive bibliography on the subject, of institutional documents and the reality in different
geographical scales allowed to aver our thesis that imperialism is, still, the current phase of capitalism, on this account the recorded changes in this mode of production along the
XX century were not able to overcome it. The imperialism intensified its expropriating and wasteful capacity through the formation of an imperialist system on a global scale,
which intersects the interests of sundry capitals located in distinct social formations. The known relation among the spoiler imperialist center, formed by a restrict core of nations, and the massive set of subdued peripheral nations, no longer accurately
portrays the reality. Regardless the continuity of political-economics hierarchies among the nations, the imperialism can not be explained simply by them. The hegemonic reach
of finance capital and the dissemination of its parasitic face, the fictitious capital, urged worldwide interpenetration of purposes among based corporations in numerous
countries and states. No longer can determine the boundary of a capital, because its stateless rationality presented itself in clamant way, by means of mergers, associations,
joint ventures, cartels and profusion of actions and derivatives. Intensified the primary and secondary expropriations practiced against workers and the rivalries between national bourgeoisies are increasingly blend of the common desire to leverage the profit gather and all social wealth. What allowed us to conclude that contemporary imperialism is more harmful and represents a risk not only to workers, but also to humanity, because it coincides with the time wherein the articulated capital in different scales virulently subtracts the rights, the social wealth and even the elementary means to (re) production of the species. / A presente Tese de doutorado objetiva refletir acerca das singularidades do imperialismo contemporâneo. Nas últimas décadas, o imperialismo como categoria de análise, perdeu centralidade nas análises marxistas da macroeconomia e geopolítica mundial, sendo substituído por categorias como globalização, mundialização, neoliberalismo e império. Não raramente, o imperialismo passou a ser concebido como
uma investida militar de uma nação sobre outra ou, que representa um pensamento ainda mais simplificador, uma ação militar e econômica dos Estados Unidos. Prima facie, todos estes pressupostos parecem estar corretos, todavia o estudo das contradições imanentes ao movimento do capital e do significado do imperialismo capitalista mostra-nos
o quão são insuficientes. Temos como tese que o imperialismo, não obstante às tentativas de obnubila-lo por meio de várias expressões mistificadoras, continua a se constituir em ferramenta indispensável à compreensão da totalidade contraditória do capitalismo. A exata compreensão da dinâmica imperialista contemporânea representa uma tarefa hercúlea e não talmúdica, que exige perscrutar os escritos dos primeiros
críticos marxistas do fenômeno, situados na II Internacional, transitando pelas análises dos teóricos marxistas da dependência, das décadas de 1960/70, em direção às análises
mais recentes. As investigações realizadas por meio da leitura de ampla bibliografia sobre o tema, de documentos institucionais e da realidade nas diferentes escalas geográficas permitiram comprovar nossa Tese que o imperialismo é, ainda, a fase
vigente do capitalismo, pois as alterações registradas neste modo de produção ao longo do século XX não foram capazes de superá-lo. O imperialismo recrudesceu sua capacidade expropriadora e perdulária, através da formação de um sistema imperialista em escala mundial, que entrecruza os interesses dos diversos capitais situados em distintas formações sociais. A conhecida relação entre o centro imperialista espoliador,
formado por um núcleo restrito de nações, e o volumoso conjunto de nações periféricas subjugado, já não retrata com rigor a realidade. Em que pese a continuidade das
hierarquias político-econômicas entre as nações, o imperialismo não pode ser explicado simplesmente pelas mesmas. O alcance hegemônico do capital financeiro e a disseminação de sua face parasitária, o capital fictício, instou em escala mundial a
interpenetração de propósitos entre as corporações sediadas em inúmeros países e os Estados. Já não se pode determinar a fronteira de um capital, pois sua racionalidade
apátrida se apresenta de modo gritante, por meio das fusões, associações, joint ventures, carteis e profusão de ações e derivativos. Intensificaram-se as expropriações primárias e
secundárias praticada contra os trabalhadores e as rivalidades entre as burguesias nacionais estão crescentemente imiscuídas do desejo comum de alavancar a auferição do lucro e de toda riqueza social. O que nos permitiu concluir que o imperialismo
contemporâneo é mais nocivo e representa um risco não somente aos trabalhadores, mas, também, à humanidade, pois coincide com o momento em que o capital articulado
em diferentes escalas subtrai virulentamente os direitos, a riqueza social e, inclusive, os meios elementares à (re)produção da espécie.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/5420
Date10 March 2015
CreatorsLima, Lucas Gama
ContributorsConceição, Alexandrina Luz
PublisherUniversidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Geografia, UFS, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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