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Polimorfismo no gene da MBL-2 em mulheres infectadas por Chlamydia trachomatis, cofator do câncer cervical

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Previous issue date: 2008 / A Chamydia trachomatis (C. trachomatis) é uma bactéria intracelular obrigatória,
sexualmente transmitida, que causa doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e
infertilidade. O papilomavírus humano (HPV) e a C. trachomatis são responsáveis
por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) tipo-específicas, que infectam a
pele, mucosas e o trato genital masculino e feminino, causando lesões, tanto
benignas quanto malignas. A lectina ligadora de manose (MBL, Mannose-Binding
Lectin) é uma proteína sérica da resposta imune inata capaz de ativar o sistema
complemento e de se ligar a resíduos de carboidratos, inclusive a manose, em
diferentes microrganismos. A deficiência ou polimorfismo gênico, dessa proteína,
associa-se a um aumento da susceptibilidade a muitas doenças infecciosas. Os
objetivos principais desse trabalho foram elaborar um protocolo para detecção da
infecção por C. trachomatis e investigar a freqüência do polimorfismo no primeiro
éxon do gene MBL2, correlacionando-os com a susceptibilidade à infecção por C.
trachomatis, através da reação da PCR em Tempo Real (Real-Time Polimerase
Chain Reaction), utilizando o SYBR® Green como fluoróforo. Para determinação do
protocolo de identificação da C. Trachomatis foram utilizadas 98 amostras de
secreção vaginal, oriundas de pacientes do Ambulatório Especializado da Mulher, da
Prefeitura Municipal do Recife-PE, Brasil. O diagnóstico da infecção foi dado pela
análise melting temperature assay. Aproximadamente, 14% (n=14) das amostras
foram positivas para a infecção. Todas as amostras foram confirmadas através da
análise em gel de agarose a 1%. Em relação à associação do polimorfismo do gene
MBL2 entre os grupos infectados e saudáveis, os resultados demonstraram que não
houve diferença estatística na freqüência dos alelos entre os grupos (64% vs. 74%)
(36% vs. 26%), respectivamente, alelos A e 0, p-value = 0.3112), não sendo
associado a um aumento na susceptibilidade à infecção pela C. trachomatis. Da
mesma forma, quando comparadas às freqüências genotípicas, o genótipo OO , no
grupo C. trachomatis-positivo, não mostrou diferença significativa em relação ao
grupo controle, 6% vs. 3%, respectivamente. Além disso, apesar do genótipo AA ,
no grupo controle, apresentar uma freqüência maior em relação ao grupo C.
trachomatis-positivo (47% vs. 33%), esta não foi significativa (p-value = 0.1430).
Todas as amostras estavam em equilíbrio de Hardy-Weinberg (χ2=2,65). Conclui-se
assim que com a metodologia proposta, pode-se facilmente detectar a presença de
C. trachomatis, em amostras de secreção vaginal, e que a presença do alelo
mutante O no gene da MBL2, não confere fator predisponente relevante para um
aumento na susceptibilidade à infecção por C. trachomatis

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/1379
Date31 January 2008
CreatorsCatarina Simonetti, Ana
ContributorsLuiz de Lima Filho, José
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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