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Previous issue date: 2013 / Moringa oleifera é uma planta pantropical cujos tecidos têm sido descritos como fontes de compostos com as mais diversas aplicações. As sementes são consumidas como alimento e fonte de fitoquímicos bastante utilizados na medicina popular em países tropicais e subtropicais. Sementes de M. oleifera contêm óleos e proteínas coagulantes naturais, dentre elas as lectinas, uma classe de proteínas que reconhecem e se ligam específica e reversivelmente a carboidratos. Muitas lectinas já foram purificadas e suas especificidades a carboidrato identificadas, permitindo sua utilização como poderosas moléculas de reconhecimento no interior das células, nas superfícies celulares e em fluidos fisiológicos, podendo assim desempenhar diversas atividades biológicas. cMoL (Lectina coagulante de M. oleifera) é uma proteína básica, com atividade coagulante para contaminantes da água, a mesma já foi purificada e parcialmente caracterizada anteriormente. Dessa forma, o presente trabalho descreve: a caracterização estrutural de cMoL, a avaliação de seu efeito na coagulação sanguínea in vitro; bem como seu efeito citotóxico em células de melanoma B16-F10. A sequência primária revelou que cMoL é uma proteína com 101 aminoácidos, pI teórico de 11.67 e 81% de similaridade com uma proteína floculante de sementes de M. oleifera (MO2.1). Deconvolução do espectro de dicroísmo circular indicou a presença de 46% de α-hélice, 12% folhas-β, 17% voltas-β e 25% de estruturas desordenadas, pertencendo à classe de estrutura terciária α/ β. cMoL prolongou significativamente o tempo requerido para a coagulação sanguínea, tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) e tempo de protrombina (TP), mas não foi eficaz em prolongar o TTPa na presença de asialofetuína, glicoproteína que inibe totalmente a atividade da lectina. Dessa forma, cMoL agiu como uma proteína anticoagulante em parâmetros hemostáticos in vitro e pelo menos sobre o TTPa agiu potencialmente através do domínio de reconhecimento a carboidratos. A estrutura secundária de cMoL não se alterou em condições ácidas e alcalinas, no entanto quando a lectina foi submetida a aquecimento a 80°C foi observada mudança no conteúdo de -hélice, seguido por um pequeno aumento de estruturas . cMoL reduziu a viabilidade e causou morte (47,6%) nas células de melanoma após 48 h de tratamento na concentração de 250 μg/mL. A lectina demonstrou elevada especificidade para células tumorais, uma vez que, fibroblastos humanos (GN) tiveram uma taxa de morte celular em torno de 12,6%. cMoL aumentou a produção de espécies reativas do oxigênio (EROs), principalmente mitocondrial. A lectina também promoveu morte celular por apoptose, detectada pela ativação de caspases 3, 8 e 9. Além disso, a morte celular foi independente de Transição de Permeabilidade Mitocondrial (TPM) em células B16-F10. Esses estudos reportam novas e interessantes abordagens para as sementes de M. oleifera, além de fortalecer o entendimento da versatilidade das lectinas em diferentes processos biológicos.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/13409 |
Date | 31 January 2013 |
Creators | Luz, Luciana de Andrade |
Contributors | Coelho, Luana Cassandra Breitenbach Barroso, Paiva, Patrícia Maria Guedes de |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Breton |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess |
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