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Previous issue date: 2012-03-15 / CNPq e FACEPE / O comprometimento neurológico em crianças com paralisia cerebral pode acarretar transtornos na deglutição. Este tipo de dificuldade frequentemente encontrado é denominado de disfagia, cujo diagnóstico deve ser realizado através de avaliação clínica e instrumental. A avaliação clínica é um método reconhecido ao longo do tempo e precede qualquer investigação complementar com característica mais objetiva. Porém, a avaliação clínica em alguns momentos é utilizada como único instrumento de diagnóstico e pode não fornecer informações fidedignas sobre as alterações na deglutição. Por outro lado, o exame de videofluoroscopia é considerado o método mais indicado no diagnóstico das disfagias, por permitir análise dinâmica desta função. O objetivo deste estudo foi avaliar a acurácia da avaliação clínica no diagnóstico das disfagias em crianças portadoras de paralisia cerebral, retardo neuropsicomotor e/ou disfunção neuromotora, através de sua comparação com o método videofluoroscópico da deglutição, este último considerado padrão ouro neste estudo. A amostra foi constituída por 93 crianças com diagnóstico de paralisia cerebral, retardo neuropsicomotor e/ou disfunção neuromotora com idade entre dois e cinco anos, selecionadas por conveniência através de encaminhamentos realizados por fonoaudiólogos, neuropediatras e/ou gastroenterologistas no período de março de 2010 a setembro de 2011. A coleta aconteceu em dois momentos distintos, com pesquisadores diferentes e cegos entre si, ou seja, o examinador que realizou a videofluoroscopia não teve conhecimento do desempenho da criança por ocasião da avaliação clínica e vice e versa. O valor da acurácia da avaliação clínica no diagnóstico das disfagias foi baixa e semelhante para as consistências pastosa (52,2%) e líquida (53,4%). A avaliação clínica apresentou baixa sensibilidade (65,4%) e valor preditivo positivo (59,6%), em relação à videofluoroscopia para o diagnóstico das disfagias para a consistência líquida. A especificidade foi baixa com valores menores (47,9%) nas consistências testadas. Não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os métodos estudados. Os resultados deste estudo demonstram, portanto, que a avaliação clínica pode, em alguns momentos, não ser capaz de detectar comportamentos alterados no processo de deglutição, devido à baixa acurácia. Deste modo, a videofluoroscopia é um método complementar importante para identificar alterações na deglutição nesta população.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/12969 |
Date | 15 March 2012 |
Creators | ARAÚJO, Brenda Carla Lima |
Contributors | ARAÚJO, Cláudia Marina Tavares de |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Breton |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess |
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